Izotov mostra as garras

Sem Thorpe, sem Phelps, sem Hoogenband e sem Biedermann, os 200m livre viraram uma zona franca. Mas do período desses 4 grandes nadadores da prova, Ryan Lochte sobreviveu, assim como Danila Izotov.

O russo medalha de bronze em 2009, quando tinha 18 anos, deve ter ficado muito preocupado ao ver seu companheiro de equipe Nikita Lobintsev ficar fora da semifinal. Fez uma prova controlada, graças ao posicionamento na semifinal, nadando na segunda série, quando conhecia já os tempos da primeira série. Com 1:45.84, nem fez um sprint digno, fechando com 27.63, segunda pior parcial dentre os finalistas.

O atual campeão mundial, Ryan Lochte, parece também que fez uma prova controlada, apesar de demonstrar mais esforço que o adversário russo. Está com o segundo tempo, 1:46.06, seguido do japonês Kosuke Hagino, que amanhã terá um dia intenso com a final dos 100m costas e agora os 200m livre, aqui marcando 1:46.87.

O inglês Robert Renwick vem em 4o. com 1:46.95, seguido do campeão olímpico Yannick Agnel (que também assim como Manaudou ainda não mostrou ao que veio nessa competição) com 1:47.01, do americano Conor Dwyer com 1:47.05 e do australiano Thomas Fraser-Holmes com 1:47.21.

O outro australiano, Cameron McEvoy, e o holandês Sebastiaan Verschuren acabaram empatando na 8a. posição e deveriam fazer um swim-off, anulado pela desistência do holandês. A justificativa foi focar num possível pódio nos 100m livre do que brigar por um 6o. lugar nos 200m livre: ele tem o 3o. tempo da competição, atrás de Nathan Adrian e James Magnussen.

Se Izotov vencer amanhã, será apenas o primeiro russo a ganhar o ouro nessa prova. No geral, só ele como russo conseguiu subir ao pódio na história dos mundiais.

Para o mineiro Nicolas Oliveira, o corte depois do início da entrevista à Sportv, no fim da prova, foi animador. O repórter Fernando Saraiva começou a entrevista falando sobre decepção, e Nicolas logo interveio e disse que não estava decepcionado não. Ficou a apenas 11 centésimos da final, com 1:47.42 (24.81, 52.12, 1:19.89), sua 3a. melhor marca pessoal. Poderia nem repetir o tempo da semifinal, 1:46.99, mas foi difícil de acreditar numa final depois de ter chegado em 6o. na primeira semifinal. Nicolas agora foca os 100m livre que começa nesta quarta, dia 31. [Corrigido em 30/07, às 12h48]

Veja o histórico de Nicolas nesta prova: