Termina amanhã, mas achei melhor escrever isso hoje, seria mais autêntico e sincero. Entre tantas coisas boas destes Jogos, acho que precisamos começar a agradecer.

O Rio 2016 está cheio de personagens. Falo dos positivos, jamais destes arruaceiros e mentirosos que não merecem nem mais uma linha. Podemos começar pelo maior de todos, Michael Phelps, o maior medalhista da história (28 medalhas) e maior medalhista do Rio (6 medalhas), seguimos com o raio Usain Bolt e seu triplo x triplo, da ginasta Simone Biles, do time dos refugiados e de tantas outras boas histórias que nos marcarão para sempre.

Mas também precisamos falar de personagens que não tem nome, que não ganharam nada (literalmente), que vieram de todas partes do Brasil e até do exterior. Falo dos voluntários, estes anônimos que dedicaram horas, dias, e alguns, até meses, trabalhando para o Movimento Olímpico.

Sim, isso mesmo. Tiveram de pagar suas passagens e hospedagens, trabalharam durante os 17 dias de Olimpíada, apenas pelo espírito olímpico. Tive a oportunidade de conhecer mais de 10 arenas, acompanhar 14 modalidades esportivas, e, em todas elas, diariamente sempre bem recebido, com carinho, com atenção.

Aqueles vestidos de vermelho cuidaram da nossa saúde, os de verde eram o que davam a orientação ao público, para onde e como ir, onde entrar, onde sair. Horas de trabalho no sol, na chuva, durante o dia, na madrugada. Incansáveis. Os de azul são os árbitros, responsáveis pela legitimidade da competição. São pessoas capacitadas e qualificadas para julgar, avaliar e controlar os maiores atletas do mundo. E finalmente, os de amarelo, em todo canto, toda parte, aqueles que trabalharam incansavelmente nas áreas operacionais.

Todos fantásticos, alguns mais descolados. Quando chegávamos ao Parque Olímpico, pelo megafone nos davam a impressão de estarmos entrando nos Parques da Disney. E não é a mesma coisa?

Os voluntários foram precisos. Alguns mais bem informados, outros falando mais de um idioma, mas todos cheios de energia, simpatia e pins, loucos e fanáticos pelos pins que com muito orgulho colocavam na fita de seus crachás.

Os voluntários são a alma destes Jogos. Já tem sido assim há algum tempo, e os nossos não decepcionaram. Pelo contrário, o espírito e a ginga brasileira marcaram mais uma vez.

Ser voluntário não deve ser fácil. Estar no maior evento esportivo do mundo de uma forma diferente, com responsabilidade, com obrigações. Até foto os caras são proibidos de tirar quando estiverem em serviço. A prova de que fizeram um trabalho espetacular é o número de atletas que pedia para tirar foto com eles. Incrível!

Gostei demais de um depoimento de um deles. Segundo este anônimo, ser voluntário é deixar de acompanhar para participar, deixar de ver para viver, deixar de assistir para construir.

Sim, é tudo isso, e posso dizer com o maior carinho e apreciação, vocês foram demais. Medalha de ouro para todos vocês. Obrigado Voluntários Rio 2016.

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