Uns sobem outros descem, Jogos Pan Americanos a cada quatro anos também indicam um bom perfil do que será a performance dos países nos Jogos Olímpicos, especialmente pela competição ser realizada no ano anterior a Olimpíada.
Nada melhor do que fazer uma análise do termômetro do que se viu no Pan de Toronto, especialmente a pouco mais de uma semana do Mundial de Kazan e projetando para os Jogos Olímpicos do Rio 2016.

Revezamento 4x100 medley. Jogos Pan-americanos, Natacao no Aquatics Centre. 18 de julho de 2015, Toronto, Canada. Foto: Satiro Sodre/SSPress

Revezamento 4×100 medley. Jogos Pan-americanos, Natacao no Aquatics Centre. 18 de julho de 2015, Toronto, Canada. Foto: Satiro Sodre/SSPress

Veja quem subiu e quem desceu nesta análise:

SUBIU
* O Brasil subiu, melhorou uma medalha na contagem geral em relação a Guadalajara 2011 (26×25), mas melhorou muito nas mulheres, tanto em marcas como em medalhas. Foi a melhor participação feminina do Brasil em Jogos Pan Americanos com oito medalhas.
* Canadá, este subiu demais. Mesmo que a avaliação com as edições anteriores do Pan não seja real, eles não levavam a equipe principal desde 1999, o time melhorou muito em relação a seletiva nacional de abril. Muitas marcas a nível mundial ressurgindo a natação canadense a nível mundial.
* A Argentina já havia feito um belo Campeonato Sul-Americano no ano passado em Mar del Plata. Na época, não se avaliou a evolução argentina como deveria ter sido feita. Pensou-se que o Brasil sem motivação para o Sul-Americano e as ausências de Colômbia e Venezuela favoreceram o bom resultado argentino. Em 2011, os argentinos tiveram duas medalhas de bronze. Em Toronto, foi um ouro com Federico Grabich nos 100 livre, mais uma prata com o próprio Gabrich e a revelação Santiago Grassi nos 100 borboleta.
* País de atleta único, é assim que se analisa o desempenho de Bahamas, que surgiu do nada para brilhar com um ouro e uma prata de Arianna Vanderpool Wallace em Toronto. Na história da natação panamericana, a única medalha de Bahamas havia sido um bronze em 2007 no Rio, o revezamento feminino do 4×100 medley ganhou o terceiro lugar favorecido pela desclassificação do Brasil pela presença de Rebeca Gusmão fechando de crawl. Na equipe de 2007, a mais jovem nadadora, e única remanescente da equipe de Bahamas, é exatamente Arianna imbatível na velocidade, levou os 50 livre e foi bronze nos 100, sempre passando na frente.

DESCEU
* O início foi ruim, mas a natação dos Estados Unidos se recuperou e levou o 16o título em 17 edições dos Jogos Pan Americanos. Alguns resultados positivos, entre as mulheres, a natação americana segue líder do mundo, o que mudou é a diferença dos adversários. Em 2011, em Guadalajara foram 44 medalhas, agora 32, uma queda de 14. Nos ouros, a queda também foi grande, eram 18 em 2011, caíram para 12 em Toronto.
* A análise não é só de medalhas. É de performances e a Venezuela caiu, e muito. Talvez por conta da crise financeira, da falta de apoio governamental, mas os venezuelanos que tiveram oito medalhas em 2011, uma de ouro, uma de prata e seis de bronze, saíram com apenas duas de Toronto, uma prata e um bronze. Os dois melhores nadadores, Andreina Pinto e Albert Subirats, nadaram longe de seus melhores, frustrando as chances e expectativas da equipe na competição.
* Como Bahamas, país de atleta único, o Chile de Kristel Kobrich levou uma prata nos 800 livre. Em 2011, tinha sido ouro e ainda um bronze nos 400 livre.
* Outro país de atleta único, a Jamaica de Alia Atkinson até repetiu a medalha de prata única de 2011, em Guadalajara nos 200 medley, agora nos 100 peito de Toronto, mas as performances ficaram a desejar. Bem diferente do que vimos no Mundial de Curta e até mesmo nas competições da temporada, a nadadora não rendeu o que se esperava.
* Ilhas Caymãs, a aposentadoria dos irmãos Fraser acabou com a natação do país no Pan. Brett ainda apareceu e chegou a final B dos 100 livre, performance um tanto distante do que já se viu e conhece do seu potencial.
* Com a ausência de Hanser Garcia, a natação de Cuba caiu muito. Foram poucas finais e sem nenhuma medalha. Em Guadalajara, no Pan de 2011, duas medalhas, uma prata e um bronze.
* A comprovação de que fazer competição em casa ajuda é o desempenho do México. Quatro medalhas, todas de bronze em 2011, agora os mexicanos saíram em branco do Pan. Pior que isso, nem perto chegaram.
* Colômbia não só pelo quadro de medalhas, mas em expectativa e resultados. A exceção talvez tenha sido o desempenho de Jorge Murillo nos 100 e 200 peito.

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