E bota apoio nisso. De forma criativa – o que aliás relembra muito como eram as antigas associações de pais espalhadas pelo Brasil – a família de Allan do Carmo, medalha de bronze na prova por equipes de ontem no Mundial, está lá em Barcelona e choraram com o bronze, enquanto o atleta estava com dois pensamentos: “que conquista” e “que 25 km terei pela frente”. Os pais, Vladimir e Maria Augusta contaram em entrevista a Lídia Gismondi, da Sportv (clique aqui para ler a reportagem completa), que a vida do filho acabou por transformar a vida dos dois, com direito a até uma pós-graduação:
– A vida de Allan daria uma boa história. Ele era um menino muito hiperativo. Nenhuma escola aceitava ele. Mas sempre foi muito carismático e obediente. Nós não tínhamos muitos recursos, mas nossa prioridade sempre foi dar o que fosse possível para os nossos filhos. Para bancar as viagens de Allan, fizemos muitas vaquinhas na família. Sempre fazíamos bingos, rifas. Cada um levava uma coisa para rifar, e a gente arrecadava dinheiro para ele viajar – contou Vladimir.
– Fui fazer Gastronomia por causa dele (ele atualmente cursa pós-graduação em Gestão e Qualidade na Gastronomia). Para a maratona, a alimentação é muito importante. Assim, posso ajudar em várias questões sobre a comida dentro de casa, como o armazenamento de frutas, verduras e técnicas de segurança da alimentação. E a mãe já tem o dom. Ela acorda todos os dias às 4h30m da manhã para preparar a comida dele – explicou.
Mas em Barcelona, a família agora tem duas preocupações – por enquanto: curtir o bronze com gosto de ouro do garoto, e fazer aquela fezinha cheia de fitinhas do Senhor do Bonfim para que no sábado mais uma medalha seja colocada no pescoço dele.
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