Dia começou quente, na piscina, nas arquibancadas, e para quem estava dentro da OAS, um calor danado abrindo a natação do Rio 2016. Veja abaixo as notas do primeiro dia de finais:

REVEZAMENTO CAMPEÃO MUNDIAL COM AS PIORES TROCAS
O revezamento da Austrália do 4×100 livre feminino é tão bom, tão superior as adversárias que a orientação foi “safe starts”, ou seja, só pula na boa. Tirando a velocidade de reação da primeira nadadora, a equipe teve a segunda pior troca de revezamentos entre as oito equipes finalistas. Só o Japão, oitavo lugar, conseguiu ser pior do que a Austrália. Na troca de Emma McKeon para Brittany Elmslie 0.21, na troca de Elmslie para Bronte Campbell 0.22 e na entrega para a irmã 0.34. Isso bem trabalhado pode tirar pelo menos meio segundo ou mais do atual recorde mundial de 3:30.65.

A MELHOR TROCA DE REVEZAMENTO
Foi a Itália, na soma dos três tempos de trocas 0.35 seguida da França de 0.40. As piores, Japão 0.95 e Austrália 0.77.

OS MELHORES & PIORES PARCIAIS
Na abertura do 4×100 livre, os melhores parciais vieram de Simonel Manuel dos Estados Unidos com 53.36 seguida por Emma McKeon da Austrália 53.41. O pior parcial abrindo para a italiana Eirka Ferraioli com 55.21. No meio, os melhores parciais vieram de Cate Campbell fechando para a vitória australiana com 51.97 e Ranomi Kromowidjojo fechando para a Holanda em quarto lugar com 52.20.

BEIJO PARA A MÃE
Olimpíada sempre tem belas história. No pódio do 400 medley, o americano Chase Kalisz mandou um longo beijo para a arquibancada mostrado com detalhe pela transmissão da TV. Foi para a sua mãe Cathy Kalisz, sua maior incentivadora e que por anos tem atuado como dirigente no North Baltimore Aquatic Club e na Federação de Maryland durante a carreira dos três filhos que são nadadores. Para estar no Rio, Cathy Kalisz teve de fazer uma vaquinha virtual para cobrir suas despesas. Ao que parece, valeu a pena.

PRIMEIRA DA HISTÓRIA QUEBRANDO SEQUÊNCIA AMERICANA
Os 400 medley masculino eram americanos desde 1996 em Atlanta, são 20 anos de domínio. A vitória de Kosuke Hagino na prova marcou a primeira medalha de ouro do Japão no evento desde a sua inclusão na Olimpíada de 1964 em Tóquio, no Japão.

ESTRELAS DA TV
São muitos os ex-nadadores atuando como comentaristas de TV. Somente ao redor da bancada do SporTV estão: Laure Manaudou e Alain Bernard na França, José Meolans na Argentina, Ryk Neethling na África do Sul, mais os brsileiros Gsutavo Borges, Djan Madruga, Flávia Delaroli, Mariana Brochado e Fabíola Molina. Ainda circulando pela área e dando entrevistas apareceram o japonês Kosuke Hagino e a holandesa Inge de Bruhin.

DE VOLTA AS FINAIS DOS 100 PEITO
Felipe França e João Gomes Júnior quebraram um jejum de 44 anos da natação brasileira sem chegar a uma final dos 100 metros nado peito em Jogos Olímpicos. E fizeram de forma dupla com o sexto lugar de Felipe França e o sétimo de João Gomes. O melhor resultado do Brasil em Olimpíadas nos 100 peito foi com Sylvio Fiolo que foi quarto colocado em 1968 no México e sexto nos Jogos de Munique em 1972.

FINAL DE MEDALHISTA OLÍMPICA
Esta nota vai para o final de prova de Joanna Maranhão ontem nos 400 medley das eliminatórias com 1:02.08, exatamente o mesmo final de Katinka Hosszu nas eliminatórias quando ficou a 15 centésimos do recorde mundial da prova. Está mais do que na cara que o peito da Joanna tem comprometido seu resultado na prova. O final dela é espetacular. Muito bem treinada!

AS PIORES VIRADAS DO DIA
Prêmio vai para Sun Yang, viradas ruins, muito ruins. Virava respirando para os dois lados e ainda respirando na última braçada. Durante algumas delas, chegava na borda antes de Mack Horton, mas fazia o giro depois dele. Viradas que acabaram sendo determinantes, afinal o australiano venceu o ouro com 13 centésimos a frente do chinês.

EXCLUSIVIDADE DE ADAM PEATY
57 nos 100 peito, é coisa que só o britânico Adam Peaty tem. Com os dois 57 feitos nas eliminatórias (57.55) e na semifinal (57.62), mais o antigo recorde mundial (57.92) feito no Campeonato Britânico do ano passado, Peaty agora tem as seis melhores marcas da história nos 100 peito. Quem chega mais próximo do britânico é Cameron van der Burgh com 58.46 dos Jogos Olímpicos de Londres que agora aparece como sétima melhor marca da história.

FORTES FINAIS
Tanto os 100 peito masculino como os 100 borboleta feminino foram muito fortes em matéria de chegar as finais. Para os 100 peito, 59.45 do cazaquistanês Dmitriy Balandin foi o tempo necessário para estar entre os oito finalistas. No Mundial de Kazan foi 59.75, no Mundial de Barcelona 59.92 e nos Jogos de Londres 59.78. A marca também supera o tempo do Mundial de Roma, na era dos trajes com 59.60. Para os 100 borboleta, Xinyi Chen da China fez 57.51 para ganhar a oitava vaga da final. No Mundial de 2015 foi 58.05, em 2013 58.44. Nos Jogos de Londres em 2012, 57.79 e também superando o Mundial de Roma 57.56.

AUSTRÁLIA NA FRENTE
Ao final do primeiro dia, australianos lideram o quadro geral de medalhas com duas de ouro. Uma delas, a de Mack Horton não estava computada na projeção antes da competição que dava a vitória da Austrália no quadro geral. Os americanos, que terminaram o primeiro dia sem ouros, não perdem a natação dos Jogos Olímpicos desde 1988 em Seul quando a Alemanha Oriental bateu o time americano. A última (e única) vez que a Austrália ganhou dos Estados Unidos foi nos Jogos Olímpicos de 1956 em Melbourne.

YULIA EFIMOVA E TODOS RUSSOS DE VOLTA
Todos os sete nadadores russos banidos pela FINA, depois julgados pelo CAS/TAS e aprovados pelo COI estiveram na piscina no primeiro dia de competição. Uma destes atletas, Natalia Lovavtcova até nadou no primeiro dia ficando em 26o lugar nos 100 borboleta. Yulia Efimova está no balizamento e vai nadar os 100 peito no segundo dia de competição. Declaração da FINA sobre o caso: “Não vamos mais nos manifestar a respeito”.

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