10390014_836610593030205_2808340226807192476_n

Terceiro dia de disputa do Pan Pacífico na Austrália. Dia de recorde mundial e mais uma medalha para o Brasil, agora bronze no 4×100 livre masculino. Confira o dia prova a prova:

100 borboleta feminino –
Cinco nadando na casa dos 57, uma prova bem disputada e que marcou a recuperação de Alicia Coutts, campeã com 57:64. A chinesa Ying Lu, única boa nadadora do time da China nesta competição, ficou em segundo com 57:76 e a jovem americana Kendyl Stewart completou o pódio com 57:82.
No parcial dos primeiros 50 metros, a canadense Katerine Savard estava na frente com 26:90. Acabou em quinto lugar. Ela que é terceira colocada no ranking mundial deste ano com 57:27 feitos no Campeonato Canadense. Savard foi campeã do Commonwealth Games com 57:40 enquanto que Alicia Coutts, a campeã de hoje, ficou em quarto lugar com modestos 58:21.
A marca de Coutts hoje, 57:64, não é o seu melhor este ano. Em abril, no Campeonato Australiano ela nadou um pouco melhor, 57:60.
A brasileira Etiene Medeiros fez sua melhor marca pela manhã com 59:29 e na final melhorou novamente, agora 58:67. É a apenas a terceira vez que Etiene nada abaixo do um minuto e definitivamente esta prova está incluída no seu programa.
Parciais de Etiene: 27:39 e 31:28.
Quem não foi bem, novamente, foi Daynara de Paula. Ficou em 12o lugar com 59:66 depois de passar com 27:03 e voltar com 32:63. Nas eliminatórias, Daynara fez um pouco melhor 59:62. Um resultado bastante decepcionante já que a nadadora tinha nadado quatro vezes na casa dos 58 segundos este ano: 58:49 no Maria Lenk, 58:77 no Mundial Militar, 58:77 no Brasileiro Senior e 58:83 na eliminatória do Maria Lenk.

100 borboleta masculino –
Ele não gosta de perder, nem de não fazer boa marca. Já conhecemos Michael Phelps e a careta de “não gostei” foi clara ao tocar a placa em primeiro com 51:29, exatamente o tempo que Tom Shields fez para ganhar dele na seletiva americana.
Phelps passou em sexto nos primeiros 50 meetros com 24:62 mas voltou com 26:67 garantindo o tri campeonato do Pan Pacífico na prova.
Phelps agora tem o melhor tempo do mundo 51:17 e o segundo 51:29, neste empatado com Tom Shields e Chad Le Clos.
Ryan Lochte que nadava em busca de uma das vagas para o Mundial de Kazan, precisava nadar para 51:29 ou menos e tirar Tom Shields da prova. Fez 51:67 ficou em segundo. O japonês Hirofu Ikebata, o mais rápido nos primeiros 50 metros com 24:21 terminou em terceiro com 52:50.
Thiago Pereira ficou em quinto lugar com 52:71. Foi a décima vez que Thiago nadou na casa dos 52 segundos. Seus parciais foram de 24:57 e 28:14.
A melhor marca de Thiago é de 52:23 no Mundial do ano passado. Este ano, Thiago venceu o Maria Lenk com 52:37. Nicholas Santos ficou em oitavo com 53:22. Seus parciais foram 24:54 e 28:68. Melhor marca pessoal de Nicholas é 53:06 do Open no ano passado. Neste ano, seu melhor é 53:16 do Maria Lenk.

400 livre feminino –
Quarto recorde mundial de Katie Ledecky em 2014, o segundo na prova dos 400 livre. E a primeira mulher a nadar abaixo dos 3:59 hoje parecia que ia ser a primeira abaixo dos 3:58.
Venceu com 3:58:37 derrubando o seu recorde de 3:58:86 da seletiva americana. Ledecky esteve mais lenta em todos os parciais conseguindo fechar melhor hoje do que havia feito em Irvine há duas semanas com 59:63 nos últimos 100 metros.
Comparando os parciais de Ledecky:
Seletiva americana – 57:74, 1:57:72, 2:58:40, 3:58:86
Pan Pacs – 57:87, 1:58:30, 2:58:73, 3:58:37
A também jovem americana Cierra Runge de 18 anos chegou num distante segundo lugar com 4:04:55. Foi sua melhor marca pessoal e quinto tempo do mundo. Lauren Boyle completou o pódio com 4:05:33.

400 livre masculino –
Boa prova para Tae Hwan Park nadando a sua primeira e única prova no Pan Pacífico. Venceu com 3:43:15, melhor tempo do mundo em 2014 e chegando ao tri campeonato do PanPacs nesta prova. Ele havia vencido em Irvine nos Estados Unidos em 2010 com 3:44:73 e em Victoria no Canadá em 2006 com 3:45:72.
O recorde de campeonato desta prova é o mais antigo recorde masculino da competição. Ainda pertence a Ian Thorpe 3:41:83 desde 1999.
Kosuke Hagino do Japão chegou em segundo lugar com 3:44:56. Os dois asiáticos praticamente dobraram para pegar os dois primeiros lugares. Park passou com 1:51:46 e voltou com 1:51:69 enquanto Hagino fez 1:52:27 e 1:52:29.
O americano Connor Jaeger, campeão dos 1500 livre, ficou em terceiro com 3:45:31.
Um desempenho decepcionante para Ryan Cochrane do Canadá, que liderava o ranking mundial e agora tem o segundo tempo do mundo com 3:43:46 feitos na sua vitória do Commonwealth Games em julho. Cochrane ficou em quarto lugar com 3:45:99.
Leo de Deus nadou nas eliminatórias com expressivos 3:51:60. É sua terceira melhor marca na prova.

200 costas feminino –
Dobradinha australiana. Belinda Hocking e Emily Seebohm ganhando os dois primeiros postos com Elizabeth Beisel dos Estados Unidos em terceiro.
Hocking venceu com 2:07:49 depois de passar em quinto com 1:03:68. Ela detém os três melhores tempos do mundo em 2014. O seu melhor, 2:06:40 foi feito em janeiro num campeonato estadual na Austrália.
Seebohm chegou logo em seguida com 2:07:61 e agora ocupa o segundo posto do ranking mundial.
O tempo de Hocking também foi novo recorde de campeonato batendo a marca de Elizabeth Beisel de 2:07:83 feitos em 2010. Beisel chegou em terceiro com 2:08:33 ganhando a segunda vaga dos Estados Unidos para o Mundial de Kazan. Ela havia escorregado na saída desta prova na seletiva americana terminando em sexto lugar. Agora, vai nadar junto com Missy Franklin no Mundial do próximo ano. Franklin que chegou em quarto lugar com 2:08:82.

200 costas masculino –
Depois de vencer os 100 costas, Ryosuke Irie era o grande favorito para levar a “sua prova”, mas o final de Tyler Clary foi mortal. Vitória do americano atual campeão olímpico com 1:54:91 deixando Irie em segundo com 1:55:14. O australiano Michel Larkin chegou em terciero com 1:55:27.
Comparando os parciais dos três primeiros colocados:
Clary – 27:68, 56:94 (29:26), 1:26:21 (29:27), 1:54:91 (28:70)
Irie – 27:22, 56:18 (28:96), 1:25:73 (29:55), 1:55:14 (29:41)
Larkin – 27:12, 56:37 (29:25), 1:26:00 (29:63), 1:55:27 29:27)
Leo de Deus ficou em sexto lugar fazendo o seu quinto 1:57. nadou para 1:57:78 com os seguintes parciais:
27:61, 57:35 (29:74), 1:27:71 (30:36), 1:57:78 (30:07)
A melhor marca de Leo é 1:57:38 do Maria Lenk de 2012.
Kosuke Hagino não conseguiu render saindo dos 400 livre e acabou em oitavo lugar com 1:59:86.
Na final B, o brasileiro Fábio Santi ficou em 10o lugar com 2:00:17. Pela manhã, havia nadado para 2:00:58.
Seus parciais da final: 28:10, 58:44 (30:34), 1:29:38 (30:94) e 2:00:17 (30:79).

Revezamento 4×100 livre feminino –
Recorde de campeonato e segundo tempo do mundo para a Austrália. Desta vez alinhada diferente da equipe que bateu o recorde mundial no mês passado no Commonwealth Games. Entrou Brittany Elmslie e saiu Emma McKeon. Desta vez, Cate Campbell não fechou, abriu para 52:89. Depois Elmslie 53:72, Melanie Schlanger 52:97 e Bronte Campbell fechou com 52:88. Tempo final de 3:32:46. O recorde feito no Commonwealth foi de 3:30:98.
A equipe americana ficou em segundo com 3:34:23 com as quatro nadadoras na casa dos 53 segundos. O Japão completou o pódio com 3:39:06.
O Brasil ficou em quinto lugar com 3:42:20. O recorde sul-americano é 3:41:05 feitos no Mundial do ano passado. A equipe é praticamente a mesma, apenas saiu Larissa Oliveira entrando Etiene Medeiros.
Os parciais das brasileiras – Graciele Herrmann 55:33, Etiene Medeiros 55:01, Daynara de Paula 55:89 e Alessandra Marchioro 55:77.

Revezamento 4×100 livre masculino –
Uma prova muito boa e que marcou a volta do Brasil a elite do 4×100 livre mundial. A Austrália venceu com 3:12:80, Estados Unidos em segundo 3:13:36 e o Brasil em terceiro com 3:13:59.
Bastante equilibrada, as três equipes, inclusive o Brasil, se alternaram na liderança durante a disputa.
O melhor parcial de abertura foi de Michael Phelps para os Estados Unidos com 48:88. O melhor parcial intermediário veio com James Magnussen da Austrália com 47:68.
Confira os parciais dos três primeiros colocados:
Austrália – Tommaso D’Orsogna 49:29, James Magnussen 47:68, Matthew Abood 48:23, Cameron McEvoy 47:60
Estados Unidos – Michael Phelps 48:88, Nathan Adrian 47:71, Anthony Ervin 48:57, Ryan Lochte 28:20
Brasil – João de Lucca 49:05, Marcelo Chieirighini 47:91, Bruno Fratus 48:0, Nicolas Oliveira 48:63
Mesmo pelo resultado animador e a terceira medalha do Brasil na competição, precisa ser destacado que os resultados do Europeu ontem foram bem mais fortes com França em primeiro 3:11:64, Rússia em segundo 3:12:67 e a Itália em terceiro 3:12:78.

8 respostas
  1. Jorge Ramalho
    Jorge Ramalho says:

    Pega esse revezamento aí… Marcelo Chierighini 47:91, Bruno Fratus 48:0, aí soma Cielo que pode fazer uns 47:2 e Santana 47:7 (ele fez isso no mundial junior)… daria 3:10.81, melhor que todo mundo. Planeta Terra, tremei com o 4x100m livre brasileiro

  2. Jorge Ramalho
    Jorge Ramalho says:

    Revezamento Fratus, Chierighini, Santana e Cielo = campeão mundial em piscina curta em 2014 e campeão olímpico em 2016???

  3. Rogers
    Rogers says:

    Complementando,

    acho que o bom de tudo é saber que não temos apenas 04 bons nadadores e sim uma equipe..possibilitando utilizar “reservas” e poupando os nadadores com melhores tempos.
    Legal ver também que o Fratus nadou bem…e é mais uma alternativa para compor o revezamento além de Cielo, Matheus Santana, Chieriguini, João de Lucca, Nicolas Oliveira, Leonardo Alcover.

  4. Roberto
    Roberto says:

    Vamos pensar neste revezamento brasileiro com César Cielo e Matheus Santana. Dá para ficar arrepiado.

  5. ramon
    ramon says:

    Coach, so uma duvida.
    Atualmente nos seriamos o 5° com esse 3’13″59.
    Mas se trocar o 49″05 do delluca pelo 48″18 do cielo no m.lenk.
    E trocar o 48″68 do nilo pelo 47″77 do santana em nangim.o rev do brasil melhora 1″78 fica no total=3’11″81???
    Segundo melhor!!! Brigando com frança?

  6. Rogers
    Rogers says:

    Coach,

    Me parece que a parcial do Nicolas foi o que destoou no revezamento, uma vez que ele nadou para 48:69 na prova dos 100 livre e nadar para 48:63 já lançado não foi tão bom assim. Dava para beliscar essa prata.
    Considerando que Cielo e Matheus Santana devem entrar no revezamento dá para ter esperança em medalha no próximo mundial e em 2016. Abraço

  7. Broka
    Broka says:

    Temos que avaliar também que estávamos sem 2 dos melhores no 4×100: o Cielo e o Santana. Junto com Chieirighini e o Fratus, os 4 podem nadar nos 47 no rev. Seria fortíssimo!

  8. vaguinho
    vaguinho says:

    concordo e não sei se os revezamentos europeus estavam completos,mas com a entrado Cielo e do Matheus o tempo do Brasil pode melhorar de 2 segundos para mais se aproximando dos tempos europeus

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário