Muito bom o início do Troféu Maria Lenk. Uma das competições mais fortes do país desde o histórico Maria Lenk de 2009 turbinado com os recordes a cada prova. A equipe brasileira já  está com 22 atletas rumo ao Rio 2016.

400 medley masculino –

Brandonn Almeida. Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 15 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/ SSPress

Brandonn Almeida. Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 15 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/ SSPress

Brandonn Almeida não teve dificuldades para nadar pela segunda vez abaixo do índice olímpico (4:16.71) e chegar perto, muito perto (56 centésimos) da sua melhor marca pessoal. Brandonn venceu de ponta a ponta 4:14.63 se colocando no Top 10 do mundo pela primeira vez na sua carreira.
Comparando os parciais de Brandonn no Pan de Toronto e no Maria Lenk 2016:
Pan 2015 – 58.88, 2:02.16 (1:03.28), 3.15.91 (1:13.75), 4:14.47 (58.56)
Maria Lenk – 58.47, 2:02.13 (1:03.66), 3:16.52 (1:14.39), 4:14.63 (58.24)
Brandonn se torna no primeiro campeão do Estádio Aquático Olímpico e o primeiro brasileiro classificado oficialmente para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Vai ser a nona Olimpíada que o Brasil será representado na prova dos 400 medley e uma prova com grande tradição de duas medalhas de prata. Uma com Ricardo Prado em Los Angeles 1984 e a segunda com Thiago Pereira em Londres 2012.
Pódio internacional com dois estrangeiros. prata para o japonês Kakeru Murata com 4:20.55 e bronze para o chinês Yizhe Wang com 4:20.86.

100 borboleta feminino –

Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 15 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Ricardo Sodré/ SSPress

Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 15 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Ricardo Sodré/ SSPress

Brasil vai ter duas nadadoras no Rio 2016 e a segunda não vai ser Etiene Medeiros. Daynara de Paula foi desafiada e foi atrás de sua marca que lhe dá a terceira Olimpíada. Saiu na frente, passou em primeiro com 27.24 contra 27.40 de Daiene Dias. Na volta, cansou, parecia estar perdendo a posição, mas conseguiu finalizar e com 58.38 nadou abaixo do índice olímpico (58.74) e da marca de Etiene Medeiros pela manhã (58.49). Daiene piorou um pouco em relação a manhã, mas com 58.07 se mantém num resultado estável rumo a primeira Olimpíada da carreira. Daiene com 58.07 fica em 17o do mundo, Daynara em 21o.
Será a terceira vez que o Brasil vai ter duas nadadoras nos 100 borboleta feminino em Jogos Olímpicos repetindo 1976 com Rosemar Ribeiro e Flávia Nadalutti e 2008 com a própria Daynara de Paula e Gabriella Silva. Aliás, foi nesta Olimpíada em 2008, o melhor resultado do Brasil na prova, sétimo lugar com Gabriella Silva.
Depois das duas, terceiro lugar para Katarina Listopadova com 58.71. A melhor brasileira na sequência foi Natália de Lucas com 59.81.
Etiene Medeiros usou os 100 borboleta para entrar na competição. O treinador Fernando Vanzella do SESI-SP e da Seleção Feminina do Brasil pensa nos Jogos Olímpicos onde Etiene vai ter um revezamento 4×100 livre para nadar antes dos 100 costas. Foi por isso que ela nadou os 100 borboleta nas eliminatórias e saiu na final.

400 livre masculino –

Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 15 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Ricardo Sodré/ SSPress

Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 15 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Ricardo Sodré/ SSPress

Luiz Altamir Melo do Flamengo vai ser nosso único representante na Olimpíada. Sua marca do Open de 3:50.32 não repetida hoje, nem na eliminatória quando terminou em nono 3:57.23, nem na final nacional quando venceu com 3:55.00. Saiu chateado e não escondeu isso, nem nas imagens, nem nas entrevistas. Agora, é colocar a cabeça no lugar e estar ponto para as outras duas provas, uma onde briga por uma vaga no 4×200 livre e outra nos 200 borboleta. Uma surpresa para o resultado já que Altamir foi um dos melhores do Brasil na disputa do Sul-Americano Absoluto em Assunção, no Paraguai.
Para a segunda vaga olímpica, quem chegou mais perto foi Miguel Valente do Minas que venceu a série principal com 3:51.62 próximo do seu melhor de 3:51.36 feitos no Maria Lenk de 2014. O argentino Martin Carrizo chegou na segunda colocação com 3:54.45 e Giovanny Lima do SESI-SP completou o pódio com 3:54.61.
O Brasil volta a disputar os 400 livre masculino na Olimpíada. Será a 12a vez que estaremos nos Jogos Olímpicos. A última vez havia sido com Bruno Bonfim em 2004. Os melhores resultados nesta prova vieram com Djan Madruga, duas vezes quarto colocado nas Olimpíadas de 1976 em Montreal e 1980 Moscou.

400 medley feminino –

Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 15 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Ricardo Sodré/ SSPress

Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 15 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Ricardo Sodré/ SSPress

Joanna Maranhão não teve dificuldades para vencer e nadar pela segunda vez para 4:38. Esteve em ritmo de recorde brasileiro quase toda prova sentindo mais uma vez o parcial de peito. Faltou adversária, se esperava mais da tcheca Barbora Zavadova. Joanna venceu com 4:38.66, próximo dos 4:38.07, recorde brasileiro estabelecido no Pan de Toronto.
Comparando os parciais de Toronto e Maria Lenk:
Toronto – 1:03.27, 2:14.80, 3:35.59, 4:38.07
Maria Lenk – 1:02.37, 2:14.10, 3:35.71, 4:38.66
Joanna campeã, Barbora Zavadova vice com 4:42.17 e bronze para a argentina Virginia Bardach 4:43.17.
Entre as brasileiras, uma marca histórica para Gabrielle Roncatoo nadando pela Unisanta. Chegou em quinto lugar com 4:47.65 se tornando na segunda brasileira a nadar abaixo dos 4:50 na prova. Antes dela, apenas Joanna Maranhão havia conseguido isso e em mais de 70 vezes.
Joanna vai para a sua quarta Olimpíada. Passa Piedade Coutinho e Fabíola Molina, se torna de forma isolada, a maior nadadora do Brasil em Jogos Olímpicos. Para os 400 medley, vai nadar pela terceira vez. Isto porque em 2012, no dia em que disputaria a prova, sentiu-se mal, caiu e cortou sua face ficando impossibilitada de nadar. Joanna retornaria a piscina para dois dias depois ganhar uma vaga e chegar a semifinal dos 200 medley.

100 peito masculino –
Fechando o dia com a prova mais expressiva da etapa. João Gomes Júnior do Pinheiros voltou a ser destaque, nadou para 59.10 depois dos 59.06 que fez nas eliminatórias. Passa a ser o dono da primeira vaga dos 100 peito e se classifica para a primeira Olimpíada. Felipe França do Corinthians ganhou a segunda vaga ao nadar para 59.36 depois de 59.56 nas eliminatórias. França vai para a sua terceira Olimpíada.
Os dois ficam entre os quatro do mundo em 2016, João com o segundo tempo, França com o quarto. Se contabilizarmos os 59.77 feitos por Pedro Cardona nas eliminatórias, é segundo, quarto e décimo do mundo na temporada.
João campeão 59.10, França vice 59.36, Pedro Cardona não repetiu os 59, foi bronze com 1:00.11. Felipe Lima que até chegou a aparecer durante a prova, terminou em quarto com 1:00.37. Até Raphael Rodrigues com 1:00.48 nadou abaixo da marca da FINA completando cinco nadadores com índice olímpico.
Comparando os parciais:
João Gomes Jr. nas eliminatórias 27.67, 59.06 (31.39), na final 27.48, 59.10 (31.62)
Felipe França nas eliminatórias 27.78, 59.56 (31.78)), na final 27.39, 59.36 (31.97)
Pedro Cardona não conseguiu repetir a performance da manhã quando fez 59.77. Mesmo assim, terminou em terceiro lugar com 1:00.11. Felipe Lima foi quarto colocado com 1:00.37.
João e Felipe vão representar o Brasil nas provas de peito do Rio 2016. Será a 11a vez que teremos representantes na piscina. O maior destaque do Brasil em provas de peito nos Jogos Olímpicos e melhor resultado veio com José Fiolo que foi quarto colocado em 1968.

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