Daynara de Paula foi a melhor da equipe brasileira na disputa do Arena Pro Swim Series em Santa Clara, na Califórnia, no final de semana. O grupo de 30 nadadores de diferentes clubes brasileiros conquistou o expressivo número de 13 medalhas, três de ouro, cinco de prata e cinco de bronze. Daynara, nadadora do SESI-SP e da Seleção Brasileira que vai ao Pan de Toronto e Mundial de Kazan foi responsável por duas delas.

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Um ouro nos 100 borboleta com 58.98 e uma prata nos 50 borboleta com 26.37. Em ambas com acirrado duelo contra a nadadora egípcia Farida Osman radicada na natação americana onde defende da equipe da Cal. Daynara ainda ficou em 10o lugar nos 50 livre com seu melhor desta temporada com 25.60 e uma boa marca nas eliminatórias dos 100 livre com 55.63. Resultados bem expressivos especialmente se comparados as marcas atingidas no Maria Lenk em abril (50 livre 25.70, 100 livre 55.34, 50 borboleta 26.51 e 100 borboleta 58.68).

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Estamos as vésperas de sua terceira participação nos Jogos Pan Americanos e do seu quarto Mundial, Daynara se tornou na primeira brasileira campeã do circuito Arena Pro Swim Series dos Estados Unidos. Antes, apenas Joanna Maranhão, quando a competição se chamava Grand Prix havia chegado a um ouro nos circuitos americanos. Joanna venceu os 200 borboleta do GP de Missouri em 2012 com 2:09.73.

A Best Swimming foi atrás de Daynara no seu retorno ao Brasil para saber um pouco mais do seus bons resultados em Santa Clara.

BEST SWIMMING – Você ficou um bom tempo com muita dificuldade para nadar na casa dos 58 nos 100 metros borboleta. Agora, isso tem sido mais fácil e até mesmo durante a temporada, sem estar cansada, o que mudou?

DAYNARA DE PAULA – Ah, eu fiz uma mudança na minha estratégia da prova. Diminui minha frequência de nado, e por conta disso consegui melhorar minha volta. 

BS – A vitória de Santa Clara quebrou um feito histórico ao se tornar a primeira brasileira campeã do Arena Pro Swim Series, nos Estados Unidos. O que isso representou para você? 

DP – Representa muito. A natação brasileira feminina vem quebrando muitos feitos históricos. Para mim, representa que estou cada vez mais próxima dos objetivos que tracei. 

BS – O Rio vai ser a sua terceira Olimpíada. Pelos resultados alcançados desde o ano passado, o índice olímpico não vai ser dificuldade, você até já tem, mas qual é seu objetivo para o Rio 2016? 

DP – Quero muito chegar a uma final olímpica. E quero continuar quebrando feitos históricos. 

BS – Analisando a sua própria prova, o que você poderia relacionar como a sua maior qualidade nos 100 borboleta e o maior problema? 

DP – Nesta prova de Santa Clara, gostei demais da minha saída e também do meu final de prova. Meu problema sempre foi o controle da frequência de braçada. 

BS – Você vai estar no Pan de Toronto e doze dias depois no Mundial de Kazan. Como vai ser combinar o polimento para as duas competições? 

DP – Não vai ser nada experimental. No ano passado já fizemos a mesma coisa. Não deixa de ser um desafiobom para o qual estou super ansiosa para fazer. 

BS – Foram dois belos duelos seus contra a egípcia Farida Osman em Santa Clara. Você gosta de provas acirradas ou prefere fazer a sua própria prova sem pensar nos adversários? 

DP – Eu gosto de provas disputadas, mas quase nunca consigo ver minhas adversárias. Eu prefeito ficar pensando na minha técnica e concentrada na minha própria prova. 

BS – E existe alguma nadadora a nível mundial que te inspire?

DP – Admiro todas as atletas de alto nível. Sei o quanto é difícil chegar e se manter por lá.

Equipe do SESI-SP em Santa Clara

Equipe do SESI-SP em Santa Clara

Ontem o site Globoesporte.com publicou uma matéria destacando o bom resultado de Daynara nos Estados Unidos. Veja clicando aqui.

 

1 responder
  1. TORCEDOR
    TORCEDOR says:

    Parabéns a excepcional atleta e ao SESI. Bem como ao Minas que levou uma grande turma.
    É uma pena que os demais clubes, a exceção dos próprios SESI e Minas, do Corinthians, do Pinheiros e até da Unisanta, ou seja os mesmos de sempre, não têm condições (ou não lhes interessa) adotar este mesmo procedimento louvável e importante. Obviamente sem custos para os atletas ou, pelo menos, subsidiado na sua maior parte.
    Não é a toa que os maiores destaques da natação brasileira sempre foram destes clubes…
    Onde estão os patrocinadores, os empresários, os incentivadores, etc.???

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