Um dos mais disputados e acirrados Troféus Maria Lenk de todos os tempos. Decidido literalmente na última prova, Pinheiros é campeão de 2015. Confira a última etapa na análise prova a prova:

100 livre feminino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
Larissa Martins do Pinheiros ganhou a sua segunda prova no Maria Lenk, mas não gostou nem um pouco da sua performance. Para quem havia batido o recorde sul-americano dos 200 livre no primeiro dia do Troféu com 1:58.53, fechar a competição com 55.11 nos 100 livre não lhe agradou. Atual recordista sul-americana da prova com 54.61 feitos no Open em dezebro, Larissa foi vice nesta prova no ano passado com 55.13.
Na prova, passou com 26.40 e voltou com 28.71. Na sua frente na virada, apenas Alessandra Marchioro com 26.39. Larissa em primeiro, Daynara de Paula do SESI-SP em segundo com 55.34. Para Daynara foi motivo de comemorar ao ganhar uma vaga no revezamento 4×100 livre do Brasil tirando Daiene Becker que havia feito 55.35 em dezembro. O bronze da prova ficou para Manuella Lyrio do Pinheiros com 55.55.
Com o resultado, ficou definido o revezamento do Brasil com Larissa Oliveira (54.68 no Open), Graciele Herrmann (54.76 no Open), Etiene Medeiros (54.99 abrindo o revezamento do SESI-SP no Maria Lenk) e Daynara de Paula (55.34 no Maria Lenk).
Também ficou definido o revezamento 4×100 livre do Brasil para o Mundial Júnior com Gabriele Roncatto (56.00), Sara Marques (56.44), Maria Paula Heitmann (56.65) e Rafaela Raurich (57.00).

História da prova no Maria Lenk:
Primeira vitória de Larissa Oliveira nesta prova no Maria Lenk. Ela já havia sido prata no ano passado. Não tínhamos uma vitória brasileira na prova desde 2010 com Tatiana Lemos nadadora do Pinheiros e vencendo com 55.91. Desde então, a americana Jessica Hardy pelo Flamengo levou em 2011, a dinamarquesa Jeanette Ottesen pelo Corinthians venceu em 2012 e 2014 e a holandesa Femke Heemskerk nadando pelo Minas venceu em 2013.
Este ano não tivemos nenhuma nadadora na casa dos 54 segundos no pódio. Isso também não acontecia desde 2010.
Os 100 livre feminino é uma prova bem difícil de repetir o campeão do ano anterior. A última vez que aconteceu foi com Flávia Delaroli do Pinheiros, campeã em 2002 e 2003.

100 livre masculino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
Se esperava mais, muito mais. O Brasil caminha e trabalha para montar uma boa equipe para o revezamento 4×100 livre masculino rumo ao Rio 2016. Se pela manhã, o horário acabou sendo uma boa desculpa para os resultados não satisfatórias, pela tarde, sem desculpas, os resultados foram fracos.
Conseguimos apenas dois nadadores na casa dos 48 segundos, e Matheus Santana do Unisanta se sagrou campeão pela primeira vez do Maria Lenk fechando num final incrível com 48.78, décimo tempo do mundo na temporada.
Alan Vitória do Minas com 23.16 foi o mais rápido nos primeiros 50 metros depois de uma saída muito boa de César Cielo que liderava num primeiro momento. A saída de Cielo foi tão boa a ponto de se dizer que se tivesse acontecido nos 50 livre e 50 borboleta, provas que perdeu respectivamente para Bruno Fratus e Nicholas Santos, os resultados poderiam ser outros.
Cielo virou em terceiro com 23.54, Henrique Martins outro nadador do Minas foi o segundo com 23.51. Matheus Santana virou em sexto lugar com 23.78, mas teve a melhor volta com 25.00 para vencer com 48.78. Cielo esteve na liderança até a chegada tocando em segundo com 48.97 e volta de 25.43. João de Lucca do Pinheiros foi o terceiro colocado com 49.17.
A prova definiu o revezamento do Brasil para o Pan e Mundial de Kazan com Bruno Fratus (48.57 feitos no Open), César Cielo (48.58 feitos no Open), Matheus Santana (48.78 no Maria Lenk) e Marcelo Chierighini (49.06). Como César Cielo não vai ao Pan, João de Lucca, o quinto no ranking dos 100 livre com 49.07 e já estando no time para o 4×200 livre, entra para a equipe.
Também ficou quase definida a equipe brasileira do 4×100 livre para o Mundial Júnior de Singapura: Pedro Henrique Silva Spajari (49.87 no Maria Lenk), Felipe Ribeiro de Souza (49.94 no Maria Lenk), Victor Rocha Furtado (51.22 no Julio de Lamare). Até aí tudo certo, o problema agora vai ser escolher quem é o quarto nadador. Isto porque tivemos um empate entre André Lima do Minas e Victor Martins Santos do Pinheiros ambos com 51.35. André nadou para 51.35 no Julio de Lamare e Victor fez ontem nas eliminatórias dos 100 livre. Provavelmente, o desempate deve acontecer no Brasileiro Júnior de Inverno.

História da prova no Maria Lenk:
Há dois anos consecutivos o Top 3 do Maria Lenk tinha todo mundo nadando para 48 segundos. Este ano, apenas os dois primeiros colocados.
A primeira vez que alguém nadou para 48 no Maria Lenk foi com César Cielo em 2006, na época nadando pelo Pinheiros vencendo com 48.82.
O pódio deste ano foi o mesmo do ano passado, apenas com mudança de posições. No ano passado, Cielo venceucom 48.13, Matheus em segundo 48.61 e João de Lucca em terceiro com 48.67.
A última vez que Cielo havia perdido a prova no Maria Lenk foi em 2011 quando Bruno Fratus venceu com 48.72 contra 49.03 de Cielo.
O Unisanta não vencia os 100 livre masculino no Maria Lenk desde 2004. Na época, o argentino José Meolans venceu com 50.00 deixando Jáder Souza em segundo com 50.38 e outro nadador do Unisanta, Marco Antonio Sapucaia em terceiro com 50.39.

50 peito feminino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
Já sabendo que está no time do Pan e Mundial como integrante do revezamento 4×100 medley do Brasil, Jhennifer Alves do Flamengo venceu a sua primeira prova de Maria Lenk nos 50 peito, a prova que lhe colocou no mapa no ano passado ao vencer o Open em dezembro.
Jhennifer havia classificado com o terceiro tempo 32.03, dois décimos acima do seu melhor feitos no ano passado. Na final, mesmo saindo atrás foi recuperar e tocou na frente marcando 31.61, sua melhor marca pessoal deixando Ana Carla Carvalho do Pinheiros em segundo com 31.92 e a argentina Julia Sebastian do Unisanta em terceiro com 31.99.

História da prova no Maria Lenk:
A argentina Julia Sebastian do Unisanta buscava algo que somente nadadoras estrangeiras conseguiram até hoje nesta prova. Desde que os 50 peito feminino entrou no programa do Troféu Brasil/Maria Lenk em 1999 em apenas duas oportunidades uma mesma nadadora conseguiu sair vencedora dos 50, 100 e 200 peito na mesma edição da competição.
Isso só foi possível com a húngara Krisztina Kovacs nadando pelo Flamengo em 1999 e com a francesa Anne Sophie Pantheon nadando pelo Pinheiros em 2005.

50 peito masculino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
De ponta a ponta, Felipe França do Corinthians não teve dificuldades para vencer a prova com 27.07, segundo melhor tempo do mundo em 2015 e estabelecer o melhor índice técnico da competição. Com saída e filipina perfeitas, Felipe tomou a frente para vencer com facilidade.
Felipe Lima do Minas chegou em segundo lugar com 27.39, tendo feito melhor nas eliminatórias com 27.31. O bronze sobrou para Raphael Rodrigues do Unisanta com 27.69.
O índice para o Mundial de Kazan é 27.10 e Felipe França já havia feito no Open no final do ano. Como Felipe Lima já está na equipe pelos 100 peito, deve nadar a prova no Mundial.

História da prova no Maria Lenk:
Foi a sétima vez que Felipe França vence esta prova no Maria Lenk. É o maior vencedor desde que os 50 peito foi incluído no programa em 1999. Ele estreou no pódio em 2008 já vencendo. Depois vieram vitórias consecutivas nos anos de 2009, 2010, 2011, 2012, um bronze em 2013 e as vitórias no ano passado e este ano.
Felipe Lima, vice campeão deste ano, já foi bi campeão da prova nos anos de 2006 e 2007.

200 costas feminino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
Uma prova estratégica para Joanna Maranhão que venceu com facilidade ameaçando o recorde sul-americano e fazendo a sua melhor marca pessoal. Natália de Luccas do Corinthians, atual recordista sul-americana da prova (2:12.09), saiu muito forte, virou os primeiros 50 metros com 30.82. Depois foi a argentina Andrea Berrino do Unisanta que tomou a ponta e liderou a maior parte da prova. Joanna Maranhão do Pinheiros só foi tomar a liderança a partir da última virada vencendo com 2:12.47 com parciais de 32.11, 1:05.68, 1:39.30 e 2:12.47. O melhor de Joanna era 2:13.42 em 2013.
Joanna campeã, Andrea Berrino em segundo com 2:15.79 e Natália de Luccas em terceiro com 2:17.26.

História da prova no Maria Lenk:
Terceira vitória de Joanna Maranhão nos 200 costas do Maria Lenk. As anteriores foram em 2008 e 2013.
Natália de Luccas que é recordista sul-americana da prova desde 2013, foi bronze no ano passado com 2:17.86 e agora com 2:17.26.
O Pinheiros não ganhava a prova dos 200 costas no Maria Lenk desde 2012 quando a francesa Laure Manaudou junto com seu então marido Fred Bousquet representaram o clube. Manaudou venceu a prova com 2:11.77.

200 costas masculino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
Para fechar com chave de ouro para o nadador mais eficiente da competição, Leo de Deus venceu sua terceira prova. Os 1:58.89 não agradaram a Leo que estava atrás do índice para o Mundial de 1:58.22. Seu melhor é 1:57.38, segunda melhor marca do Brasil feita no Maria Lenk de 2012, na época recorde brasileiro.
Seus parciais 28.32, 58.38 (30.06), 1:28.70 (30.32) e 1:58.89 (30.19).
Fábio Santi do Pinheiros chegou em segundo lugar com 2:01.27 e Nathan Bighetti do Minas em terceiro com 2:01.43.
Fernando Ernesto Santos do Corinthians, nadando na raia 1, chegou a liderar a prova até os 150 metros em estratégia suicida. Passou com 27.39, depois 57.24 (29.85), 1:28.45 (31.21) mas fechou com 34.40 terminando em sexto lugar com 2:02.85.

História da prova no Maria Lenk:
Leo de Deus é tetra campeão do Maria Lenk. Não perde a prova desde 2012. Antes havia sido prata em 2011 perdendo para Thiago Pereira e em 2010 para Markus Rogan.
Não tínhamos um tetra campeão dos 200 costas desde a era Rogério Romero nadando pelo Minas na década de 90.
Apenas Leo de Deus abaixo dos dois minutos. Na história da prova no Maria Lenk, apenas duas vezes tivemos o pódio todo abaixo da barreira, em 2012 e 2011.

Revezamento 4×100 medley feminino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
O SESI-SP era o favorito e não decepcionou. Liderou de ponta a ponta com Etiene Medeiros abrindo para 1:01.07, depois Andressa Sango com 1:10.68, Daynara de Paula 59.02 e Jessica Cavalheiro com 56.11.
O Pinheiros foi um sólido segundo lugar com Joanna Maranhão 1:02.33, Ana Carla Carvalho 1:10.36, Manuella Lyrio 1:01.22 e Larissa Oliveira fechando com 54.45.
O Minas abriu em sexto no costas com Tatiana Adorno 1:05.58, depois Renata Sander 1:09.66, Daiene Dias 59.02 e Daiane Becker fechando com 55.67.

Revezamento 4×100 medley masculino –

Trofeu Maria Lenk, Natacao
Com o resultado do 4×100 medley feminino, a vantagem de 15 pontos pró Pinheiros só poderia ser quebrada pelo Minas caso a equipe batesse um forte recorde de campeonato, uma desclassificação do Pinheiros ou se o Minas vencesse a prova e algum clube entrasse na frente da equipe paulista.
Nenhuma das três aconteceu, e o Pinheiros foi campeão. Guilherme Guido até abriu na frente para o Pinheiros com 54.16, mas foi só. Thiago Pereira fez 54.81 para o Minas. Felipe Lima com 59.98 já colocou a equipe na frente contra 1:00.66 de Pedro Cardona. Henrique Martins abriu ainda mais com 52.32 contra 52.50 de Guilherme Rosolen. César Cielo fechou 48.09 e João de Lucca completou com 47.85 para o Pinheiros.
Vitória do Minas 3:35.20, Pinheiros em segundo 3:35.47 e o Corinthians num distante 3:38.68.

Trofeu Maria Lenk, Natacao

Classificação final da competição:
1o Pinheiros 2.138,5 pontos
2o Minas Tênis Clube 2.133 pontos
3o Corinthians 1.732 pontos
4o Unisanta 1.215,5 pontos
5o SESI-SP 954,5 pontos
6o Grêmio Náutico União 715 pontos
7o Fluminense 301 pontos
8o Clube Curitibano 226 pontos
9o Flamengo 135 pontos
10o Marina Barra Clube 59 pontos

Classificação feminino:
1o Pinheiros 1.050 pontos
2o Minas 903 pontos
3o SESI-SP 803,5 pontos

Classificação masculina:
1o Minas 1.230 pontos
2o Corinthians 1.153 pontos
3o Pinheiros 1.088,5 pontos

8 respostas
  1. gabriel
    gabriel says:

    Não irá me surpreender se o cielo quiser se poupar e nem nade o 4×100 livre em Kazan, assim como fez em doha

  2. ROGERS
    ROGERS says:

    Concordo com o Coach. Estamos apenas em abril, até o mundial dá para melhorar o tempo de todos os que fazem parte do revezamento. Interessante observar que poderemos utilizar o João de Lucca e Nicholas Oliveira para nadar a eliminatória, já que estarão no mundial para a disputa do 4 x 200, e são bons tempos.
    Coach ressalto ainda 02 perfomances:

    Alan Vitória fazendo seu melhor tempo 49:23 e agora treinando especificamente para os 100 livre, já está dando bom resultado.

    Pedro Spajari nadando pela 1º vez abaixo de 50s – 49:87 e na final B também nadou abaixo.

    abraço

  3. Alex Pussieldi
    Alex Pussieldi says:

    Swammer,
    Os resultados foram ruins, mas o Brasil continua sendo potencial de medalha no 4×100 livre. Nadamos mal, sem dúvida, mas temos potencial para disputar esta prova. Medalha é um produto final, que pode não vir, mas é inegável que temos potencial para isso. Não falo do 4×100 medley, não falo do 4×200 livre, mas o 4×100 livre tem reais condições para isso. Só não podemos nadar como nadamos neste final de semana.

  4. swammer
    swammer says:

    Bons comentarios.

    100 L foi lamentavel. Torcer pra uma final e olhe la.

    Nao adianta fazer midia. Escrever 5 materias sobre o revezamento. tem que ser realista. Mto triste a performance a nivel mundial – especialmente se vc desconsiderar provas de 50 estilo

  5. Kuara Silva
    Kuara Silva says:

    Na minha opinião é um absurdo a cbda deixar os 100 livre pro ultimo dia de competição. tudo bem que isso não pode ser considerado desculpa, mais no Maria Lenk tem nadadores que nadam 7 provas enquanto no mundial quase ninguém nada tudo isso, então o cansaço acumula mesmo.

  6. Carlos Baiano
    Carlos Baiano says:

    Com todo respeito às opiniões em contrário, vou reafirmar o que disse em dezembro: nosso 4x100m livre masculino não tem nenhuma chance de pódio em Kazan. Pelo menos diante dos resultados apresentados. Pódio só é viável se o pessoal surtar na hora da prova.

  7. nadador
    nadador says:

    Parabéns ao Corinthians e ECP que vieram com sua equipe 100% nacional.Tanto Corinthians como Minas e Pinheiros fizeram contratações e se o Minas tivesse vindo 100% nacional a briga ia ser ainda mais emocionante

  8. nadador
    nadador says:

    Parabéns Corinthians e Pinheiros que vieram 100% nacional e nadaram com suas equipes. Que venha os brasileiros de categorias e o júnior e senior!!

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