A equipe brasileira da natação dos Jogos Parapan-americanos de Toronto está tendo sucesso total nesses jogos. Brasil lidera com folga o quadro, até agora em quatro dias de competições, já são 54 medalhas. Em Guadalajara 2011, no último Parapan, foram 33 medalhas de ouro, 23 de prata e 29 de bronze totalizando 85 medalhas.

Na natação competem atletas com deficiência física e visual em provas como dos 50m aos 400m no estilo livre, dos 50m aos 100m nas modalidades de peito, costas e borboleta. O medley é disputado em provas de 150m e 200m. As provas são divididas na categoria masculino e feminino, seguindo as regras do IPC Swimming, órgão responsável pela natação no Comitê Paraolímpico Internacional. As adaptações são feitas nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores deficientes visuais recebem um aviso do “tapper”, por meio de um bastão com uma ponta de espuma, quando estão se aproximando das bordas. A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas que não conseguem sair do bloco. As baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência. No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro.

O atleta é submetido à equipe de classificação, que procederá a análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular; mobilidade articular e testes motores (realizados dentro da água). Vale a regra de que, quanto maior a deficiência, menor o número da classe. As classes sempre começam com a letra S (swimming). O atleta pode ter classificações diferentes para o nado peito (SB) e o medley (SM).

As classes são divididas dessa forma:

* S1 a S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10 – nadadores com limitações físico-motoras
* S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13 – nadadores com deficiência visual (a classificação, neste caso, é a mesma do judô e do futebol de cinco)
* S14, SB14, SM14 – nadadores com deficiência intelectual

No dia de hoje no Canadá não tivemos nenhuma dobradinha como nos últimos dias e nem pódio completo como ontem, mas em compensação levamos 13 medalhas, sendo elas três ouros, três pratas e sete bronzes. O destaque ficou por conta de Talisson Glock que quebrou o recorde sul-americano na prova dos 200m SM6 com o tempo de 2m40s93, abaixou em 0.95 o tempo anterior. Outro recorde quebrado foi Matheus Rheine na prova dos 50m livre, recorde pan-americano com 27s32. A terceira medalha de ouro do dia também teve recorde parapan-americano quebrado, tempo de 24s44 na prova dos 50m livre na prova da classe s13 por Carlos Farrenberg, o recorde sul-americano também é de Farrenberg com o tempo de 24s13 conquistado no Mundial Paraolímpico de Natação mês passado em Glasgow na Escócia.

Veja a relação das medalhas que os atletas brasileiros levaram hoje, entre parênteses, o tempo de prova:

– Carlos Farrenberg (24s44) foi ouro e Guilherme Batista (26s40) foi bronze nos 50m Livres S13.

– Fabiano de Toledo (1m30s17) conquistou a prata nos 100m Peito SB6; Carlos Maciel (1m22s26) foi bronze nos 100m Peito SB8.

– Ronystony da Silva (58s92) foi bronze nos 50m Peito SB3 e Rildene Firmino (1m07s96) também foi bronze na mesma prova no feminino.

– Matheus Rheine (27s32) foi ouro e Alex Viana (28s91) prata nos 50m Livres S11.

– Filipe Esteves (27s56) conquistou a prata nos 50m Livres S12, enquanto Raquel Viel (31s46) foi bronze na versão feminina da prova.

– Gabriela Cantagallo (1m38s96) foi bronze nos 100m Peito SB8

-Talisson Glock (2m40s93) é ouro nos 200m SM6. Roberto Alcalde (3m08s82) foi bronze.

Por Carlos Novack
Siga no Twitter: @carlinhosnovack

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