O Blog do Coach destacou há alguns dias que o “47 é um bicho em extinção, mas estamos em plena temporada de caça” (link). E não deu outra, acabou saindo.

Foi o russo Vlad Morozov que venceu a seletiva nacional de seu país em Moscou marcando 47.98, o primeiro sub 48 do ano e numa barreira que não era rompida desde outubro do ano passado. Morozov fez uma prova forte, saiu na frente e manteve a liderança desde o princípio. Passou com 22.70 e voltou com 25.28.

Os russos conseguiram alinhar um bom 4×100 livre com mais quatro nadadores na casa dos 48 segundos. Pela ordem Alexander Sukhorov 48.33, Danila Izotov 48.41, Andrey Grechin 48.64 e Nikita Lobintsev 48.74. Isso faz do time da casa os favoritos para o título do 4×100 livre em Kazan.

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Aliás, foi em Kazan a última, e únicas vezes, que Morozov havia nadado para 47. Ele fez 47.93 na seletiva nacional de 2013 e depois 47.62 no título da Universíade. Dias depois, ele junto de seus companheiros ganhava o ouro no 4×100 livre com tempo que acabou o ano como a melhor marca da temporada, melhor até que o feito pela França campeã mundial algumas semanas depois em Barcelona.

Vlad Morozov está com 23 anos de idade. Segue treinando no Trojans Swim Club na Califórnia, Estados Unidos, sob o comando do treinador americano Dave Salo. Ele e vários outros deste time russo (Sukhorov, Grechin, Lobintsev e Yulia Efimova).

Ele se mudou para América quando tinha 14 anos de idade. Chegou a aplicar para a cidadania americana, mas com a demora e principalmente seu interesse em poder competir nos Jogos Olímpicos de Londres decidiu manter o passaporte russo. Nadador de destaque na Califórnia, foi bi campeão do NCAA nos 50 e 100 livre nadando pela University Southern California.

Com o benefício de ofertas de patrocinadaores e bonus da Federação Russa, Morozov abriu mão da sua quarta e última temporada universitária para se profissionalizar. No ano passado, a convite do vice presidente da Federação Russa, Viktor Advienko, fez uma temporada de treinamentos na Rússia. Os resultados no Europeu foram péssimos e a partir de então decidiu que fará toda a sua programação e preparação com Dave Salo.

Outros vencedores das finais de hoje da seletiva russa:

200 peito feminino – Yulia Efimova 2:22.12
200 borboleta masculino – Alexander Kudashev 1:56.30
200 medley masculino – Ivan Trophimov 2:00.08
1500 livre feminino – Darya Kulik 17:13.82

O Campeonato Russo segue em andamento até quinta-feira em Moscou, na piscina do Olympinski.

4 respostas
  1. dory
    dory says:

    So saberemos mesmo as reais chances do Brasil em Kazan,veremos se na hora H estarão todos os nossos principais atletas,e como reagiram na competição.

  2. Carlos Baiano
    Carlos Baiano says:

    DDias,
    Espero, sinceramente, que vc esteja correto. Mas, racionalmente, sou obrigado a discordar, senão vejamos.
    Como vc bem frisou, Rússia e França estão em outro patamar.
    A Austrália, como vc ressaltou, é um ótimo time. E se o problema deles, supostamente, for o garoto Kyle Chalmers, então nós temos o mesmo problema, já que Matheus Santana também é novato. Quanto à Magnussen, as piores marcas dele superam nosso melhor nadador…
    Os tempos da seletiva italiana falam por si só.
    Pra não ser chato, concordo que é possível bater os EUA (embora eu duvide!).
    É isso.
    Abraços.

  3. DDias
    DDias says:

    Carlos Baiano,
    enquanto eu concordo com você que a CBDA precisa investir no 4x100livres, dizer que o Brasil não tem condições de superar A,B, ou C é um erro.Se for julgar momento, já corto os EUA da sua lista.Com Feigen mal e Phelps fora, ficará muito difícil para os americanos.A Austrália é um ótimo time, mas tem um garoto novo, que não sabemos como segurará os nervos no grande palco e um irregular Magnussen com treinador novo.Rússia e França podem estar um pouco a frente, mas há muito o que fazer até lá.E será a primeira vez em muitos anos que teremos um A Team nadando.

  4. Carlos Baiano
    Carlos Baiano says:

    Não quero ser insistente. Apenas quero ser realista, em ordem a fazer com que reflitamos sobre a necessidade de incrementar nosso revezamento 4x100m livre masculino, a fim de que um pódio nas olimpíadas que se avizinham seja, de fato, possível.
    No cenário atual, o Brasil (salvo acontecimentos excepcionais, como uma desclassificação) não tem condições de superar as seguintes seleções:
    França;
    Austrália;
    Rússia;
    Estados Unidos;
    Itália.
    A CBDA precisa investir pesado neste revezamento, tendo em vista que este é o REAL panorama atual da prova.

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