Saiu a primeira medalha do Brasil na natação do Mundial dos Esportes Aquáticos. Veio com Nicholas Santos e um bronze nos 50 metros borboleta. Confira o dia prova a prova:

100 metros peito masculino

Não saiu a quebra de recorde mundial, mas não apagou a bela fase que vive Adam Peaty, cada vez mais evidenciado como o mais dominante atleta da natação mundial. Venceu com 57.14 deixando o compatriota James Wilby em segundo com 58.46. O chinês Zibei Yan bateu o recorde asiático pela segunda vez para levar o bronze com 58.63.

Na prova, Peaty saiu bem, 0.62 de reação, fez um parcial de 26.60, três centésimos mais forte do que havia feito nas semifinais quando bateu o recorde mundial. A diferença foi a volta. Na semifinal quando marcou 56.88 voltou com 30.25. Agora para os 57.14 voltou com 30.54.

Adam Peaty completou o tri campeonato mundial da prova:
2015, Kazan – 58.52
2017, Budapeste – 57.47
2019, Gwangju – 57.14

Semifinal 100 metros costas masculino

Guilherme Guido. 100m costas. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 22 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Guilherme Guido repetiu o sétimo lugar de classificação para a final dos 100 costas que havia acontecido em Budapeste, em 2017. Desta vez, nadou cinco décimos mais rápido, 53.23, mas entrou no mesmo sétimo posto. Prova bem mais forte e com cinco nadadores na casa dos 52 segundos. O melhor Xu Jiayu da China com 52.17 estabelecendo novo recorde de campeonato superando os 52.19 que eram de Aaron Peirsol desde 2009.

Guido quebrou a barreira dos 53 segundos pela primeira vez na carreira nas eliminatórias classificando com o segundo tempo para a semifinal com 52.95, novo recorde sul-americano. A marca anterior era do próprio Guido, 53.09 do Open de 2015.

Comparando as performances de Guido nas eliminatórias e na semifinal:
Eliminatória – 25.31, 27.64, 52.95
Semifinal – 25.34, 27.89, 53.23

A prova teve 18 nadadores na semifinal por conta dos episódios com problema dos acessórios de saída de costas. A FINA decidiu não retirar os dois nadadores que ganharam vaga para a semifinal e ainda acrescentou os dois atletas que completaram a prova nadando sozinhos nas eliminatórias.

Para a final de manhã, Robert Glinta da Romênia entrou com o oitavo tempo marcando 53.40. A surpresa foi ver Kliment Kolesnikov terminando em nono lugar com 53.44. Os nadadores que tiveram problemas com a saída, Simone Sabbioni da Itália e Dylan Carter de Trinidad & Tobago não conseguiram vaga para a final terminando respectivamente em 12o lugar com 53.71 e 16o lugar com 54.08.

Semifinal 100 metros peito feminino
Mais um capítulo da maior rivalidade da natação mundial entre as mulheres. Yulia Efimova da Rússia entrou com o melhor tempo para a final com 1:05.56, apenas um décimo a menos do que a americana Lilly King que na segunda série marcou 1:05.66. A briga pelo ouro é entre as duas e depois um equilíbrio muito grande com todas as finalistas na casa do 1:06.

Ainda tivemos um desempate para ver que ficava na raia 8, com a italiana Arianna Castiglioni batendo a belga Fanny Lecluyse 1:06.39 contra 1:07.22 depois empatarem na mesma série com 1:06.97.

Semifinal 200 metros nado livre masculino

Fernando Scheffer. 200m livre. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 22 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Foi por pouco, apenas sete centésimos deixaram Fernando Scheffer de fora da final da prova. Ele terminou em quarto lugar na primeira série com 1:45.83 e a oitava vaga ficou para o italiano Filippo Megli com 1:45.76.
Melhor tempo para a bela atuação do australiano Clyde Lewis o único a nadar abaixo do 1:45, marcando 1:44.90. Sua melhor marca pessoal era 1:45.88 e agora já pode sonhar com o recorde australiano que ainda é de Ian Thorpe com 1:44.06 desde 2001. Sun Yang 1:45.31 e Danas Rapsys com 1:45.44 completam o top 3 da semifinal.

Fernando Scheffer marcou 1:45.83 com os seguintes parciais:
24.89, 51.49 (26.60), 1:18.45 (26.96) e 1:45.83 (27.38).

Na passagem para a final, nenhum americano no Top 8 e James Guy da Grã-Bretanha e o australiano Kyle Chalmers ficaram de fora.

100 metros borboleta feminino


A grande zebra da competição até agora. Para uma nadadora que nunca tinha nadado para abaixo dos 57 segundos, disputa seu primeiro Mundial, chega a final e vence uma das maiores nadadoras da história da prova. O sonho de Margaret MacNeil do Canadá se fez realidade ao vencer a prova dos 100 borboleta com 55.83, novo recorde nacional de seu país e também das Américas que era da americana Dana Vollmer com 55.98 desde os Jogos Olímpicos de 2012.

Sarah Sjoestroem da Suécia disputou sua sexta final de Mundial nesta prova, lutava pelo tetra campeonato e seu quinto título. Saiu na frente, virou em primeiro lugar com 25.96, única abaixo dos 26 segundos e voltou com 30.26 terminando na segunda colocação com 56.22.

MacNeil foi bem mais econômica, virou em quinto lugar com 26.77, mas uma volta muito boa de 29.06, para o seu 55.83 da vitória. O recorde canadense era de Penny Oleksiak 56.46 bronze nos Jogos do Rio em 2016.

O Canadá nunca havia ganho esta prova em Mundiais, e a última medalha havia sido um bronze em 1978.

No pódio, MacNeil campeã 55.83, prata para Sjoestroem 56.22 e a australiana Emma McKeon levando o bronze com 56.61. Foram as três as únicas abaixo da barreira dos 57 segundos.

Semifinal 100 metros costas feminino
Três nadadoras na casa dos 58 segundos, melhor para a canadense Kylie Masse com 58.50. A japonesa Natsumi Sakai foi quem ficou com a oitava vaga para a final com 59.71. Surpresa foi ver de fora da final a italiana Margherita Panziera em 11o lugar com 59.83 e a britânia Georgia Davies em 12o com 59.90.

50 metros borboleta masculino

Nicholas Santos. 50m borboleta. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 22 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Nicholas Santos fez história, mais uma vez. O sonho era do ouro, mas o bronze veio de bom tamanho. Nicholas ficou em terceiro lugar ganhando a primeira medalha do Brasil no Mundial marcando 22.79. A prova foi dominada pelo americano Caeleb Dressel que bateu os recordes de campeonato e das Américas nas semifinais com 22.56. Na final, ele elevou o nível do prova ainda mais ao vencer com 22.35, segundo melhor tempo da história. Conseguiu colocar 35 centésimos de vantagem sobre o russo Oleg Kostin, terceiro colocado com 22.70.

Nicholas teve boa saída, velocidade de reação de 0.60, a segunda da prova, mas a melhor do pódio. Desta vez acertou a chegada e com 22.79 levou o bronze apenas um centésimo a frente de Michael Andrew.

Em 2015, em Kazan, na Rússia, Nicholas foi prata na prova e com 35 anos de idade se sagrou no medalhista mais velho da história dos Mundiais. Em 2017, em Budapeste, na Hungria, Nicholas aumentou o recorde com a prata aos 37, e agora aos 39 anos, leva o bronze como o mais velho nadador a subir ao pódio nos Mundiais de Natação.

200 metros medley feminino


Katinka Hosszu, como esperado, e sem ser jamais ameaçada, conquistou o tetra campeonato mundial da prova vencendo com 2:07.53. Foi pior do que fez na semifinal com 2:07.17 que foi pior do que fez na eliminatória 2:07.02. A húngara fez os seguintes parciais:
27.78 de borboleta, virando em quarto lugar
32.60 de costas, passando para a segunda posição
35.65 de peito, tomando a liderança
30.59 de crawl

Comparados com seus outros títulos de campeã mundial dos 200 medley:
2013, Barcelona – 2:07.92
2015, Kazan – 2:06.12 recorde mundial
2017, Budapeste – 2:07.00
2019, Gwangju – 2:07.53

Hosszu campeã com Ye Shiwen da China em segundo lugar com 2:08.60 e a canadense Sydney Pickrem em terceiro com 2:08.70. Shiwen não ganhava uma medalha nesta prova desde o seu primeiro título mundial, em 2011, em Shanghai.

Tivemos uma desclassificação na prova, Yui Ohashi do Japão que estava entre as favoritas e foi medalhista de prata desta prova em Budapeste 2017.

Resultados completos:

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