Autor • Julian Romero
Fonte • Best Swimming

O presidente da WADA – Agência Mundial Anti-Doping, John Fahey, declarou nesta segunda que existe um movimento forte para que o aumento da pena para uso de doping no esporte seja mais severa. Com isso, a pena máxima de 2 anos voltaria aos 4 anos, isso para os casos mais graves, leia-se esteróides anabolizantes.

"Existe um consenso de que uma pena de 2 anos para primeiros casos de doping que são graves são insuficientes e não passam a mensagem correta para aqueles que querem fazer uso do doping", disse Darryl Seibel, porta-voz do Comitê Olímpico Britânico.

Atualmente existe no código da WADA, seguido por todas as federações esportivas do mundo, a punição de 4 anos, mas ela é apenas aplicada em circuntâncias agravantes e ainda sob indicação da Federação Internacional, o que acontece raramente.

Além disso, existe uma corrente de atletas que considera a pena muito severa e que provou-se ser fraca juridicamente quando levada à tribunais cíveis pelo mundo. Por isso Fahey tocou no assunto só agora. "Estou confiante que esta pena de 4 anos não irá quebrar nenhuma lei atual em qualquer parte do mundo. Temos que ter sensibilidade para levar em conta a proporcionalidade e os direitos humanos. Não tem sentido estipular uma pena que pode ser descartada pelos tribunais cíveis", declarou Fahey.

Toda essa discussão, que inclui outros pontos, fazem parte da reforma do código da WADA, já apresentado ao Comitê da entidade neste domingo para revisão no próximo mês, com previsão de aprovação em 2013 mas que terá valor prático apenas a partir de 2015. O Comitê Olímpico Internacional propôs a inclusão do banimento do atleta da Olimpíada em casos onde o doping – ameno ou grave – ocorreu até 6 meses antes dos Jogos, mas o CAS – Corte Arbitrária do Esporte – entendeu que isso significa uma segunda punição ao atleta e que não embasamento legal no Código da WADA para aplicar esta pena. Mas a WADA entende que o aumento da punição para 4 anos já serviria o propósito de punir o atleta em uma Olimpíada.

Outro ponto que chegou a ser cogitado, mas descartado pelo Comitê, foi o descarte da amostra B, já que em quase todos os casos mostrou-se idêntico à amostra A. A amostra B é um segundo frasco contendo urina ou sangue, recolhido no mesmo local e dia, e que serve para comprovar a amostra A que originou o resultado do exame.

No Brasil, apenas Hugo Duppre, o primeiro caso oficialmente registrado em 1997, recebeu esta pena de 4 anos.  Além disso, o Brasil foi o primeiro país a assinar o Código Anti-Doping da WADA, em março de 2003.

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