Chegamos na metade da seletiva olímpica, três provas na etapa, a menor até agora, definição do revezamento 4×200 livre feminino, índice para Kaio Márcio ratificado e Larissa Oliveira recuperando o recorde sul-americano dos 200 livre. Veja como foi a etapa.

200 livre feminino –

Larissa Oliveira. Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 17 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/ SSPress

Larissa Oliveira. Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 17 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/ SSPress

Que prova! A melhor entre as mulheres até agora. O melhor 200 livre da história da natação feminina onde tivemos um recorde sul-americano e cinco nadadoras abaixo da barreira dos dois minutos. Das seis meninas que disputavam vaga no revezamento olímpico, cinco nadaram para a sua melhor marca.
Larissa Oliveira foi absoluta. Voltou a nadar como não se via desde o Maria Lenk 2015. Se tornou na primeira mulher a quebrar o 1:58 vencendo com 1:57.37, novo recorde sul-americano derrubando a marca de Manuella Lyrio de 1:58.03 do Pan de Toronto.
Seus parciais foram implacáveis:
27.37, 57.65, 1:27.72, 1:57.37
Manuella Lyrio nadou na final B, sem Joanna que desistiu de disputar a prova ficou sem referência. Nadou forte, passou os primeiros 100 metros na mesma marca de Larissa 57.65, caiu um pouco nos 150, 1:27.89, mas muito mais nos últimos 50 metros com 1:58.62. Foi a única que não baixou a marca.
Jessica Cavalheiro ganhou a vaga olímpica como terceira nadadora do revezamento nadando para sua melhor marca pela segunda vez no dia. Fez 1:59.05. Com um final impressionante, Gabrielle Roncatto assegurou a quarta vaga 1:59.23, primeira vez abaixo da barreira.
A quinta, de fora do revezamento, mas com muito para comemorar, Maria Paula Heitmann outra quebrando os dois minutos pela primeira vez com 1:59.95. Até mesmo Rafaela Raurich nadou para seu melhor. A caçula deste grupo fez 2:00.36 depois de passar boa parte da prova na segunda posição, atrás apenas de Larissa.
Ausentes desta prova em 2012, o Brasil vai ter pela primeira vez nos Jogos Olímpicos duas nadadoras os 200 livre, Larissa e Manuella. Nosso melhor resultado na prova foi Mariana Brochado em 23o lugar nos Jogos de Atenas em 2004.

200 borboleta masculino –

Leonardo de Deus. Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 17 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/ SSPress

Leonardo de Deus. Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 17 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/ SSPress

Kaio Márcio havia feito uma bela marca nas eliminatórias, baixou na final. Chegou a ameaçar Leo de Deus durante a disputa, mas no final uma expressiva marca para os dois, Leo na frente, 1:55.54, 5o tempo do mundo, Kaio 1:56.21, melhor do que os 1:56.40 feitos na eliminatória.
Leo reconheceu o valor da marca, mas destacou que ainda faltam outras seletivas ao redor do planeta. Deu uma bela declaração ao agradecer ao treinador Carlos Henrique Matheus por todo o trabalho.
Seu grande objetivo era nadar para 1:54 que ainda não saiu. O parcial intermediário poderia ter sido mais forte, mas o positivo foi ter fechado bem na casa do 30.
Kaio iguala Thiago Pereira, Gustavo Borges e Joanna Maranhão, vai para a sua quarta Olimpíada, a quarta nadando a mesma prova. É dele o melhor resultado do Brasil na prova com o sétimo lugar em Beijing 2008, única vez que chegamos a final.
Fora Leo e Kaio, mais dois bons resultados em seguida. Vinicius Lanza e Luiz Altamir Melo quebraram o 1:58 pela primeira vez. Lanza nadou para 1:57.44 e Altamir 1:57.74.

200 medley feminino –

Joanna Maranhao. Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 17 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/ SSPress

Joanna Maranhao. Trofeu Maria Lenk de Natacao, realizado no Centro Aquatico Olimpico. 17 de abril de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/ SSPress

Joanna Maranhão não se sentiu bem pela manhã e não foi diferente a tarde. Optou por não disputar a vaga dos 200 livre, fez a opção pela prova que já lhe deu duas semifinais (2004 e 2012). Mesmo assim, nadou para 2:14.37, pior do que na primeira seletiva no Open 2:14.04 e até mesmo do Sul-Americano há 15 dias no Paraguai 2:14.09.
Joanna sentiu falta de velocidade, e até chegou a comentar precisar de um pouco mais de descanso. Seus parciais 29.06, 1:03.01 (33.95), 1:43.02 (40.01), 2:14.37 (31.35) indicam uma dificuldade no peito. Este parcial de 40″ é o mesmo dos primeiros 50 metros dos 400 medley no belo 4:38.66 do primeiro dia de competição.
Duas estrangeiras seguiram Joanna, Barbora Zavadova da República Tcheca 2:15.01 e a argentina Virginia Bardach 2:15.13. Bom mesmo foi Nathalia Almeida, a segunda melhor brasileira, em quarto lugar fazendo sua melhor marca pessoal 2:15.13 ficando a menos de um segundo do índice olímpico de 2:14.26.
Gabi Roncatto até tentou, mas saindo dos 200 livre sentiu a prova, mesmo assim nadou para seu melhor 2:15.61.

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