Leo de Deus voltou a ser o grande nome do Maria Lenk no seu penúltimo dia de competição com mais índices para o Mundial Júnior de Singapura, mas sem novos nomes para o Mundial de Kazan. Veja como foi a etapa prova a prova.

200 medley feminino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
Joanna Maranhão do Pinheiros não escondeu o sorriso e a satisfação ao ter feito o seu melhor 200 medley da era pós-trajes. Foi bem diferente da reação de ontem nos 200 borboleta, e numa análise técnica, foi a sua melhor prova nesteMaria Lenk.
Joanna nadou para 2:12.78 superando os 2:13.40 feitos no Open do ano passado que era sua melhor marca sem trajes. Seus parciais: 29.51, 1:02.13 (32.62), 1:42.11. (39.98), 2:12.78 (30.67).
A argentina Virginia Bardach do Minas chegou num distante segundo lugar com 2:16.58 e Gabriele Roncatto do Pinheiros em terceiro com 2:17.85. Mais uma vez a jovem nadadora de 16 anos de Pinheiros nadou abaixo do índice do Mundial Júnior que é 2:17.98. Seu melhor segue os 2:17.05 feitos no Open no ano passado. Gabriele Roncatto é a terceira melhor nadadora de 200 medley da história do Brsil. Atrás de Joanna e de outra Gabriele, a americana/brasileira que nadou pelo Brasil em 1995 com 2:16.47.

História da prova no Maria Lenk:
Desde que venceu os 200 medley pela primeira vez no Troféu Brasil de 2003 com 2:20.27, Joanna já conquistou oito vezes o título desta prova. Ela ainda tem três medalhas de prata e um bronze. A única vez que Joanna nadou a prova e ficou de fora do pódio foi em 2011 terminando em quarto lugar atrás de quatro gringas: Kirsty Coventry do Zimbabwe nadando pelo Minas, Mireia Belmonte da Espanha nadando pelo Flamengo e Duane da Rocha, outra espanhola nadando pelo Pinheiros.

200 medley masculino –

Troféu Maria Lenk, Natação
A semana que antecedeu o Maria Lenk foi bem complicada para Henrique Rodrigues. Vômito, diarréia, dores de cabeça, tudo por conta de uma indisposição estomacal. Ele chegou a ser poupado no revezamento 4×100 livre do dia anterior para estar numa melhor condição para a sua prova.
E deu certo. Henrique venceu de ponta a ponta com 1:59.28 com parciais de 25.83, 55.11 (29.28), 1:30.18 (35.07) e 1:59.28 (29.10).
Ele já tinha o índice para o Mundial feitos no Open no final do ano com 1:59.89 e nadado melhor na disputa do Meeting de Marseille em março com 1:59.09. Vai para Kazan junto de Thiago Pereira que desta vez optou ficar de fora da prova e se garantiu com os 1:57.23 feitos no Open.
Thiago Simon do Corinthians ficou em segundo lugar com 2:00.60 e Gabriel Ogawa do Pinheiros fez o melhor final de prova (27.22), para levar o bronze da prova.
Nas eliminatórias, o jovem Caio Rodrigues Pumputis se tornou no mais jovem integrante da equipe masculina para o Mundial de Singapura ao marcar 2:04.05 nos 200 medley. Caio é nadador do Pinheiros e ainda está na categoria juvenil. Detalhe que havia feito uma prova muito boa na semana passada no Multinations em Portugal quando venceu e bateu o recorde da prova. Na próxima semana, Caio Pumputis estará com a Seleção Brasileira no Sul-Americano de Lima no Perú, e na sua programação só fará polimento completo mesmo para o Brasileiro Juvenil de Inverno.

História da prova no Maria Lenk:
Foi o quarto título de Henrique Rodrigues nos 200 medley no Maria Lenk. Ele venceu nos anos de 2009, 2010 , 2013 e 2015.
Sua primeira aparição no pódio foi exatamente no título de 2009 com 1:59.47. No total, são seis medalhas, quatro ouros e duas pratas. Ele só não nadou no ano passado quando fez uma cirurgia no ombro.
O pódio do Maria Lenk deste ano foi quase igual ao do ano passado. A diferença é que saiu Thiago Pereira e entrou Henrique Rodrigues. Thiago Simon havia sido prata com 2:00.37, agora prata com 2:00.60. Gabriel Ogawa foi o bronze com 2:02.50, agora novamente terceiro com 2:02.06.

50 borboleta feminino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
Um dos índices mais fortes para Kazan, não foi nem ameaçado. Bruna Rocha do Corinthians foi a mais rápida nas eliminatórias com 26.80, mas saiu um pouco atrasada. Vantagem para Daynara de Paula do SESI-SP que liderou de ponta a ponta para vencer com 26.51. O índice é 25.78, abaixo até do recorde sul-americano da própria Daynara de 25.85 desde 2009.
Prata para Daiene Marçal Dias do Minas com 26.73 e Bruna Rocha completou o pódio com 26.98.

História da prova no Maria Lenk:
Segundo título de Daynara de Paula. O primeiro foi em 2011 com 26.55. Nestes três últimos anos só dava estrangeiras vencendo. Jeanette Ottesen em 2014 e 2012 e a holandesa Inge Dekker em 2013.
Foi a primeira vez que Daiene Dias foi medalha nos 50 borboleta do Maria Lenk e Bruna Rocha já havia sido bronze 2013.
Primeira vez que tivemos três brasileiras no pódio e todas nadando abaixo dos 27 segundos.

50 borboleta masculino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
A saída de Bruno Fratus nos 50 livre não era esperada, mas a de Nicholas Santos nos 50 borboleta era. E aconteceu de cara colocando quase meio corpo de vantagem sobre César Cielo em vantagem que ele não conseguiu tirar nadando. Nicholas venceu fazendo o primeiro sub 23 do ano com 22.90, melhor tempo do mundo em 2015.
Cielo veio logo atrás, segundo colocado com 23.11, segundo tempo do mundo. O pódio ainda foi completado por Henrique Martins com 23.38, outra marca de destaque no ranking mundial da temporada.

História da prova no Maria Lenk:
A prova dos 50 borboleta entrou no programa do Troféu Brasil em 1999. Desde então, César Cielo e Nicholas Santos tem sido presença constante no pódio. Um dos dois só não esteve entre os três primeiros colocados nos anos de 1999, 2001, 2002, 2004 e 2005.
A dupla Cielo & Nicholas acumula 19 medalhas nos 50 borboleta, e por nove vezes fizeram primeiro e segundo lugar na competição. Nicholas venceu, foi seu terceiro título contra seis de Cielo.

400 livre feminino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
Manuella Lyrio do Pinheiros venceu e chegou bem próximo do seu recorde brasileiro, mas pela sua estratégia a marca poderia ser melhor. Venceu com 4:12.63, primeira medalha do Pinheiros em provas de fundo desde 2009, não só em Maria Lenk, mas aí também inclusos os resultados de Finkel e Open.
Seus parciais indicam que poderia ter forçado um pouco mais e derrubado o seu próprio recorde brasileiro de 4:12.14 do Sul-Americano de 2012.
Parciais: 29.54, 1:01.31 (31.77), 2:05.84 (1:04.53), 3:10.01 (1:04.17) e 4:12.53 (1:02.52).
Carolina Bilich do Minas, que era a atual bi campeã da prova, ficou em segundo com 4:14.07 e Poliana Okimoto do Unisanta em terceiro com 4:14.85.
Se não saiu índice para Kazan ((4:09.08), tivemos duas nadadoras fazendo os índices para o Mundial Júnior de Singapura. Pela manhã, nas eliminatórias Rafaela Raurich do Curitibano fez 4:19.86 e na final B, Maria Paula Heitmann do Minas marcou 4:20.02, as duas abaixo dos 4:20.18 exigidos pela CBDA.

História da prova no Maria Lenk:
Foi a primeira vez que Manuella Lyrio se sagrou campeã do Maria Lenk nos 400 livre. No ano passado, ela foi prata com 4:16.53, sendo apenas estas duas medalhas para a nadadora na competição.
Carol Bilich, a vice campeã de 2015, era a atual bi campeã 4:13.93 em 2014 e 4:14.99 em 2013.
E Poliana Okimoto, bronze este ano, chegou a sua sétima medalha nos 400 livre no Maria Lenk. São duas de ouro, duas de prata e três de bronze. Sua estréia no pódio da competição foi na prata de 1997 com 4:31.58.

400 livre masculino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
Cada vez mais abençoado, Leonardo de Deus quebrou o mais antigo recorde da natação sul-americana se tornando no primeiro a nadar abaixo dos 3:50 nos 400 livre.
Na véspera da competição, o técnico Carlos Henrique Matheus já havia alertado que o recorde sul-americano iria cair. Não deu outra. Na entrevista na saída da prova, foi o primeiro agradecimento de Leo, ao seu técnico.
3:49.62 para apagar de vez o histórico 3:50.01 de Ricardo Monastério em 2003 feitos nos Jogos Pan Americanos de Santo Domingo.
Leo saiu forte, já na saída abusando do nado submerso em parciais incríveis virando os primeiros 50 metros para 26.36.
Recordista brasileiro da prova desde o ano passado, Leo vem fazendo boas provas de 400 livre desde o final de 2013 no Open. O recorde sul-americano era apenas questão de detalhe.
Seus parciais:
26.36, 54.84 (28.48), 1:52.13 (57.29), 2:50.38 (58.25) e 3:49.62 (59.34).
A diferença de Leo para o resto talvez tenha afetado os nadadores adversários que acabaram ficando longe da marca para Kazan de 3:50.44.
Lucas Kanieski do Minas ficou em segundo lugar com 3:52.50 e Miguel Leite Valente seu companheiro de clube em terceiro com 3:53.97.
Thiago Pereira nadava em busca de mais uma prova para o seu desafio no Pan. Bobeou nas eliminatórias e com 4:00.49 ficou de fora da final. Luis Rogério Arapiraca foi o oitavo pela manhã com 3:58.50. Na final B, Thiago nadou quase o tempo todo na frente, mas acabou chegando em segundo lugar com 3:57.49, um tanto distante da marca que buscava e até mesmo do seu melhor de 3:53.02 feitos na conquista do título do Maria Lenk de 2008.
Fora Brandonn Almeida que fez no ano passado, nenhum nadador chegou no índice para o Mundial Júnior de Singapura de 3:55.42. Quem chegou mais perto foi Guilherme Costa do Unisanta com 3:56.41 chegando na quarta colocação.

História da prova no Maria Lenk:
Segundo título de Leo de Deus no Maria Lenk. No ano passado, 3:50.90, este ano 3:49.62. Nunca na história, nem nadadores estrangeiros, haviam nadado abaixo dos 3:50 nos 400 livre na América do Sul.
Bi campeão dos 400 livre no Maria Lenk não há muito tempo. O último que conseguiu repetir consecutivamente o título na prova foi Luiz Lima que acumulou vitórias de 1996 a 2000, pentacampeão.

50 costas feminino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
Melhor tempo do mundo para Etiene Medeiros com 27.38, um centésimo acima do seu recorde sul-americano que foi o melhor tempo do mundo no ano passado. Nadando de forma perfeita, no meio da raia e com uma chegada forte, Etiene bateu os 27.47 feitos por Emily Seebohm na semana passada no Campeonato Australiano que era o tempo líder do mundo em 2015.

A argentina Andrea Berrino do Unisanta com 29.39 ficou em segundo lugar e Natália de Luccas do Corinthians completou o pódio com 29.50.

História da prova no Maria Lenk:
Tri campeã, Etiene Medeiros venceu pela terceira vez em 2013 com 27.88, repetiu no ano passado com 28.41 e agora 27.38.
Fabíola Molina é a maior vencedora desta prova, 12 títulos, sendo sete consecutivos de 2006 a 2012.

50 costas masculino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
Guilherme Guido saiu bem e parecia forte para vencer a prova, mas foi para junto da raia atrapalhando a sua técnica. Bom para Daniel Orzechowski que vem de uma temporada complicada com a cirurgia e voltou a vencer os 50 costas pela quarta vez no Maria Lenk. Marcou 25.19, tempo bem distante do seu melhor 24.44, recorde sul-americano, mas o suficiente para levar o título e mostrar a sua recuperação.
Prata para o gaúcho Gustavo Louzada do União que com 25.49 chegou a sua primeira medalha em campeonatos nacionais absolutos. Guido e sua eterna briga com a raia acabou em terceiro com 25.97.
Este problema não acontece nas suas provas de 100 metros, nos 50, Guido força mais e acaba saindo da posição, sempre indo para o lado direito prejudicando a sua performance.

História da prova no Maria Lenk:
Nos últimos nove anos só deu a dupla Orzechowski & Guido. São nove anos, cinco vitórias de Guido, agora quatro de Orzechowski.
Guido venceu em 2007 com 26.03, repetiu 2008 com 25.04, 2009 com 24.71 e 2010 com 25.00. Aí veio o tri de Orzechowski em 2011 com 25.65, 2012 com 24.44 e 2013 com 24.70. Guido no ano passado 25.41 e agora Orzechowski 25.19.
O último campeão que não tenha sido Orzechowski ou Guido foi Arthur Rocha em 2006 com 26.76.

Pontuação parcial faltando um dia:
1o Minas Tênis Clube 1.759 pontos
2o Pinheiros 1.670 pontos
3o Corinthians 1.422 pontos
4o Unisanta 956 pontos
5o SESI-SP 777 pontos
6o Grêmio Náutico União 603 pontos
7o Fluminense 301 pontos
8o Clube Curitibano 182 pontos
9o Flamengo 97 pontos
10o Marina Barra 47 pontos

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