Assim como o Troféu Adhemar Ferreira da Silva para o Prêmio Brasil Olímpico, o Prêmio Reconhecimento do Ano é a principal e mais importante premiação anual da Best Swimming. É a única categoria na qual o Painel de Especialistas não vota, apenas aprova ou reprova a nominação da editoria do site.
O Prêmio Reconhecimento do Ano foi criado em 2010 e a cada ano tem destacado nomes que contribuíram de forma decisiva para o esporte aquático no país.
O primeiro vencedor do Prêmio foi o fotógrafo Satiro Sodré, que como os outros indicados, ganham vaga automática no Painel de Especialistas para votar no Troféu Best Swimming.
Abaixo a relação dos vencedores do Prêmio Reconhecimento do Ano Best Swimming
2019 – Rogério Carneiro “in memoriam”
2018 – Julian Romero
2017 – Thiago Pereira e Poliana Okimoto
2016 – Patrick Winkler
2015 – Ricardo Prado
2014 – Pedro Monteiro
2013 – Rubem Márcio Dinard de Araújo
2012 – Domingos Ferreira
2011 – Mário Xavier
2010 – Satiro Sodré
Quem foi Rogério Carneiro? O filho dele, Rodolfo Carneiro, a voz oficial da natação brasileira, descreve um pouco de quem foi e o que representou a passagem de seu pai pela natação brasileira.
Quando recebi a incumbência de falar sobre este ícone da administração esportiva deste país (ou simplesmente meu pai), confesso que estremeci. Mas tomei as rédeas para falar dele.
Para muitos se perdeu um ícone do esporte … um aficcionado pela natação e desportes aquáticos em geral.
Para outros um locutor da natação …
Para mim e minha família, perdi nada mais nada menos que meu pai.
E em uma dessas coincidências do esporte que tanto nos marca, ele nos deixou exatamente no dia das mães.
Rogério Carneiro sempre foi um abnegado pelo esporte, estudioso ao extremo, sempre lutou por um ideal, priorizando exatamente o verdadeiro artista do espetáculo … os atletas.
Desde o começo de sua trajetória esportiva, aliou o amor que ele tinha pelo seu clube de coração (Botafogo-RJ) aos esportes.
Jogador de futebol de areia (hoje beach soccer) em seus tempos de juventude, sempre foi precoce. Jogador de vôlei de praia em seus tempos, digamos, mais experientes.
Ele sempre foi um HOMEM fora do seu tempo, pensando sempre mil anos à frente do que ocorria naquele momento. Era de um tempo que administrar uma federação sem recursos era sim possível. Lotar as arquibancadas de um Parque Aquático Júlio de Lamare de ponta a ponta (SIM, isso ele fazia, com maestria). Realizar campanhas com diversas marcas multinacionais, sim, ele fazia. Ele fazia o esporte sem dinheiro, tudo na base da boa conversa e bons argumentos para trazer aquela (s) empresa (s) para junto da federação, sem apelos.
Sempre “incentivou” a prática desportiva em família. Tanto o foi que dos 4 filhos, 3 deles se embrenharam na natação (2 com sucesso e um, eu, não). Mas é claro, todos nadando pelo clube de coração do pai, o Botafogo-RJ.
Não nos arrependemos (risos), pois tudo que somos hoje como pessoas, devemos aos ensinamentos dele e do que o esporte nos ensinou como padrão em nossas vidas: respeito, amor, disciplina, etc.
Rogério Carneiro foi é será sempre um exemplo de tudo de bom que se pode tirar do esporte …
Tínhamos times diferentes ? Até tinha … Mas existia um respeito … Eu ia nos jogos do Botafogo-RJ, sua grande paixão (Tá bom … Tá bom … Ele não ia nos do meu time).
Ter visto dois de seus filhos participarem de Jogos Olímpicos (duas vezes com Rosane Carneiro e uma com este que vos escreve), já teria sido um sonho. Mas participado de uma olimpíada (mesmo que voluntário) na sua casa, não poderia deixar passar em branco.
Ter assistido ao filho dele fazer o que ele sempre fez de bom (locução) nestes Jogos Rio2016, talvez tenha sido o ápice de um sonho.
Sim, este subscritor segue uma trajetória que ele sempre amou, trabalhar com amor ao esporte.
A felicidade dele era de toda sua família, mesmo com uns exageros típicos dos amantes dos esporte, retirando do que era dele para dar ao esporte, pois na verdade ele tinha era cloro na veia e não sangue.
Falar de Rogério Carneiro é “chover no molhado”.
Falar dele seria escrever um livro interminável.
Enfim, este é apenas … ele.
Agradeço em nome da família CARNEIRO a honra de poder falar um pouco do que ele representou.
Por Rodolfo Carneiro, locutor oficial da CBDA
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