A mudança de nacionalidade para Arkady Vyatchanin

Quem quer Vyatchanin???

Depois de 12 anos de Seleção Nacional Russa, Arkady Vyatchanin decidiu abrir mão da sua cidadania e está em busca de uma nova pátria. Vyatchanin, duas vezes medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de 2008 em Beijing, não está em busca de melhores condições de trabalho nem motivação financeira. Seu rompimento com a Federação Russa é pessoal mesmo.

A reclamação de nadadores russos que treinam fora do país também é a mesma. Há um tratamento diferenciado e muitas vezes um boicote aos atletas que decidem treinar fora. Vyatchanin sofreu isso e respondeu com duras críticas a Federação.

Esta semana, o site Swimvortex publicou um Twitter indicando que seria uma boa as pazes entre os dois especialmente após os bons resultados de Vyatchanin no Grand Prix de Charlotte.

In 1:55, @Arkady_V swims a 200m back in Charlotte worthy of a call from Vlad Salnikov starting “sorry, can we talk…” http://t.co/2Bvvb9gU2Y

— swimvortex.com (@swimvortex) May 19, 2014

O próprio Vyatchanin indicou que seria muito difícil, ou até impossível que o Presidente da Federação Russa, Vladimir Salnikov, aceitasse uma reconciliação.

@swimvortex Can’t imagine Salnikov saying “I’m sorry”. 🙂

— Arkady Vyatchanin (@Arkady_V) May 19, 2014

Arkady no GP de Charlotte.

Existem regras específicas que prevêm todo o processo de mudança de nacionalidade dentro do esporte olímpico. O Comitê Olímpico Internacional na sua Carta Olímpica determina alguns pontos na regra 41 enumeradas abaixo:

• A mudança de nacionalidade para um atleta disputar a Olimpíada precisa ter um intervalo de três anos entre a última representação internacional do atleta.
• O período pode ser reduzido caso haja acordo entre as nações envolvidas, com a devida aprovação da Federação Internacional do esporte e do Comitê Olímpico Internacional.

A regra na sua íntegra pode ser conferida aqui: (Regra específica pag 78)
http://www.olympic.org/documents/olympic_charter_en.pdf

A FINA também tem uma regra específica sobre o caso. A nova regra aprovada no ano passado no Congresso de Barcelona determina que o atleta deverá residir um ano completo no novo país antes de poder representá-lo internacionalmente.

Residência neste caso é especiicada como o local onde o atleta passa o maior número de dias por ano. Assim, não se pode fazer uma mudança de nacionalidade sem viver no “novo país” apenas para ganhar a cidadania esportiva.

Confira a lista da FINA na sua íntegra: (Regra específica pag 113)
http://www.fina.org/H2O/docs/rules/FINAgeneralrules_20132017.pdf