Oficialmente, o revezamento 4×200 livre masculino do Brasil não está classificado para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Entretanto, ocupando a nona posição do ranking mundial com 7:11.15 pela marca que nos deu o ouro nos Jogos Pan Americanos de Toronto, é praticamente impossível ficar de fora. A equipe não nadou bem no Mundial de Kazan terminando na 15a colocação com 7:16.85 quando classificavam os 12 primeiros de forma automática para a Olimpíada.

O tempo de 7:11.15 deixa o Brasil como o primeiro colocado nas quatro vagas que restam na chamada repescagem sendo o concorrente mais próximo a Dinamarca mais de dois segundos atrás (7:13.62).

Na briga por uma das quatro vagas para o revezamento brasileiro, consideramos apenas os nadadores que já nadaram abaixo dos 1:50. Mesmo assim, a lista é extensa.

1o e 2o) João de Lucca do Pinheiros e Nicolas Oliveira do Minas
Estes dois precisam ser analisados de foram separada dos demais. São os mais regulares e parecem estar num nível diferenciado em relação aos restantes. João de Lucca foi campeão panamericano com 1:46.42 quebrando o recorde sul-americano que era de Thiago Pereira com 1:46.57 desde 2009.
João de Lucca e Nicolas tem as nove melhores marcas dos 200 livre no Brasil em 2015 (João 4, Nicolas 5). Desde 2011, Nicolas e João se alternam na liderança do ranking nacional da prova. Em 2011, Nicolas foi o primeiro, João o segundo. Em 2012, João, o primeiro e Nicolas, o segundo. Nicolas esteve na frente em 2013 e 2014, e este ano João está na ponta.
João de Lucca nadou apenas uma vez na casa dos 1:46, foi o recorde sul-americano 1:46.42 do Pan. Nicolas fez três vezes na casa dos 1:46, começando por 1:46.90 no Mundial de Roma 2009 , 1:46.99 no Mundial de Barcelona 2013 e 1:46.98 no Pan Pacífico do ano passado.

3o) Thiago Pereira do Minas 1:46.57 no Mundial 2009
Condição Thiago tem, resta saber se ele vai querer nadar a prova. Foi recordista sul-americano de 2009 a julho deste ano com seu 1:46.57. No ano passado, no Open, fez a melhor marca pessoal sem trajes 1:48.35 que lhe deu vaga nos revezamentos do Pan e Mundial de Kazan.

4o) Luiz Altamir Melo do Flamengo 1:48.39 no Pan 2015
É o emergente do grupo. Nunca tinha nadado para 1:49, este ano já fez três vezes. A última, sem polir, 1:48.85 nas eliminatórias do Julio de Lamare em Vitória. Seu melhor é 1:48.39 na abertura do revezamento 4×200 do ouro no Pan. Tocou a responsabilidade e não decepcionou. Foi um dos poucos que se salvou na performance de Kazan, abriu com 1:48.80.

5o) Vinicius Waked do Unisanta 1:48.58 no Open 2009
Ainda carrega o tempaço da era dos trajes e ficou desde então sem quebrar a barreira dos 1:50. Este ano, nadou para 1:49.67 e ocupa o nono lugar do ranking nacional.

6o) Giovanny Lima do SESI-SP 1:49.18 no Mundial Junior de Singapura 2015
Fora da Seleção Júnior para Singapura na “sua prova” de 200 borboleta, Giovanny e seu treinador Fernando Possenti descobriram um novo caminho: as provas de crawl. Ganhou a vaga para o Mundial nos 200 livre e lá fez a sua melhor marca pessoal 1:49.18. Voltou a nadar para 1:49 no Arena Pro Swim Series de Minnesotta e novamente no Julio de Lamare. As duas útlimas sem descansar.

7o) Fernando Ernesto Santos do Corinthians 1:49.23 do Maria Lenk 2013
Fernando Ernesto nada abaixo do 1:50 desde 2012, entretanto as duas últimas temporadas ficaram a dever. Este ano, aparece em 16o lugar no ranking nacional com 1:50.38.

8o) Leonardo de Deus do Corinthians 1:49.33 no Finkel 2015
Não está entre suas prioridades, mas se nadar a prova, tem boas chances de disputa. Leo de Deus tem todo o foco para os 200 borboleta, onde briga não só por uma vaga no time olímpico, mas uma final e até uma medalha. Bem condicionado, recordista brasileiro dos 400 livre, os 200 livre vem quase que natural. Não dá para descartar, se entrar na briga, é parada dura.

9o) João Veras Amorim do Corinthians 1:49.37 no Maria Lenk 2015
Tem sido bastante regular na prova, principalmente desde que venceu o Open em 2013 com 1:50.07. Normalmente, nada bem o Open e quebrou a barreira pela primeira vez no Open de 2014 com 1:49.82. Este ano, aparece em sexto lugar do ranking mundial com 1:49.37 do Maria Lenk.

10o) André Pereira do Grêmio Náutico União 1:49.49 no Maria Lenk 2015
Tirando as lesões, é um grande nome. Carrega um problema histórico no ombro, que lhe impede de treinar e muitas vezes de competir. Nunca tinha nadado abaixo dos 1:50 até o Maria Lenk deste ano, nadou na eliminatória e baixou na final. Ocupa o sétimo lugar do ranking nacional com 1:49.49.

11o) João Pedro Cervone do Pinheiros 1:49.57 no Finkel 2015
Uma das novidades do Finkel deste ano quando quebrou a barreira pela primeira vez. Revelação do Paineiras, baixou quase três segundos nos últimos dois anos. Está na posição de número 8 na temporada.

12o) Fernando Scheffer do Grêmio Náutico União 1:49.68 no Julio de Lamare
No apagar das luzes da matéria, Fernando Scheffer surpreendeu a todos vencendo o Julio de Lamare quebrando a barreira dos 1:50 pela primeira vez. Vai ser difícil baixar para o Open, afinal o polimento foi para Vitória, mas pela qualidade técnica, tamanho e juventude é um nome forte e pode estar na briga para o Maria Lenk 2016.

13o) Thiago Simon do Corinthians 1:49.93 no Paulista Junior e Senior 2015
Mais um do Corinthians! É daqueles que trabalha duro e já fez parte do 4×200 em piscina curta, surpreendeu a todos no Paulista quebrando a barreira pela primeira vez. É o décimo do ranking nacional em 2015.

Nota do Blog:
Existem vários outros nomes que podem pintar nesta briga, mas a editoria decidiu considerar apenas aqueles que já tenham quebrado a barreira dos 1:49 em provas individuais, embora reconheça que existam outros nomes nesta disputa.

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