A russa Yulia Efimova vai disputar no Rio a sua terceira Olimpíada. aos 23 anos, Efimova conheceu o país durante o Carnaval quando veio fazer um training camp acompanhada de seu namorado e companheiro de treino Nikita Lobintsev e seu pai, Andrei Efimov.

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Campeã mundial dos 100 peito em Kazan 2015 

Os três, até conheceram o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, a praia, mas gastaram mais do seu tempo treinando na piscina do Maria Lenk. Foi a oportunidade de ver onde a nadadora vai nadar em busca do seu primeiro ouro olímpico.

Efimova tinha apenas 16 anos quando disputou sua primeira Olimpíada em Beijing 2008. Uma oportunidade e tanto para uma jovem daquela idade e que não fez feio, terminou em quarto lugar nos 100 peito com 1:07.43 e em quinto lugar nos 200 peito com 2:23.76, além de um quinto lugar no revezamenot 4×100 medley. Foram apenas nove centésimos de um bronze nos 100 peito e 74 centésimos de uma medalha nos 200 peito.

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Em Londres 2012, Yulia Efimova retornou com 20 anos de idade e novamente chegou a três finais, sétima colocada nos 100 peito, quarta colocada no revezamento 4×100 medley e a primeira medalha, um bronze nos 200 peito.

Foi uma performance crescente desde as eliminatórias. A russa passou para a semifinal com um modesto 14o lugar de 2:26.83 empatada com a sul-coreana Jeong Da-Rae. Bem melhor foi sua performance na semifinal, quarto tempo com 2:23.02. Nem parecia a mesma nadadora. Na final, uma prova muito forte.

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A americana Rebecca Soni se sagrou campeã olímpica e bateu o recorde mundial pela segunda vez, desta vez, quebrando a barreira dos 2:20 pela primeira vez. A japonesa Satomi Suzuki foi prata igualando o recorde asiático da prova enquanto Yulia Efimova levava o bronze com novo recorde europeu.

Enquanto Rebecca Soni fez uma prova impressionante desde o início, Efimova e sua forma de crescer na prova teve o melhor final. Depois de passar em sétima nos 50 e 100 metros, a russa melhorou duas posições na altura dos 150 metros. Mesmo virando em quinto, o último parcial de 35.49 foi melhor até que o parcial final de Soni (35.64). Efimova levou o bronze e sua primeira medalha olímpica.

Na carreira, são 24 medalhas internacionais, além do bronze olímpico, 10 em Campeonatos Mundiais de Longa, uma em Mundial de Curta, quatro nas Universíades, cinco em Europeus de Longa e mais três em Europeus de Curta.

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Ainda houveram mais cinco medalhas cassadas pelo teste positivo por um esteróide anabólico em teste surpresa em outubro de 2013. O esteróide DHEA foi detectado depois de um ano de grandes resultados para a nadadora. No Mundial de Barcelona, Efimova foi campeã mundial dos 50 e 200 peito além de uma para nos 100 peito. Fechando a temporada, o Campeonato Europeu de Piscina Curta em Herning, na Dinamarca. Foram cinco medalhas, quatro delas de ouro, 50 e 200 peito, mais os revezamentos 4×50 medley e 4×50 medley misto, além de uma prata nos 100 peito. Os revezamentos também foram novos recordes mundiais.

Recorde mundial dos 50 peito no Mundial de 2013 

O que havia sido a melhor competição da sua carreira, se tornou na maior decepção. O resultado do teste positivo demorou para sair, somente em janeiro de 2014 e uma punição retroativa que só viria a sair em maio. Efimova ficou 16 meses suspensa, de 31 de outubro de 2013 a 28 de fevereiro de 2015.

Nascida na cidade de Grozny, no coração da tumultuada e cheia de conflito Chechênia. Saiu de lá na juventude, fugindo da guerra civil que até hoje se mantém. O pai, Andrei Efimov, foi seu primeiro treinador e responsável pelo programa até se mudar para os Estados Unidos onde nada no Trojan Swim Club com Dave Salo.

Junto com o namorado Nikita Lobintsev

Junto com o namorado Nikita Lobintsev

Foi nos Estados Unidos que Efimova comprou o tal suplemento numa loja sem saber que estava consumindo algo proibido. Algo que lhe custou 16 meses de suspensão e a suspeita de fazer parte do tão controverso sistema de controle anti-dopagem da Rússia.

Efimova ficou suspensa, mas treinou durante todo o período. Retornou as competições em fevereiro do ano passado, em tempo suficiente para se preparar e se tornar na maior estrela da Rússia no Mundial de Kazan. Foi a única medalha de ouro, levou os 100 peito com 1:05.66 e ainda um bronze nos 50 peito. Mesmo assim, falhou nos 200 peito onde estava balizada com um dos melhores tempos e acabou em 17o, nem passando das eliminatórias.

A decepção dos 200 peito em Kazan 

https://www.youtube.com/watch?v=SsgRUFRT1sg

Ao final do Mundial, travou uma batalha pública com a Federação de Natação da Rússia. Protestou em nome de seus companheiros de seleção, criticou o sistema de convocação e principalmente os dirigentes russos. Ganhou a simpatia do Ministro do Esporte, Vitaly Mutko, que prometeu providências nas suas reinvidicações.

Ativa nas redes sociais, Efimova mantém seus fãs atualizados de sua rotina, seus treinos, suas competições. Foi através dela que se soube que a russa havia nadado o melhor 100 peito do ano em um treinamento.

No Arena Pro Swim Series em Orlando, Efimova nadou o melhor 100 peito do ano. Fez 1:05.70 e mais impressionante foi a prova dos 200 peito, 2:21.41, marca que aparece em segundo lugar no ranking do ano, mas incrivelmente feito em parciais de 1:10 e 1:11 a cada 100 metros.

Campeã mundial universitária em 2013 em Kazan 

Yulia Efimova é surprendente. Cresce em suas provas, consegue passar atrás e se recuperar de forma impressionante. É das poucas nadadoras de nível mundial que consegue ser competitiva desde os 50 até os 200 metros de seu estilo.

No Rio 2016, Yulia Efimova nada em busca de algo que ainda não tem, o ouro olímpico.

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Melhores marcas de Yulia Efimova, todos recordes nacionais da Rússia:
50 peito – 29.52 na longa, 28.71 na curta
100 peito – 1:05.02 na longa, 1:02.96 na curta
200 peito – 2:19.41 na longa, 2:14.35 na curta

Na série da Best Swimming até agora:
Série da Best Swimming 40 estrelas para brilhar no Rio 2016 até agora:
#1 Therese Alshammar, Suécia
#2 Laszlo Cseh, Hungria
#3 Adam Peaty, Grã-Bretanha
#4 Nathan Adrian, Estados Unidos
#5 Ruta Meilutyte, Lituânia
#6 Shiwen Ye, China
#7 Katinka Hosszu, Hungria
#8 Ryan Lochte, Estados Unidos
#9 Florent Manaudou,França
#10 Paul Biedermann, Alemanha
#11 Chad Le Clos, África do Sul
#12 Emily Seebohm, Austrália
#13 Yulia Efimova, Rússia

Na próxima: Katie Ledecky, Estados Unidos

1 responder
  1. Helio
    Helio says:

    Acho que ela não vai brilhar no Rio, não vai nem vir pra cá. Assim como Sharapova, testou positivo para meldonium, é possível que toda a carreira dela acabe agora.

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