Completando nossa análise de projeção para o resultado do Troféu Maria Lenk 2014, o terceiro elemento, depois da “competição no papel” e da disputa dos revezamentos, é a briga pela bonificação dos pontos de recordes. Esta competição é a mais esperada e destacada pois evidencia o nível da disputa incrementando o nível de performance.

Os clubes e atletas estão em buscas das marcas e dos pontos para a classificação geral. Recordes de campeonato valem 18 pontos, recordes brasileiros valem 35, os recordes sul-americanos dão 70 pontos e caso sair algum recorde mundial, são 350 pontos.

Confira o levantamento e análise da Best Swimming para os recordes que estão ameaçados neste Troféu Maria Lenk:

200 livre feminino – O recorde sul-americano é de Manuella Lyrio do Minas 1:59:52 feitos nas eliminatórias do Mundial de Barcelona no ano passado. A recordista seria a holandesa Femke Heemskerk que retornou para seu país decalcando a equipe do Minas na véspera da competição. Aumentou a responsabilidade para Manuella sair em busca do seu próprio recorde.

200 livre masculino – O recorde é de Thiago Pereira 1:46:57 do Mundial de Roma. João de Lucca do Pinheiros venceu o NCAA pelo segundo ano consecutivo. Sua marca de 1:31:96 dá algo na casa dos 1:44. É esperar e ver se João de Lucca consegue extender o polimento do NCAA até o Maria Lenk e sair em busca desta marca.

100 costas feminino – Etiene Medeiros é hoje a melhor nadadora brasileira nas provas de velocidade do nado costas. O seu tempo de 1:01:00 ainda está 93 centésimos longe do recorde sul-americano de Fabíola Molina. Entretanto, esta diferença pode e deve cair, e quem sabe se souber acertar os parciais não possa chegar a este tempo tão sonhado.

100 borboleta feminino – O recorde sul-americano é de Gabriella Silva 56:94 na final do Mundial de Roma em 2009. A holandesa Inge Dekker do Minas nadou na Eindhoven Cup no final de semana passado para 57:33, terceiro tempo do mundo nesta temporada. A dinamarquesa Jeanette Ottesen do Corinthians nadou para 57:78 na mesma competição. O recorde holandês é 56:61 ainda de Inge de Bruin desde 2000 e o recorde da Dinamarca é de Ottesen com 57:19 feitos no Mundial do ano passado em Barcelona.

400 medley feminino – A argentina Georgina Bardach fez história com seus 4:37:51 em Atenas 2004 levando o bronze. O recorde deverá ser batido pela húngara Katinka Hosszu do Corinthians. Em fevereiro, sem descansar, ela nadou no Meeting de Nice na França para 4:37:78. A expectativa do marido e treinador, Shane Tusup, é de uma marca líder do ranking mundial em 2014.

50 livre feminino – O recorde é de Arlene Semeco da Venezuela com 24:76. Aqui, além das gringas também tem a gaúcha Graciele Hermann do União. No Open em dezembro, ela nadou para 25:02. Jeanette Ottesen nadou em março para 24:54 e Inge Dekker mandou 24:73 na Eindhoven Cup na semana passada.

4 x 200 livre feminino – O Minas tinha chance, mas com a saída de Femke Heemskerk, sobrou para o Corinthians. O recorde é nosso histórico 8:05:29 da Olimpíada de Atenas em 2004. O recorde de campeonato foi o do Minas no ano passado com 8:09:54.

200 borboleta feminino – A marca é de Joanna Maranhão 2:09:41 feitos em 2009. Katinka Hosszu tem 2:04:27 desde 2009. Este ano, ela já nadou para 2:08:47 no Grand Prix de Orlando em fevereiro.

50 costas masculino – Recorde sul-americano batido por Daniel Orzechowski em 2012 com 24:44. Guilherme Guido do Pinheiros é um dos que persegue esta marca.

50 costas feminino – Aqui é a praia de Etiene Medeiros. Sua prova favorita e o recorde de 27:70 de Fabíola Molina. Etiene fez 27:95 na semana passada na Eindhoven Cup, quinto tempo do mundo em 2014.

200 medley feminino – Outra marca de Joanna Maranhão 2:12:12 do Mundial de Roma em 2009. Katinka Hosszu tem 2:07:46 também em 2009. Este ano, Katinka nadou para 2:10:97 na Flanders Cup na Bélgica no mês de janeiro.

50 borboleta feminino – O recorde é de Daynara de Paula 25:85 final do Mundial de 2009. Inge Dekker do Minas nadou para 25:55 na Eindhoven Cup e Jeanette Ottesen do Corinthians mandou 25:62 em março.

50 borboleta masculino – A marca é 22:76 de César Cielo do Maria Lenk 2012. Vai ser mais um daqueles sensacionais duelos entre Cielo e Nicholas Santos.

400 livre masculino – O recorde sul-americano mais antigo da natação masculina. Ricardo Monastério da Venezuela tem 3:50:01 desde os Jogos Pan Americanos de 2003 em Santo Domingo. Leonardo de Deus com 3:51:32 no Open do ano passado vai para cima da marca. O recorde brasileiro é de Armando Negreiros com 3:51:18 do Pan de 2007.

100 livre feminino – Tatiana Lemos mandou 54:72 no Open de 2009. A marca pode ser batida pela dinamarquesa Jeanette Ottesen do Corinthians que mandou 53:96 na Eindhoven Cup na semana passada. Femke Heemskerk do Minas era a favorita, mas com a doença e a sua saída da competição, a coisa virou para o Corinthians.

50 peito masculino – Felipe França, agora no Corinthians, mandou 26:76 em 2009. No ano passado, venceu o Open com 27:03 e vai para cima da marca.

200 costas feminino – O recorde é o mais recente da natação brasileira. Foi no Julio De Lamare do ano passado com Natália de Luccas do Corinthians 2:12:09. Aqui o Timão vai ter Katinka Hosszu para ganhar os pontos já que seu melhor é 2:09:08 e Natália em busca de quebrar a sua própria marca continental.

ANÁLISE FINAL –

Se na competição do papel deu Corinthians, nos revezamentos foi Minas, aqui nos recordes a vantagem é do Corinthians.

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