Dia das mulheres brilharem no Open

Dia de mais quatro índices, todos em provas olímpicas e três por mulheres. Uma volta e tanto para Joanna Maranhão que foi o grande nome do dia. Veja como foi o segundo dia de Open.

200 livre feminino –

Larissa Oliveira do Pinheiros venceu quebrando o recorde de campeonato tanto nas eliminatórias como na final e nadou pela primeira vez abaixo da barreira dos 2 minutos. Sua vitória de 1:59.73 lhe deixou a 21 centésimos do recorde sul-americano de Manuella Lyrio. Esta, mesmo se recuperando de uma catapora contraída durante o Mundial de Doha, ficou na segunda posição com 1:59.99. O pódio foi completado com Jessica Cavalheiro do SESI-SP com 2:00.14
Agora, o ranking da América do Sul aponta quatro nadadoras abaixo dos 2 minutos nos 200 livre:
1o 1:59.52 Manuella Lyrio do Minas no Mundial de 2013 (nadou pela segunda vez hoje 1:59.99)
2o 1:59.73 Larissa Oliveira do Pinheiros no Open 2014
3o 1:59.78 Monique Ferreira do Pinheiros no Maria Lenk 2009 (nadou apenas esta vez abaixo dos 2 minutos)
4o 1:59.89 Andreina Pinto da Venezuela nos Jogos Odesur 2014 (nadou apenas esta vez abaixo dos 2 minutos)
Parciais de Larissa que liderou a prova de ponta a ponta: 28.30, 58.41, 1:29.51 e 1:59.73.

200 livre masculino –

João de Lucca do Pinheiros nadou para ganhar, e foi o que fez, apenas isso. Foi o único abaixo dos 1:49 marcando 1:48.84. Seus parciasis 25.38, 53.29, 1”21.50 e 1:48.84.
Sempre acompanhado de perto, Luiz Altamir Melo do Flamengo, levou a prata com sua melhor marca pessoal de 1:49.16. O bronze sobrou para João Veras Amorim do Corinthians com 1:50.16.
João de Lucca vai terminar o ano com o segundo tempo do ranking nacional. Sua melhor marca foi o 1:47.98 feito no Pan Pacífico. A melhor marca do ano foi de Nicolas Oliveira e seus 1:46.98 também no Pan Pacífico. O tempo é a melhor marca da era pós-trajes. Nicolas, lesionado, ficou de fora deste Open.
Nas eliminatórias, Thiago Pereira nadou a prova em observação e marcou 1:48.35, o que lhe daria o título da prova na final.

200 costas feminino –
Vitória com gosto de despedida. Thalandra Cavalcanti Borges do Corinthians venceu o seu primeiro título absoluto no seu último 200 costas. A nadadora reagiu emocionada aos gritos de “fica, fica” da galera do Corinthians após vencer a prova com 2:17.60 de ponta a ponta. Antes, Thalandra já havia sido campeã brasileira senior, mas Maria Lenk, Finkel e Open, este foi o primeiro título.
O tempo não é seu melhor, foi 2:16.22 no ano passado, mas foi o melhor deste ano superando os 2:18.36 feitos no Maria Lenk.
Seus parciais da vitória de ponta a ponta: 32.35, 1:07.45, 1:42.39, 2:17.60.
Marina Nascimento do Unisanta chegou em segundo lugar com 2:18.18 e Isabela Vicente Silva do Corinthians completou o pódio com 2:21.15.

200 costas masculino –
A expectativa era de que Leonardo de Deus chegasse a seu primeiro índice. Ele até nadava em ritmo muito forte no início, mas caiu no final, e principalmente perdeu a sua técnica. Venceu com 1:58.53, não muito distante do índice de 1:58.22 mas fora do objetivo que era nadar para recorde sul-americano de 1:57.19. O melhor de Leo é 1:57.38 do Maria Lenk de 2012. Este ano, ele nadou para 1:57.78 no Pan Pacífico. Aliás, abaixo de 1:58, Leo de Deus já nadou cinco vezes.
Seus parciais foram: 27.76, 57.46, 1:27.74 e 1:58.53.
Fábio Santi do Pinheiros chegou num distante segundo lugar com 2:01.34 e Nathan Bighetti do Minas melhorou o seu índice para o Mundial de Singapura com 2:02.30.

100 borboleta feminino –

Daiene Dias do Botafogo pela pela manhã, Daynara de Paula do SESI-sp pela tarde. Já temos uma prova com duas nadadoras classificadas para o Mundial de Kazan. Pela manhã, Daiene nadou par 58.49, seu primeiro sub 59 na carreira. Ela que não baixava sua marca desde 2009 com 59.25. Nadou sete vezes para 59 até sair o 58 pela manhã. Na final, foi a vez de Daynara de Paula. Venceu com 58.36, um centésimo acima do seu melhor sem trajes feitos no Open do ano passado em Porto Alegre. O melhor de Daynara permanece 57.68 do Maria Lenk de 2009.
Daynara já saiu na frente, passou com 27.43 contra 27.69 de Bruna Rocha do Corinthians e 27.99 de Daiene. Na volta, Daynara campeã 58.36, Daiene em segundo 59.33 e Dandara Antonio em terceiro com 59.86.

100 borboleta masculino –

Thiago Pereira do SESI-SP foi o melhor nas eliminatórias com 52.59, mas passou em quinto lugar com 25.02, um tanto distante de Nicholas Santos do Unisanta que liderava o primeiro parcial com 24.06. No entanto, a volta que Thiago não teve no costas de ontem, apareceu no borboleta de hoje. Voltou com 27.25 e venceu com 52.27, quatro centésimos acima do seu melhor pessoal feito no Mundial do ano passado em Barcelona. Thiago foi o único abaixo do índice de 52.36, mas tivemos mais dois nadadores na casa dos 52 segundos, e ambos nadando pela primeira vez nesta casa.
Nicholas Santos e Lucas Salatta, ambos do Unisanta, companheiros de treino, chegaram juntos nadando nas raias 1 e 2 com 52.85. Nicholas tinha 53.06 do Open do ano passado e Salatta tinha 53.49.

400 medley feminino –

Inacreditável, mas é verdade. Joanna Maranhão está de volta, e melhor do que nunca. Venceu com 4:41.00 depois de ter feito 4:41.99 nas eliminatórias. Bateu o recorde de campeonato duas vezes e ficou a um segundo do mais antigo recorde da natação brasileira, o histórico 4:40.00 dos Jogos de Atenas em 2004.
Joanna nem acreditava, mas chegou próximo, muito próximo de conseguir isso. Aposentada em abril, Joanna se afastou por seis meses, voltou em outubro nos Jogos Universitários Brasileiros com 4:44.59 e agora duas vezes na casa dos 4:41.
Simplesmente são 23 vezes nadando para abaixo de 4:45 nesta prova. Este 4:41.00 é oitavo melhor tempo da carreira de Joanna. O índice para Kazan era 4:43.46 coisa que Joanna já nadou 12 vezes.
Comparando os parciais de Joanna:
Eliminatórias de hoje – 1:03.09, 2:13.61, 3:37.85, 4:41.99
Final – 1:03.54, 2:13.79, 3:36.95, 4:41.00
Recorde sul-americano em 2004 – 1:04.45, 2:15.96, 3:37.66, 4:40.00
Gabriele Roncatto do Pinheiros ficou em segundo luga rcom 4:51.40 e Nathália Almeida do Flamengo compoletou o pódio com 4:52.97.

400 medley masculino –

Brandonn Pierry de Almeida do Corinthians e seu treinador Carlos Henrique Matheus optaram por não nadar os 1500 livre ontem na abertura do Open. O objetivo era focar nos 400 medley, escolhido pela dupla como a prova alvo para o futuro e principalmente os Jogos Olímpicos do Rio 2016.
A estratégia deu certo. Brandonn nadou pela primeira vez abaixo dos 4:20, venceu a prova com 4:17.48 ficando a menos de um segundo do índice para o Mundial de Kazan. Índice para o Mundial Júnior de Singapura, ele já tinha feito no Julio de Lamare com 4:20.76. Agora, baixando ainda mais, estes 4:17.48 lhe dariam a medalha de bronze no último Mundial Júnior em 2013 no Dubai.
Brandonn saiu em quinto nos 100 borboleta com 59.67, na frente, bem na frente, estava Thiago Simon, que já a partir do parcial de costas ficou para trás. Brandonn assumiu a liderança com um forte parcial de costas, segurou a vantagem no peito e fechou forte no crawl.
Seus parciais: 59.67, 2:02.39, 3:18.71 e 4:17.48.
Thiago Simon chegou em segundo com 4:21.41, mas foi desclassificado ao passar dos 15 metros no borboleta na saída. A prata ficou para Lucas Silva do Pinheiros com 4:27.04 e bronze para Icaro Pereira com 4:27.27.
Na análise da desclassificação de Thiago Simon, foi necessário assistir várias vezes a prova para o SporTV identificar que ela foi correta. Pelas imagens olhando apenas as linhas vermelhas que indicam os 15 metros mostrava um claro erro de arbitragem, entretanto, numa análise da câmera mais precisa e em melhor ângulo mostrou que o cone na altura dos 15 metros mostrou a correta decisão da arbitragem.

Classificação parcial ao final da segunda etapa:
1o Fiat Minas 164,5 pontos
2o Pinheiros 163 pontos
3o SESI-SP 118 pontos
4o Corinthians 77,5 pontos
5o Unisanta 44 pontos
6o Nikita SESI-PE 29 pontos
7o Fluminense 26 pontos
8o Flamengo 25 pontos
9o Botafogo 20 pontos
10o União 13 pontos