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Se você não pode acompanhar a Seletiva Australiana, a Best Swimming traz as 10 melhores histórias que marcaram a competição que definiu uma das melhores Seleções Australianas dos últimos anos.

01) As fantásticas e velozes irmãs Campbell
Cate e Bronte Campbell fizeram duas dobradinhas nas provas de velocidade de crawl. Cate lidera o ranking mundial nas duas com 24:13 e 52:68. Nos 50, tem as quatro melhores marcas do mundo este ano. Nos 100, é a única a nadar abaixo dos 53 segundos. Bronte pela primeira vez se destaca no ranking mundial. É a segunda na prova dos 100 livre com 53:02 e está na quarta posição dos 50 livre com 24:58. No ano passado, descobriu-se que elas tinham um porco de estimação que se chama Pepper. Agora, a novidade das irmãs é um contrato assinado pelo pai prometendo não dar nenhuma entrevista ou declaração a respeito delas. O contrato, cuidadosamente guardado pelas irmãs, foi uma exigência após ele invadir uma entrevista coletiva no ano passado. Parece que o pai exagerou na comemoração e deixou as duas revoltadas.

02) A persistente e desobediente Melanie Schlanger
Ela não é mais uma menina. Aos 27 anos de idade, é a última “sobrevivente” do revezamento campeão mundial do 4 x 100 livre do Mundial de 2007 em Melbourne. Duas vezes olímpica, em 2008 e 2012, dona de cinco medalhas sendo duas de ouro, Melanie ficou de fora do Mundial de Barcelona por conta de lesão. Desde o ano passado, lida com problemas no ombro e este ano com uma lesão no quadril. A orientação médica eram de seis semanas parada, mas faltando três meses ela seguiu como pode. Ficou em terceiro nos 50 livre com melhor marca pessoal de 24:69, quinto tempo do mundo este ano, e ainda ganhou uma vaga nos revezamento com seus 53:78 nos 100 livre.

03) A volta do Chef Sullivan
Eamon Sullivan não competia desde os Jogos Olímpicos de Londres. O afastamento foi para dar “um tempo” na carreira e também sair em busca de novos desafios. Durante estes 18 meses, Sullivan esteve na mídia pelas suas aparições como chef de cozinha, a sua paixão fora do esporte. Ele também abriu o seu próprio restaurante, Bib & Tucker em North Fremantle, e não tem sido nada fácil a vida de novo empresário. Sullivan voltou e arrasou. Venceu os 50 livre e nadou as três vezes (eliminatória, semifinal e final) com o melhor tempo da prova. A marca da semifinal, 21:65, é o melhor do mundo este ano e sua melhor marca sem trajes. Mesmo convocado, Sullivan ainda não sabe se vai ao Commonwealth Games. Seu ombro, já operado duas vezes, ainda lhe incomoda e sua participação vai depender de como a lesão for controlada até lá.

04) A melhor psicóloga do mundo
Cameron McEvoy foi um dos nomes da seletiva. Depois de oito vezes vice campeão nas competições na Austrália no ano passado, o “Mr. Silver” venceu o seu primeiro e o segundo título nacional. Nos 200 livre, fez a segunda melhor marca da história da Austrália e o melhor do mundo este ano, 1:45:46. Depois, surpreendeu ao Missil James Magnussen roubando o título nos 100 livre com o segundo tempo do mundo 47:65. Para terminar, ficou em segundo nos 50 livre nadando pela primeira vez abaixo dos 22 segundos. Perguntado sobre o seu segredo, revelou a atuação da mãe como sua psicóloga para acabar com a “sina” do vice campeão. Amor de mãe não tem preço.

05) O maior vencedor da seletiva
Ele não ganhou nenhuma prova, nem medalha, muito menos está convocado para qualquer das Seleções Australianas. Daniel Smith de 22 anos venceu um adversário muito maior. Há 11 meses, deixou o centro de reabilitação para drogas, uma das dezenas de suas internações. O histórico ainda tem dependência de drogas químicas, uso abusivo drogas recreativas, um bom período mendigando pelas ruas de Hervey Bay, outras tantas prisões pela polícia por diversos pequenos crimes. Depois de deixar as drogas, se entregar a religião pediu uma nova chance ao treinador Dennis Cotterell. Isso é apenas seis meses atrás. Era a terceira, e última, chance do treinador que revelou Daniel quando ele tinha apenas 14 anos e se tornou no maior vencedor da história em campeonatos australianos com oito medalhas de ouro superando Ian Thorpe. Daquele fenômeno das categorias inferiores, para um adulto cheio de problemas, a participação nesta seletiva para Daniel Smith foi uma nova oportunidade, uma nova vida. Ele chegou a final da prova dos 200 livre e com 1:47:86 ocupa o 14o lugar do ranking mundial de 2014. Pouco, muito pouco para uma seleção principal, mas segundo o Coach Coterell ele está no nível 1, na escala de 10. Smith gostou demais de seu resultado e garante que vai seguir treinando em busca de uma vaga no time olímpico de 2016.

06) Austrália?
Na equipe convocada pelo HOLANDÊS Jacco Verhaeren existem quatro nadadoras que não são australianas. As irmãs Cate e Bronte Campbell nasceram em Malawi na África onde viveram grande parte da infância nadando nos lagos locais.
As outras duas são britânicas. Lorna Tonks aos 25 anos já parou de nadar duas vezes. Tentou, sem sucesso três vezes chegar a uma Olimpíada sempre batendo na trave. Aos 16 anos, decidiu se mudar para a Austrália e treinando com Ken Wood desde então. Mudou sua cidadania, e depois de 10 anos, vai representar a Austrália pela primeira vez.
Ellen Gandy foi duas vezes olímpica pela Grã-Bretanha, mas vive na Austrália desde os 14 anos. Foi vice campeã mundial dos 100 borboleta em Shanghai 2011, porém depois de um resultado frustrante da Olimpíada de Londres decidiu mudar. Mudar de país para um novo recomeço. “Eu me sinto mais australiana” diz ela.

07) Dos 50 aos 200
São poucos, muito poucos nadadores na história do nado peito que se destacaram nas três provas de peito. De memória, Ed Moses talvez seja o mais próximo. Christian Sprenger havia sido na época dos trajes quando chegou a ser recordista mundial da prova dos 200 peito. Para esta seletiva, Sprenger decidiu nadar os 200 peito para saber onde estava. Ao que tudo indica, está muito bem. Hoje, ocupa o primeiro lugar do ranking mundial dos 50 peito com novo recorde australiano, primeiro lugar nos 100 peito com o primeiro 58 da temporada e segunda posição nos 200 peito. Prova em que não quer nadar no Commonwealth, mas quem duvida que ele não possa vencer?

08) A melhor família da natação australiana
Emma e David McKeon parece que tem natação no sangue e nos gens. Ela venceu os 200 livre com novo recorde australiano além de garantir vaga no revezamento 4 x 100 livre. Ele venceu os 200 e os 400 livre. A dupla é filha de um casal de ex-nadadores. O pai, Ron era treinador dos filhos até o ano passado, quando assumiu a Seleção Australiana de Águas Abertas. Foi nadador olímpico e companheiro da esposa, Susie, no Commonwealth Games de 1982 em Brisbane. Na mesma piscina que os filhos se classificaram para a Seleção na semana passada. Para deixar a coisa ainda mais familiar, o tio, Rob, irmão de Susan, também foi olímpico e estava junto na disputa do Commonwealth de 82.

09) Big Mack
O jovem de 17 anos Mack Horton chegou a sua primeira seleção absoluta. Depois de ser o maior destaque do Mundial Júnior de Dubai no ano passado, Mack ganhou vaga no time do Commonwealth ao vencer os 1500 livre e ficar em segundo na prova dos 400. Mais que isso, ainda quebrou os três primeiros dos recém estabelecidos recordes mundiais da categoria júnior nas provas de 200, 400 e 1500 livre. Para selar uma semana tão boa, nada melhor do que assinar o seu primeiro contrato profissional com a Speedo.

10) Números que dizem tudo
Seletiva Australiana convocou 59 nadadores para o Commonwealth, dos quais 15 vão para a sua primeira seleção absoluta. Quatro novos recordes australalianos, 16 marcas líderes do ranking mundial de 2014 e 47 tempos entre os três melhores do mundo este ano.
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