Trofeu Maria Lenk, Natacao

Mais um dia espetacular, e que dia marcou a terceira etapa de finais do Maria Lenk. Confira as emoções prova a prova.

400 medley feminino –
Katinka Hosszu não conseguiu homenagear o marido/treinador Shane Tusup com uma super marca. Venceu com 4:38:41 gerando uma certa decepção, principalmente depois dos 4:34:91 feitos na eliminatória. A marca da manhã foi o terceiro melhor tempo do mundo e o objetivo era pelo menos quebrar o recorde europeu que é dela desde 2009 com 4:30:31.
Segundo Tusup, o fato de Katinka ter ficado quatro semanas sem competir justifica o ritmo forte qu e ela imprimiu nas eliminatórias e a expectativa de um melhor resultado a tarde que acabou não acontecendo. Quem viu a prova, identificou que já no costas ela parecia mais forçada e contraída em relação ao que se viu pela manhã.
Para o Corinthians ela deu a vitória e leva os pontos de bonificação do recorde sul-americano (70 pontos).
A argentina Florencia Perotti do União ficou em segundo lugar com 4:51:02 e Julia Gerotto do Corinthians chegou na terceira colocação com 4:56:95.
A jovem Maria Luiza Pessanha do Fluminense de 14 anos, nadando o seu primeiro Maria Lenk chegou a sua segunda final e terminou na sexta colocação com 5:01:32.

400 medley masculino –
Se os 400 medley feminino, depois da aposentadoria de Joanna Maranhão, está bom de melhorar, a prova masculina foi muito boa e grandes perspectivas.
Thiago Pereira do SESI-SP venceu de ponta a ponta e com 4:15:45 estabeleceu a 10a melhor marca do mundo este ano. Thiago Teixeira Simon do Corinthians confirmou a boa fase fazendo a sua melhor marca pessoal e fez o seu segundo índice para o Pan Pacífico com 4:17:98 e para completar o pódio a boa performance de Brandonn Almeida também do Corinthians na terceira colocação com a melhor marca pessoal de 4:20:76.
Thiago ao final da prova comentou que esperava um pouco melhor de seu tempo, principalmente no nado crawl onde ele finalizou com 1:03:45. Os parciais dos três primeiros colocados:
Thiago Pereira – 26:18, 56:24, 2:00:54, 3:12:00, 4:15:45
Thiago Simon – 27:30, 57:60, 2:04:87, 3:16:60, 4:17:98
Brandonn Almeida – 28:99, 59:99, 2:04:59, 3:21:98, 4:20:76
Com a vitória, Thiago completou 12 anos consecutivos de vitória no Troféu Maria Lenk na prova dos 400 medley. Também foi sua 30a vitória no Troféu, o maior número entre todos os nadadadores em atividade desde 2002 quando participou pela primeira vez.

50 livre feminino –
A saída e o submerso da dinamarquesa Jeanette Ottesen Gray fizeram a diferença na sua vitória sobre a gaúcha Graciele Hermann. Mesmo assim, Graciele fez uma prova muito boa e conseguiu tirar a distância inicial na parte final da prova. Jeanette venceu com 24:59, quinto tempo do mundo este ano, e Graciele nadou pela terceira vez na casa dos 24 segundos, agora 24:79.
O bom momento da velocidade brasileira ainda seria coroado com o terceiro lugar de Alessandra Marchioro do Botafogo com 25:17, igualando a sua melhor marca pessoal e conquistando uma vaga no time do Pan Pacífico abaixo dos 25:34 exigidos pela CBDA. Alessandra teve diversos problemas de lesão e de ordem particular neste início de temporada e foram apenas seis consistentes semanas de treinamento para este Troféu.
Depois da holandesa Inge Dekker do Minas em quarto lugar com 25:22, Lorrane Ferreira do Minas com 25:34 na quinta colocação também nadou no índice da CBDA exigido para a prova comprovando o bom nível dos 50 livre feminino no Brasil na atualidade.

50 livre masculino –
Foi a melhor prova do dia com os dois melhores tempos do mundo. César Cielo e Bruno Fratus deram um show de velocidade e com marcas que passam a liderar o ranking mundial de 2014.
Cielo saiu melhor e teve a liderança da prova o tempo todo chegando a ser ameaçado naquele final tradicional de Bruno.
21:39 para Cielo representa o seu terceiro melhor tempo sem trajes, o 13o se incluirmos os tempos com trajes. Melhor que isso só os 21:32 do Mundial de Barcelona e os 21:38 do Maria Lenk de 2012. Foi uma marca a apenas sete centésimos do melhor tempo sem trajes do mundo!
Bruno Fratus e seus 21:45 representam a sua melhor marca pessoal, uma baixada de 16 centésimos em relação a sua melhor marca pessoal alcançada nos Jogos Olímpicos de Londres.
Os dois deixam para trás Eamon Sullivan da Austrália e seus 21:65 que agora passam a ser o terceiro melhor tempo do mundo.
Foi a oitava vez que Cielo se sagrou campeão do Maria Lenk na prova dos 50 livre repetindo os títulos dos anos de 2013, 2012, 2011, 2010, 2009, 2008, e 2006. Na sequencia, são sete títulos consecutivos.
Nicholas Santos do Unisanta que havia empatado na eliminatória em oitavo lugar, teve de nadar o desempate para chegar a final, acabou na terceira colocação com 22:32. Um tempo quase um segundo distante da marca vitoriosa de Cesar Cielo.
Vice campeão no ano passado, Marcelo Chierighini do Pinheiros ficou na sexta colocação com 22:51.

800 livre feminino –
Uma prova estratégica e que Poliana Okimoto do Unisanta garantiu a sua segunda vitória neste Troféu Maria Lenk. Foi o sétimo título de 800 livre de Poliana no Troféu, ela que havia vencido a mesma prova em 1998, última vez que a competição foi na piscina do Ibirapuera.
A marca, assim como nos 1500 livre, não teve nada de especial, Poliana venceu com 8:43:78 depois de passar os primeiros 400 metros com 4:19:90.
Carolina Bilich do Minas ficou em segundo lugar com 8:47:73, uma baixada de dois segundos na sua melhor marca pessoal.
Outra que melhorou foi Viviane Jungblut com 8:50:27 depois de passar com 4:22:26 levando o bronze e melhorando sua posição para os Jogos Olímpicos da Juventude.

Revezamento 4×200 livre masculino –
De ponta a ponta, o Minas garantiu a vitória e por apenas três centésimos não quebrou o recorde de campeonato que permanence com o Flamengo desde 2012.
O tempo foi de 7:20:05 com parciais de Nicolas Oliveira 1:48:94, Miguel Leite Valente 1:50:14, Giuliano Rocco 1:50:24 e Marcos Ferrari 1:50:73.
O Corinthians chegou num distante segundo lugar mas acabou desclassificado na passagem entre a chegada de Fernando Ernesto Santos que abriu para 1:50:42 e a saída de João Veras Amorim.
Bom para o Unisanta que havia sido terceiro lugar e pulou para o segundo e o Pinheiros que de quarto chegou ao bronze. Unisanta nadou para 7:23:28 com Vinicius Waked, Matheus Santana, Felipe Souza e Thiago Sickert. O melhor parcial foi de Matheus Santana com 1:49:70. O Pinheiros foi bronze com 7:24:15 nadando com Gabriel Ogawa, Pedro Spajari, João de Lucca e Diogo Fassina Dias. João de Lucca teve o melhor parcial com 1:47:55.

Revezamento 4×200 livre feminino –
Para fechar um dia tão bom e cheio de emoções, o revezamento 4×200 livre foi disputadíssimo até o final. O Corinthians abriu na frente com Katinka Hosszu marcando 1:57:24. O Minas abriu em segundo com Manuella Lyrio com 2:01:01.
Inge Dekker fez um parcial muito bom para o Minas de 2:00:13 tomando a frente enquanto Natália de Luccas marcava 2:04:51. Carolina Bilich foi a terceira do Minas e mesmo saindo dos 800 livre nadou para 2:02:04. O Corinthians ficou um pouco para trás e Isabela Silva mandou 2:06:79. Quando a jovem Maria Paula Heitmann do Minas pulou na água a vantagem sobre o Corinthians era de mais de cinco segundos. Jeanettte Ottesen fechando era a experiência de uma nadadora não especialista nos 200 livre mas com bagagem de campeã mundial. Maria Paula deveria ter administrado a diferença sem sair muito forte, entretanto foi exatamente o que aconteceu. Passou com 58:90 e cansou. Seu parcial foi de 2:06:09 contra um fantástico 1:59:93 de Jeanette Ottesen. Nem a dinamarquesa acreditou no que fez.
Resultado final, Corinthians campeão e recordista de campeonato com 8:08:47, Minas em segundo com 8:09:27 e o SESI-SP em terceiro lugar com 8:11:59.
O melhor parcial do SESI foi de Giovanna Diamante fechando com 2:01:32.

Classificação parcial ao final do terceiro dia:
1o Corinthians 1.236,5 pontos
2o Minas 927 pontos
3o Pinheiros 663 pontos
4o SESI-SP 520 pontos
5o Unisanta 483,5 pontos
6o União 404 pontos
7o Praia 114 pontos
8o Fluminense 76 pontos
9o Botafogo 39 pontos
10o Flamengo 22 pontos

5 respostas
  1. Jefferson Donadoni
    Jefferson Donadoni says:

    Bem lembrado kemmell, excelente prova do Alcover e do Ocampo, duas revelações das provas de velocidade junto com o Santana.

  2. Alexandre Madsen
    Alexandre Madsen says:

    Seria um recorde do campeonato para o Minas. Outro detalhe : quando o atleta toca na placa, não está aparecendo o tempo e raia do vencedor. Este sistema é péssimo!!!

  3. Alexandre Madsen
    Alexandre Madsen says:

    Coach.

    Além do bloco de partida, o que tem de melhorar é o sistema de cronometragem. O Painel do Complexo Aquático do Ibirapuera não está computando os tempos corretamente. Ontem, fiquei com a nítida impressão de que o reveza do Minas havia batido em 7:18:00. Pode solicitar o vídeo a equipe do Sportv. No momento em que o último nadador do Minas toca a parede, o cronômetro ainda não havia chegado aos 7:19:00. Checa isso aí, Coach!!!

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