Terminou o Open 2015, a primeira seletiva Olímpica do Rio 2016. O elevado número de índices alcançados (24) deve ser comemorado, porém, o ranking mundial de 2015 ainda indica uma situação nada confortável para a natação brasileira.

Vamos terminar 2015 com apenas um nadador no top 3 do mundo, apenas Bruno Fratus e seus 21.37 nos 50 livre, ranqueado como segundo tempo do mundo. Na frente de Fratus, os 21.19 da vitória do Mundial para Florent Manaudou.

Com apenas um nadador no Top 3, a Best Swimming seguiu o levantamento e foi até o oitavo colocado do ranking mundial. O levantamento ajudaria para entender como seria uma projeção de finais para o Brasil nos Jogo “se a Olimpíada fosse hoje”. A situação segue preocupante. São apenas sete finais. Destas, cinco em provas individuais e dois revezamentos masculinos (4×100   livre e 4×100 medley).

Seguindo nosso levantamento, fomos até o 16o lugar do ranking para fazer a projeção de quantas semifinais. O total chegaria a oito semis incluindo uma feminina, Etiene Medeiros que figura em 10o lugar no ranking de 2015 na prova dos 50 livre.

A comparação com 2011 ajuda a entender como este ranking mundial de 2015 pode ser previsível para o Rio 2016 como foi o de 2011 para os Jogos de Londres no ano seguinte.

Em 2011, o Brasil terminou o ano com quatro nadadores no Top 3 do mundo. Cesar Cielo era o número 1 do mundo nos 50 livre (21.52) e número 2 dos 100 livre (47.84). Bruno Fratus era o segundo dos 50 livre (21.76) e Thiago Pereira o terceiro do ranking nos 200 medley (1:57.35).

Naquela época, o Brasil terminava 2011 com quatro hipotéticas medalhas, previsão de nove finais e seis semifinais. A previsão de 2015 é apenas uma hipotética medalha, sete finais e oito semifinais.

Veja quem são os ranqueados do Brasil de 2015:

Bruno Fratus 2o nos 50 livre 21.37
Cesar Cielo 8o nos 50 livre 21.74
Thiago Pereira 4o nos 200 medley 1:56.65
Henrique Rodrigues 7o nos 200 medley 1:57.06
Felipe França 5o nos 100 peito 59.21
4×100 livre masculino 4o 3:13.22
4×100 medley masculino 8o 3:32.68

Outra informação importante, é apurar o que o ranking mundial de 2011 representou na realidade de Londres 2012:

Ranking 2011 – 4 hipotéticas medalhas 1 ouro, 2 pratas, 1 bronze
9 finais
6 semifinais

Londres 2012 – Brasil 2 medalhas, 1 prata, 1 bronze
4 finais
5 semifinais

12 respostas
  1. Luciano
    Luciano says:

    Deveria haver apenas uma competição sendo que o índice válido seria apenas o da final. Os EUA são assim e funciona!

  2. Fabio
    Fabio says:

    Diminuir pra 2 competições a seletiva foi interessante, já é uma evolução. Indice poderia fazer algo forte como 8º tempo da semifinal do mundial.

  3. Alex Pussieldi
    Alex Pussieldi says:

    Flávio, eu ainda não tive acesso aos índices de audiência, mas você está coberto de razão. Como vender e promover um produto onde as maiores estrelas já nadaram e não aparecem para a final. Não faz sentido transmitir eliminatórias, o grande público quer ver a final, onde vale medalha. É uma questão de produto e a parte técnica precisa ser combinada com o marketing do esporte.

  4. Flávio Mildemberg
    Flávio Mildemberg says:

    O problema não está no índice A, B ou C, mas sim na falta de estrutura na base da natação brasileira. Podemos acompanhar que o número de atletas na base está cada vez menor, sendo assim, o resultado na elite fica cada vez mais comprometido.
    A seletiva realizada em palhoça foi um FRACASSO em termos de audiência. Formato da competição não é atrativo. Quem esteve presente na Unisul foi basicamente familiares dos atletas e pessoas envolvidas diretamente na competição. CBDA precisaria repensar o formato destas competições, pois evento sem público não faz nenhum sentido para patrocinadores, TV e mídias.
    Atletas e técnicos são os mais prejudicados com essa administração equivocada.

  5. Célia Maria
    Célia Maria says:

    Coach,
    Falei ontem para meu filho: que adianta fazer índice se chega lá na Olimpíada e continua com o tal do índice…… somente ou nem ele faz.

  6. Robertinho Caminha
    Robertinho Caminha says:

    Parece o tempo do José da Silva Carvalho. Aperta no índice para ninguém nos atrapalhar. A parte técnica da CBDA passa o problema para os clubes e faz a poupança dos recursos.
    O lógico:
    Faz-se as eliminatórias 1 ano antes, afrouxa os índices e a CBDA paga um Programa com os treinadores dos atletas convocados, os melhores fisiologistas na piscina, pagos pela CBDA,COM, Patrocinadores e clubes.
    Aí seria BRASIL.

  7. Diego
    Diego says:

    Estou pessimista. Acho que o Brasil levará só uma medalha no Rio com o Fratus. É o único que em 2015 me convenceu que pode ir ao pódio. Thiago também me convenceu, mas terá pela frente Hagino e Phelps que não estiveram em Kazan, além do Lochte.

  8. Jimi
    Jimi says:

    Coach, você não acha queba CBDA devia abaixar esses índices para evitar que atletas fora do Top16 fossem aos jogos, e por outro lado que aumentasse o nível da nossa natação?

  9. ELE
    ELE says:

    BOLA DE CRISTAL NÃO TENHO.MAS MEDALHA PARA NATAÇÃO BRASILEIRA NO RIO PELO CENÁRIO QUE ESTA SE DESENHANDO.SÓ NAS MARATONA AQUÁTICA.

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