Foi a prova do dia. Já era esperado, e não decepcionou. O Brasil saiu do Troféu Brasil com o segundo melhor quarteto do mundo no 4×100 metros nado livre. A soma dos quatro melhores nadadores deu 3:12.66, atrás apenas da soma do revezamento da Rússia com 3:12.52. Só que a soma dos quatro vem toda da mesma piscina, do mesmo clube, do mesmo treinador.
Os quatro, Marcelo Chierighini, Breno Correia, Pedro Henrique Spajari e Gabriel Silva Santos são atletas do Pinheiros, nadam no clube e treinam com Alberto Pinto da Silva. É o melhor 4×100 metros nado livre de clube do mundo!
Na prova, depois de uma forte eliminatória com cinco nadadores na casa dos 48 segundos, Marcelo Chierighini usou a mesma estratégia da manhã. Aproveitou sua velocidade, passou com 22.49 e segurou a volta para 25.19, fechando 47.68, terceiro melhor tempo do mundo. Chierighini havia igualado a sua melhor marca pessoal nas eliminatórias com 48.11. Foi a quarta vez que ele nadou para o mesmo tempo que mantinha há seis anos.
Em 2019, apenas o russo Vladislav Grinev (recorde russo) 47.43 e o australiano Kyle Chalmers 47.48 (melhor marca pessoal) haviam quebrado a barreira dos 48 segundos. Chierighini é o terceiro.
Na sequência, Breno Correia que passou em quarto lugar com 23.37, mas teve a melhor volta com 24.74 para terminar em segundo com 48.11. Os dois fazendo a melhor marca pessoal.
O pódio foi completado por Pedro Spajari com 48.34. Seus parciais 23.15 e 25.19. O revezamento do Brasil e Pinheiros ficou completado com a melhor saída prova, Gabriel Silva santos, parciais de 22.99 e 25.54, para 48.63.
O primeiro reserva do revezamento quebrou a barreira dos 49 pela primeira vez. André Luiz Calvelo Souza da Unisanta chegou em quinto lugar com 48.74. Bruno Fratus foi o sexto quebrando os 49 com 48.95. Vale destacar que Fratus não nadava os 100 metros nado livre desde o Sette Colli em julho do ano passado. Em setembro fez uma cirurgia no ombro, voltou a piscina em janeiro e a treinar normalmente em fevereiro. Desde então, não fez nenhum tiro de 100 metros no treinamento. João de Lucca foi o sétimo com 49.07 e Marco Antonio Ferreira Junior em oitavo com 49.10.
Na final, Chierighini, Correia e Calvelo nadaram para sua melhor marca pessoal. Chierighini fez seu primeiro 47 e Calvelo seu primeiro 48.
Uma prova e tanto, um revezamento muito forte e com grandes expectativas para o Mundial de Gwangju. O Brasil, vice campeão mundial de Budapeste em 2017, e campeão do Pan Pacífico em 2018, vai para o Mundial com grandes chances de medalha, mais uma vez, uma das melhores provas do país.
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