Foi o Blog do Coach que publicou um interessante (e triste) dado para o Troféu Maria Lenk 2014 (link).  Pelo quarto ano consecutivo, o Maria Lenk terá menos atletas do que no ano anterior. A queda é pequena em relação ao ano passado, apenas sete atletas a menos, mas em relação a 2010, são quase 100 atletas a menos.

2014 – 40 clubes, 342 atletas

2013 – 34 clubes, 349 atletas

2012 – 36 clubes, 362 atletas

2011 – 34 clubes, 386 atletas

2010 – 41 clubes, 434 atletas

O número de clubes tem se mantido na mesma faixa. Este ano, são 38 clubes mais uma nadadora argentina, Manuela Morano e Frederico Veloso Castro que nada em observação por não ter completado o processo de transferência para o Botafogo em tempo.

Em número de atletas, 342, sendo 185 homens e 157 mulheres. Pinheiros é o maior clube da competição com 75 nadadores, seguido de Corinthians 57 e Minas 42. Depois, Unisanta 30, SESI-SP 27 e Grêmio Náutico União com 21.

Participam apenas 13 dos 27 Estados. São Paulo tem 15 clubes e 229 nadadores. Ou seja, apenas 113 dos demais 12 estados.

O Rio de Janeiro nunca chegou tão mal a um Troféu Maria Lenk. Apenas três clubes, Botafogo, Fluminense e Flamengo, e 17 nadadores das três equipes combinadas. Nenhuma delas nadando as provas de revezamento.

Outro dado que assusta é de que das 40 equipes participantes, 19 nadam o Maria Lenk com apenas um nadador.

Revezamento também é algo em extinção no Maria Lenk. São apenas oito equipes no masculino e sete no feminino.

Confira a relação de atletas por clube publicada pela CBDA;

inscritosMariaLenk2014

1 responder
  1. Ana Catarina de Azevedo-Scherer
    Ana Catarina de Azevedo-Scherer says:

    È um fato trista mas previsível. E antes de mais nada, quero adicionar que tenho credibilidade para meus comentários que seguirão. Fui recordista sulamericana por doze anos, finalista do NCAA, campeã brasileira e ranqueada número 10 no mundo nos 100 de costas. Desde os anos 90, quando nadei na seleção brasileira e consegui esses feitos, pouco mudou no Brasil. De fato, como diz um grande amigo e ex-companheiro de seleção, as coisas só pioraram. Vi de perto a falta de visão, coordenação e planejamento da CBDA, tanto como nadadora como quanto patrocinadora dessa entidade através da minha empresa Hammerhead no ano passado. Investimento nos atletas de ponta, atletas de base, nos técnicos, nos clubes, nas competições, foco nos atletas e nas suas necessidades, nada disso existe de uma maneira não paliativa e que foque em um crescimento a longo prazo do esporte no Brasil. Não falta dinheiro – falta visão e comprometimento com o esporte. Não falta gente querendo ajudar – falta humildade para escutar e aprender com os outros. Não faltam atletas e técnicos competentes – falta uma parceria de verdade da entidade CBDA junto aos que fazem o dia a dia da natação no país. Enquanto uma visão maior do que interesses pequenos e individuais não seja o compasso que guia a CBDA, vamos assistir a natação minguar ou não progredir sendo aquilo que era no passado, ou pior, retrocedendo e piorando sua qualidade. E você que lê esse comentário e que pensa: “Não posso fazer nada sobre isso”; lembre-se que a sua voz importa e que quando temos um objetivo maior do que nós mesmos, deixamos brilhar o líder que está dentro de nós. Muitos tem essa capacidade de liderança, a causa está aí para ser abraçada.

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