Ao final do primeiro dia, o Brasil lidera o quadro de medalhas nos Jogos Odesur em Santiago. Um bom início da Argentina que teve três medalhas de ouro. Foram oito provas e sete novos recordes de campeonato. Confira os detalhes prova a prova:

800 livre masculino –

Pódio dos 800 livre masculino.

Pódio dos 800 livre masculino.

A série forte foi equilibrada e disputada como se esperava. Deu vitória argentina para Martin Naidich, o contestado recordista sul-americano que desde o Maria Lenk no ano passado não nadava nada. Venceu com 8:05:28 novo recorde de campeoanto superando a marca anterior de Lukas Kanieski de 8:09:81 da sua vitória no Odesur de 2010.
O brasileiro Marcos Ferrari liderava a prova até a altura dos 400 metros sempre acompanhado de perto por quase todos finalistas. Martin Naidich assumiu a liderança já após a virada dos 400 para não perder mais.
Ferrari ainda segurou a segunda posição por 100 metros, mas já na altura dos 500 metros caiu para terceiro, posição que terminou na prova. O segundo colocado foi o equatoriano Esteban Enderica, que há dois anos nada no Maria Lenk pelo Fluminense. Marcou 8:07:78 tendo o melhor segundo parcial de prova.
Lucas Kanieski, o outro brasileiro, abriu junto de Ferrari e ocupou a segunda posição no início da prova, mas depois caiu ficando sempre entre os cinco primeiros. Terminou na quarta colocação.

Marcos Ferrari, a primeira medalha do Brasil.

Marcos Ferrari, a primeira medalha do Brasil.

Nos parciais:
Martin Nadich: 59:54, 2:01:06, 3:02:15, 4:03:69, 5:05:24, 6:06:33, 7:07:15 e 8:05:28.
Marcos Ferrari: 58:92, 1:59:96, 3:01:22, 4:03:30, 5:05:34, 6:07:53, 7:09:64, 8:09:93.
Lucas Kanieski 58:84, 2:00:30, 3:02:01, 4:03:69, 5:06:06, 6:08:23, 7:10:33, 8:11:62.

400 livre feminino –

Pódio dos 400 livre feminino.

Pódio dos 400 livre feminino.

De ponta a ponta, sem dificuldades, sem adversárias. Andreina Pinto ganhou a sua primeira medalha de ouro, de várias que devem acontecer neste Odesur. VEnceu com 4:10:71 quebrando o recorde de campeonato que era de Cecilia Biagioli da Argentina desde 2006 com 4:13:63.
Kristel Kobrich do Chile até tentou, mas sabia que não tinha condições de seguir o ritmo de Pinto. Ficou num confortável segundo lugar com 4:15:15.
Manuella Lyrio foi a melhor brasileira, desde o princípio ocupou a terceira colocação e aí terminou com 4:20:86. Carolina Bilich, a outra brasileira na prova, começou mais atrás e chegou a estar entre o quinto e o sexto lugar mas fechou melhor e garantiu a quarta colocação com 4:23:61.

Manuella Lyrio, segundo bronze do Brasil.

Manuella Lyrio, segundo bronze do Brasil.

Nos parciais:
Andreina Pinto: 1:00:06, 2:03:52, 3:07:47, 4:10:71.
Manuella Lyrio: 1:03:01, 2:08:71, 3:14:38, 4:20:86.
Carolina Bilich: 1:03:71, 2:10:77, 3:17:73, 4:23:61.

200 costas masculino –

Pódio dos 200 costas masculino.

Pódio dos 200 costas masculino.

Primeiro ouro do Brasil, veio fácil e esperado. Só não foi perfeito, pois Leo de Deus queria romper a barreira dos dois minutos. Passou perto vencendo com 2:00:28. O recorde era dela 2:02:00 da sua vitória em Medellin em 2010.
Excelente resultado do paraguaio Matias Lopez de 18 anos que chegou em segundo lugar. nadou para 2:02:43 quebrando o recorde nacional de seu país que era 2:02:86 dos Jogos Sul-Americanos da Juventude no ano passado.
O bronze ficou para o colombiano David Cespedes com 2:04:12.

Primeiro ouro do Brasil em Santiago.

Primeiro ouro do Brasil em Santiago.

Os parciais de Leo de Deus:
28:15, 58:17, 1:29:17, 2:00:28.

100 borboleta feminino –

Pódio dos 100 borboleta feminino.

Pódio dos 100 borboleta feminino.

De ponta a ponta. Daynara de Paula abusou da velocidade e passou com um impressionante 27:19 para vencer com 59:35, sendo a única a quebrar a barreira do minuto.
Carolina Colorado da Colômbia ficou em segundo com 1:0014 e Etiene Medeiros em terceiro lugar com 1:00:88.
A marca de Daynara supera o recorde de campeonato que ela já havia batido nas eliminatórias.

Daynara ganha e bate o recorde.

Daynara ganha e bate o recorde.

Parciais:
Daynara de Paula 27:19, 59:35
Etiene Medeiros 28:54, 1:00:88.

100 peito masculino –

Felipe Lima campeão e recordista da prova.

Felipe Lima campeão e recordista da prova.

Terceira vitória consecutiva do Brasil, Felipe Lima e como Leo de Deus e Daynara de Paula, de ponta a ponta. Passou na frente com 28:99 e parecia vencer com facilidade. Foi atacado no final pelo jovem venezuelano Carlos Claverie mas mesmo assim garantiu o ouro para o Brasil com 1:01:63.
A marca foi um pouco pior do que ele havia eito no BHP Billiton na Austrália quando foi bronze com 1:01:47 e um pouco melhor do que a prata no Grand Prix de Orlando com 1:01:85.
Carlos Claverie da Venezuela saiu mal, mas fez uma prova e tanto.Com apenas 17 anos, chegou na segunda posição com 1:02:19 a apenas dois décimos do seu recorde nacional juvenil. O panamenho Edgar Crespo ficou em terciero com 1:02:58.
Henrique Barbosa ficou em quarto lugar com 1:02:94.

Felipe Lima no caminho da sua vitória.

Felipe Lima no caminho da sua vitória.

Parciais:
Felipe Lima 28:99, 1:01:63.
Henrique Barbosa 30:08, 1:02:94.

200 medley feminino –

Pódio 200 medley feminino.

Pódio 200 medley feminino.

Dobradinha argentina com vitória de Virginia Bardach e a “meio gaúcha” Florencia Perotti em segundo. Bardach foi a única a quebrar a barreira dos 2:20 com 2:19:44. Única prova do dia que não tivemos quebra do recorde de campeonato. O recorde permanece com Joanna Maranhão 2:17:07. Florencia Perotti chegou em segundo lugar com 2:20:67.
O Brasil levou bronze com Julia Gerotto com 2:21:22 e Nathália Almeida em quarto lugar com 2:22:72.

Imagem das duas brasileiras no parcial de peito.

Imagem das duas brasileiras no parcial de peito.

Parciais:
Virginia Bardach 30:23, 1:05:54, 1:45:84, 2:19:44
Julia Gerotto 30:54, 1:07:07, 1:49:12, 2:21:22
Nathália Almeida 30:77, 1:07:08, 1:49:27, 2:22:72.

200 livre masculino –

Nicolas Oliveira prata nos 200 livre.

Nicolas Oliveira prata nos 200 livre.

A prova mais surprendente do dia. Pelo seu desenrolar e principalmente pelo seu final.
O peruano Mauricio Fiol que fez sua preparação para o Odesur treinando no Corinthians saiu com tudo e segurou até os últimos metros. Acabou em terceiro lugar, mas nadou para vencer e acabou quebrando o recorde nacional dos 200 livre em seu país.
Nadando mais controlado, Federico Grabich, argentino campeão e recordista do Odesur em 2010, estava em quarto lugar na altura dos 100 metros e em terceiro nos 150. Entretanto, seu final de 27:21 fez a diferença levando o título e o recorde da prova com 1:49:39.
O brasileiro Nicolas Oliveira foi ainda mais conservador que Grabich e isso talvez tenha lhe custado o ouro. Terminou em segundo lugar com 1:49:72 mas fechando os últimos 50 metros com 27:13. Estrategicamente foi uma prova mal nadada por Nicolas que poderia facilmente levar o ouro. Estava em sexto nos primeiros 50 metros, passou a quinto nos 100 e 150 metros e teve o melhor final de prova.
Mauricio Fiol ficou em terceiro com 1:50:30 batendo o seu próprio recorde nacional de 1:50:64 feitos nos Jogos Bolivarianos no ano passado.
Se Nicolas Oliveira foi controlado demais, Fernando Ernesto Santos acabou pregando no final e mesmo virando em segundo lugar nos 150 metros finalizou na quinta colocação com 1:51:38. O parcial dos últimos 50 metros foi de 29:51.
A decepção da prova foi o paraguaio Ben Hockin, melhor tempo de inscrição e medalhista panamericano que acabou na quarta colocação com 1:51:31.
Parciais:
Federico Grabich 25:44, 53:60, 1:22:18, 1:49:39
Nicolas Oliveira 25:83, 53:95, 1:22:59, 1:49:72
Fernando Santos 25:40, 53:09, 1:21:87, 1:51:38

Revezamento 4 x 200 livre feminino –

Revezamento campeão e recordista do Brasil.

Revezamento campeão e recordista do Brasil.

Fechando o dia, o Brasil completou sua quarta medalha de ouro liderando de ponta a ponta e vencendo com novo recorde de campeonato. com 8:18:34 superando a marca de 8;26:65 da Argentina em 2010.
A Venezuela chegou em segundo lugar com 8:23:11 passando a Colômbia no final que terminou em terceiro com 8:23:77. O parcial final de Andreina Pinto 2:00:19 mostra que a nadadora tem tudo para ser o maior destaque desta competição.

Treino, Botafogo
Parciais do time brasileiro:
Larissa Oliveira 2:02:52, Jessica Cavalheiro 2:03:73, Carolina Bilich 2:07:18 e Manuella Lyrio 2:04:91.
Esta é a segunda vez que o Brasil nada o 4 x 200 livre feminino este ano. A anterior havia sido no BHP Billiton Aquatic Super Series onde nadaram três das quatro nadadoras que competiram hoje. A única mudança no time de hoje foi a entrada de Jessica Cavalheiro na equipe substituindo Graciele Hermann que havia fechado o revezamento na Austrália.
O tempo em janeiro havia sido 8:28:10, o tempo de hoje 8:18:34. A marca ainda não seria suficiente para bater a África do Sul qu eficou em terceiro lugar, o Brasil terminou em quarto.
Comparando os parciais de janeiro na Austrália e agora:
Manuella Lyrio abriu para 2:04:79 na Austrália, hoje fechou para 2:04:91.
Larissa Oliveira foi a segunda na Austrália com 2:06:40, hoje abriu para 2:02:52.
Carolina Bilich ocupou a terceira posição nos dois revezamentos. Na Austrália nadou para 2:09:58 e hoje 2:07:18.

Ao final do primeiro dia, nove medalhas para o Brasil, quatro de ouro, uma de prata e quatro de bronze.

2 respostas
  1. Alex Pussieldi
    Alex Pussieldi says:

    Jorge, já corrigimos na matéria. Foi recorde paraguaio absoluto batendo o 2:02:86 que ele havia feito nos Jogos Sul-Americanos da Juventude. Os 2:02:32 colocados no tempo de inscrição do atleta foi um tempo “chutado” pela Federação Paraguaia de Natação.

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário