Uma prova de recordes, e Etiene Medeiros cada vez mais veloz, nadando para 24 pela 13a vez na carreira. Ainda teve Luiz Altamir vencendo sua segunda prova na competição, agora os 200 borboleta. Até agora, Altamir é o melhor entre os homens na competição. Veja como foi o terceiro dia do Sul-Americano prova a prova:
50 livre feminino –
Etiene Medeiros. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 01 de abril de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
Que prova de Etiene Medeiros, que velocidade de reação, que entrada na água, início de nado , que desenvoltura na prova, duas respirações e bum, 24.80. Novo recorde de campeonato, bate Flávia Delaroli e seus 25.25 desde o Sul-Americano de 2008. Etiene marca o 12o tempo do mundo em 2016, numa prova que está redonda, bem nadada. Continua respirando duas vezes, uma nos 25 metros, outra nos 35 metros. Está trabalhando para reduzir uma, ou talvez duas, mas a prova, seja cansada ou não, está sendo bem nadada, performances constantes e sólidas. Este foi o 13o sub 25 nos 50 livre de Etiene. Seu melhor é os 24.55, recorde sul-americano feitos nos Jogos Pan Americanos de Toronto.
Ouro para Etiene 24.80, prata para Graciele Herrmann com 25.37, bronze para a boliviana Karen Riveros.
Graciele saiu atrás, não conseguiu recuperar no nado, deu uma patinada e ainda foi para o lado da raia sem motivo.
Foi a prova dos recordes. O recorde de campeonato de Flávia Delaroli que caiu de 25.25 para 24.80, mais o recorde boliviano que já era de Karen Riveros com 26.01 do Pan de Toronto e agora nadando pela primeira vez abaixo da barreira com 25.67. Recorde da Argentina para Andrea Berrino, primeira nadadora de seu país abaixo dos 26 segundos. O recorde era de Aixa Triay do Pan de Toronto com 26.00, agora 25.78 terminando na quarta colocação. Recorde de Aruba para Alyson Ponson baixando sua marca de 25.91 do Carifta 2014 para 25.84.
50 livre masculino –
Prova sem pódio para o Brasil, e sem recordes para ninguém. Vitória com dobradinha para a Argentina, Federico Grabich 22.55 e Guido Buscaglia 22.58. Bronze para o venezuelano Cristian Quintero 22.77.
Alan Vitória ficou em quarto lugar com 22.80 e Pedro Spajari em quinto com 22.96.
Alan tem sua melhor marca pessoal 22.21 do Maria Lenk de 2013, depois em 2014 22.26 num Torneio no Rio e no ano passado 22.23 no Finkel. Pedro Spajari nadou o seu melhor no ano passado, no Mundial Júnior de Singapura com 22.59.
O recorde de campeonato se mantém com Cesar Cielo 21.85 desde o Sul-americano de 2012.
200 borboleta feminino –
Joanna Maranhao. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 01 de abril de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
Prova com alternância de liderança e bem forte. Andreina Pinto da Venezuela foi a única a quebrar a barreira dos 2:10, um final forte garantiu os 2:09.92. Seu melhor é 2:09.51 feitos no Pan de Toronto do ano passado.
Virginia Bardach da Argentina ganhou o segundo duelo contra Joanna Maranhão, e foi nos últimos 50 metros. Bardach prata com 2:11.04 contra 2:11.65 de Joanna.
Joanna saiu em quinto (30.34), virou os 100 metros em terceiro (1:03.56, 33.22), melhorou para segundo nos 150 metros (1:37.30, 33.74), mas caiu nos últimos 50 metros (2:11.65, 34.35).
O recorde de campeonato da prova era de Joanna Maranhão com 2:13.22 em 2010, ela quebrou pela manhã para 2:12.21 e agora na final Andreina Pinto 2:09.92.
200 borboleta masculino –
Luiz Altamir. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 01 de abril de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
Diferente dos 400 livre, onde Luiz Altamir foi estratégico, nos 200 borboleta, ele foi arrojado. Liderança desde o início e em parciais que até prometiam melhor marca. Cansou no final, mesmo assim terminou com 1:58.39, 18 centésimos acima do seu melhor feitos no Open em dezembro. Foi a quarta vez na sua carreira que nadou na casa dos 1:58.
A prata ficou para o venezuelano Marcos Lavado, único que havia feito força nas eliminatórias com 1:58.53, mas na final levou o segundo lugar com 1:59.39.
Leo de Deus foi terceiro com 1:59.63 depois de virar os primeiros 50 e 100 metros na quinta posição. Fechou com 31.26, quase o mesmo tempo de Altamir nos últimos 50 metros (31.23).
Parciais dos brasileiros:
Luiz Altamir 26.27, 56.24 (29.97), 1:27.16 (30.92), 1:58.39 (31.23)
Leo de Deus 26.95, 57.56 (30.61), 1:28.37 (30.81), 1:59.63 (31.26)
Luiz Altamir quebrou o recorde de campeonato que era de Kaio Márcio desde 2006 com 1:59.05.
1500 livre feminino –
Sem brasileiras na prova, foi domínio de início ao fim para a nadadora mais veterana da competição, a argentina Cecilia Biagoli com 16:37.85, a maior medalhista dos Campeonatos Sul-Americanos. O ouro foi sua 38a medalha em Campeonatos Sul-Americanos, a maior medalhista da história da competição.
A equatoriana Samantha Arevalos chegou em segundo, sem nunca ter ameaçado com 16:44.44, a primeira medalha do Equador na competição. Quem também subiu ao pódio pela primeira vez, o Perú, com Daniela Kaori Miyahara Coello com 17:33.37 levou o bronze.
800 livre masculino –
Outra prova sem brasileiros na água, vitória do equatoriano Esteban Enderica, o mesmo que nada há três anos pelo Fluminense. Enderica venceu com 7:58.46 chegando muito perto do recorde de campeonato dele mesmo do último Sul-Americano em 2014.
Martin Naidich da Argentina chegou em segundo 7:59.18 e o venezuelano Rafael Davila de 17 anos completou o pódio com 8:02.66.
Detalhe que os dois primeiros colocados disputaram uma bela prova em divisão negativa. Enderica passou com 4:02.35 e voltou 3:56.11 enquanto que Naidich 4:01.86 nos primeiros 400 metros e 3:56.92 na volta. Nos últimos 100 metros, Naidich 56.59 contra 57.49 de Enderica. Nos últimos 50 metros, Naidich 27.20 contra 28.56 de Enderica.
Revezamento 4×100 livre misto –
Revezamento 4×100 livre misto. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 01 de abril de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
Os revezamentos mistos foram introduzidos no último Sul-Americano em 2014 na Argentina. Brasil venceu o 4×100 livre misto e voltou a vencer hoje, 3:30.98 contra 3:33.99 da Argentina e Colômbia em terceiro com 3:35.42.
Parciais do Brasil:
Alan Vitória 23.58, 49.98
Pedro Spajari 24.52, 49.64
Manuella Lyrio 26.75, 55.32
Graciele Herrmann 26.95, 56.04
Quadro parcial de medalhas ao final do terceiro dia:
1o Brasil 11 de ouro, 6 de prata, 7 de bronze, total 24 medalhas
2o Argentina 9 de ouro, 8 de prata, 4 de bronze, total 21 medalhas
3o Venezuela 3 de ouro, 4 de prata, 6 de bronze, total 13 medalhas
4o Equador 1 ouro, 1 prata, total 2 medalhas
5o Colômbia 3 de prata, 4 de bronze, total 7 medalhas
6o Paraguai 1 prata, 1 bronze, total 2 medalhas
7o Uruguai 1 prata, total 1 medalha
8o Perú 1 bronze, 1 medalha
9o Bolívia 1 bronze, 1 medalha
Classificação parcial ao final do terceiro dia:
1o Brasil 255 pontos
2o Argentina 234 pontos
3o Venezuela 144 pontos
4o Colômbia 131 pontos
5o Paraguai 96 pontos
6o Perú 72 pontos
7o Uruguai 21 pontos
8o Equador 20 pontos
9o Chile 10 pontos
10o Bolívia 6 pontos
11o Aruba 4 pontos
Classificação masculino
1o Brasil 121
2o Venezuela 87
3o Argentina 84
Classificação feminino
1o Argentina 118
2o Brasil 116
3o Colômbia 56
ANDREINA 2o. TEMPO DAS AMÉRICAS EM 2016 NOS 200 BORBO. VAI APARECENDO UM DOS GRANDES FENÔMENOS DO RIO 2016.