Campeão mundial em Doha, há 2 anos atrás, Felipe França tinha excelentes chances de repetir o feito na final dos 100 peito de hoje, no segundo dia de disputas do Campeonato Mundial de Piscina Curta, que acontece na fria cidade canadense de Windsor. Mas por um centésimo acabou tirando-o do pódio. Felipe passou relativamente fraco, 26.78, em 5o. lugar, e apesar de ter tido a 3a. melhor parcial da volta, 30.27, e totalizando 57.05, não foi suficiente pra tirar a vantagem adquirida nos primeiros 50 metros do italiano medalha de bronze Fabio Scozzoli. A prova foi vencida pelo alemão Marco Koch, com 56.77, seguido do russo Vladimir Morozov, com 57.00.

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Na semifinal, Felipe havia nadado para 56.99, enquanto que nas eliminatórias nadou para classificar, marcando tranquilos 57.68. O melhor tempo de Felipe, apesar de ter o atual recorde do campeonato mundial com 56.29, é ainda mais baixo, 56.25 obtido em setembro de 2014, em Guaratinguetá, na seletiva para o Mundial de Doha. Ainda assim, em setembro deste ano, ele venceu o Troféu José Finkel com 56.81, o que lhe daria ainda a prata neste Mundial. Os 57.05 da final correspondem a sua 8a. melhor marca pessoal.

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A outra bandeira brasileira que apareceu hoje na piscina foi de Larissa Martins Oliveira, na semifinal dos 100 livre. Ela estava com o 15o. tempo, colocação que foi mantida e melhorando 1 décimo sua marca das eliminatórias, de 53.77 para 53.67. Larissa, cuja melhor marca é 52.75 de Doha, também tinha boas chances de entrar nesta final, mas o fim de prova, um dos 3 piores das semifinais, foi fatal, apesar de ter passado em condições de brigar pelas 3 primeiras posições, 25.58.

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Nas provas sem brasileiros, o dia de zero grau Celsius começou com recorde mundial no 4×50 medley feminino, com as americanas Alexandra Loof, Lilly King, Kelsi Worrell e Katrina Konopka liderando do início ao fim, superando a marca de 1:44.04 da Dinamarca do Mundial anterior com 1:43.27. O quarteto teve as melhores parciais menos no livre. É o primeiro e único recorde mundial da competição até o fim desse dia.

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Outro recorde superado veio 16 minutos depois da marca mundial, nas braçadas de Kelsi Worrell, atleta da Universidade de Louisiana treinada pelo brasileiro Arthur Albieiro – que aliás também é head coach da seleção americana. A prova era a final dos 200 borboleta, contra uma adversária de ferro, Katinka Hosszu. A húngara venceu a prova com 2:02.15, mas com 2:02.89 chegando em 2o. lugar, Worrell levou o recorde americano da prova.

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Katinka Hosszu ainda nadou mais uma prova, os 100 costas, e venceu com propriedade, marcando 55.54, conquistando sua 10a. medalha de ouro em campeonatos mundiais de piscina curta e acumulando nada menos que 17 medalhas, igualando-se aos feitos de Therese Alshammar, Martina Moravkova e Jenny Thompson. Mas esta medalha foi apenas a 4a. de 12 possíveis da húngara nesta competição e deverá se tornar – bem isolada – como a maior medalhista da história dessa competição. Nos 100 costas, Katinka bateu a atleta da casa – mesmo, ela treina em Windsor – Kylie Masse, que levou a prata com 56.24, e de Georgia Davies, com 56.45, que por um centésimo deixou Emily Seebohm, uma das favoritas, fora do pódio.

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Os últimos recordes do dia vieram da raia 1, nos 200 livre masculino, onde o campeão da prova de 400, Tae Hwan Park, literalmente correu por fora e bateu Chad Le Clos e novamente o russo Aleksandr Krasnykh, com novo recorde de campeonato e asiático, 1:41.03. O recorde anterior era de Ryan Lochte, 1:41.08, desde 2010. Dylan Carter, que classificou-se com o primeiro tempo, acabou fora do pódio em 4o. lugar, ainda que com sua melhor marca pessoal, 1:42.48. Analisando mais a fundo a prova, é de se notar que no fundo não foi Park que ganhou, mas Le Clos que perdeu: ele estava em 7o. lugar na parcial dos 150m e mesmo com o melhor final de prova entre os finalistas, 24.93, deixou o coreano distanciar-se muito nos 100 metros, abrindo um segundo de vantagem em cima do sul-africano.

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A Austrália comemorou sua primeira medalha de ouro com a vitória de Mitchell Larkin nos 100 costas, com 49.65, apenas 4 centésimos melhor que o russo Andrei Shabasov. Larkin conquista o bicampeonato da prova, e é seu 3o. título mundial seguido, incluindo o título do Mundial de Kazan em 2015. Na Olimpíada, terminou com um decepcionante 4o. lugar.

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Lilly King foi outra que conseguiu dois ouros no dia, batendo nada menos que a recordista mundial – e sedenta por uma medalha de ouro em mundiais – Alia Atkinson. Nos 50 peito, a americana desbancou a jamaicana com 28.92 contra 29.11. Para King, sua melhor marca pessoal, primeira vez que quebra a barreira dos 29 segundos. Já Atkinson um tempo muito fraco para quem havia nadado para 28.64 há pouco mais de um mês atrás.

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E na última prova do dia, o 4×50 livre misto, a Rússia segurou o ataque feminino da Holanda (todos os revezamentos usaram a mesma composição, dois homens abrindo e depois duas mulheres), que por sua vez teve que conter o ataque canadense de Sandrine Mainville fechando a equipe da casa. Novamente um crédito adicional para Morozov, com seu parcial de 20.44, equiparado pelo parcial de Ranomi Kromowidjojo com 23.34. No fim, o time russo marcou 1:29.73 contra 1:29.82, seguido por um centésimo adicional pela equipe canadense, desta vez sem erros infantis. Um “olho nele” para Ari-Pekka Liukkonen, da equipe finlandesa, que foi desclassificada, mas cujo parcial foi 20.87.

Confira os resultados completos e o quadro de medalhas atualizado no link abaixo:

https://bestswimming.swimchannel.net/13o-campeonato-mundial-de-natacao-em-piscina-curta/

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