Bons resultados, uma desclassificação logo na primeira prova, Guilherme Guido repetindo o sétimo lugar de Budapeste, Felipe Lima e João Gomes Jr. fazendo a sua parte e classificando e Leo de Deus com o quarto tempo para a final dos 200 borboleta. Veja como foi o dia 3 da natação do Mundial de Gwangju, prova a prova.

200 metros nado livre masculino
A prova e o momento mais explosivo do dia. Tivemos alternância de liderança com um nadador que tocou na frente, mas não levou. Danas Rapsys da Lituânia foi o mais rápido 1:44.73, mas foi desclassificado por ter se mexido no bloco de partida. E se mexeu mesmo!
Melhor para Sun Yang da China, campeão com 1:44.93 chegando ao seu segundo ouro neste Mundial, sua segunda conquista consecutiva nesta prova e a 11a medalha de ouro individual em Mundiais. Com isso, de forma isolada se torna no segundo maior medalhista individual da história da competição. Na sua frente, apenas Michael Phelps com 15 ouros.
Na disputa, o australiano Clyde Lewis saiu na frente, líder dos 50, nos 100, mas caiu muito no final e acabou em sexto lugar com 1;45.78. Sun Yang e sua tradicional forma de segurar no início, passou os primeiros 50 metros em sétimo, melhorou para quinto nos 100 metros, tomou a frente nos 150 e foi ultrapassado por Rapsys na parte final da prova.
Parciais do campeão Sun Yang:
24.97, 51.73 (26.76), 1:18.33 (26.60), 1:44.93 (26.60).
Pódio ficou com Sun Yang 1:44.93 ouro, prata para o japonês Katsuhiro Matsumoto 1:45.22 e um bronze empatado com Martin Malyutin da Rússia e Scott Duncan da Grã-Bretanha com 1:45.63.
No pódio uma cena ainda mais lamentável do que havíamos tido nos 400 metros nado livre. Sun Yang proferiu por mais de uma vez ataques verbais ao britânico Duncan Scott que, repetindo Mack Horton, na cerimônia não cumprimentou o chinês nem subiu junto ao pódio. O caso tomou proporções inaceitáveis e a FINA precisa tomar uma providência. As cenas foram horríveis para o esporte.

1500 metros nado livre feminino
A prova sem Katie Ledecky, dona das nove melhores marcas do mundo em todos os tempos, era para não ter graça. Ainda bem que Simona Quadarella da Itália nos abrilhantou com uma bela performance. Venceu com 15:40.89 superou um antigo recorde italiano, os 15:44.93 de Alessia Filippi de 2009, na época, recorde mundial. A performance foi a 11a melhor da história.
E foi de ponta aponta, sem jamais ser ameaçada. Seus parciais:
1:00.13, 2:02.02, 3:04.13, 4:06.62, 5:09.15, 6:11.74, 7:14.91, 8:17.95, 9:21.19, 10:24.50, 11:28.10, 12:31.84, 13:35.59, 14:39.16 e 15:40.89.
Pódio da prova ficou com Quadarella ouro 15:40.89 quebrando uma sequência de 10 anos de jejum da Itália sem vencer esta prova, prata para Sarah Kohler da Alemanha 15:48.83 e bronze para a chinesa Jianjiahe Wang com 15:51.00.
Mireia Belmonte da Espanha, vice campeã mundial em 2017, e que entrou na final com a saída de Katie Ledecky, terminou em oitavo lugar com 16:02.10. Melhorou seis segundos em relação ao seu tempo das eliminatórias, mas ainda ficou a 12 segundos da sua melhor marca pessoal.

Semifinal 50 metros peito masculino
Missão cumprida até agora, desafio segue difícil. Brasileiros que chegaram com os dois melhores tempos do mundo no ano neste Mundial, Adam Peaty já fez 26.28 nas eliminatórias e baixou ainda mais na semifinal para 26.11. É o franco favorito. Felipe Lima entrou com o segundo tempo 26.62 e João Luiz Gomes Jr. passou com quinto com 26.84.
Na prova, Felipe teve melhor saída, mas sentiu um pouco o final. João teve problemas na saída, mas conseguiu crescer na prova.
Para a final, um empate entre Kirill Prigoda da Rússia e o dinamarquês Tobias Bjerg com 27.08. No desempate, melhor para Prigoda 27.09 contra 27.16 de Bjerg.
Em relação a 2017, no útimo Mundial, o oitavo classificado entrou com 26.96.

100 metros costas feminino
Prova nervosa e com tempos piores do que os da temporada e inclusive nas semifinais. Vitória de Kylie Masse do Canadá, bi campeã mundial com 58.60 depois de passar em quarto lugar com 28.56, mas garantindo a volta com 30.04. Prata para Minna Atherton da Austrália 58.85 e bronze para a americana Olivia Smoliga com 58.91.
A recordista mundial da prova Kathleen Baker dos Estados Unidos (58.00) terminou em sexto lugar com 59.56.
Não tínhamos uma bi campeã mundial de forma consecutiva desde as duas primeiras edições, Ulrike Richter da Alemanha Oriental, campeã nos anos de 1973 e 1975.
A vitória canadense nos 100 costas, somada a outra vitória dos 100 borboleta, credencia o Canadá para um belo 4×100 metros medley no último dia do Mundial.

100 metros costas masculino
Guilherme Guido repetiu o sétimo lugar de 2017, a diferença é que na época ele fez 53.66, agora 53.26. Prova teve ritmo forte, Guido até virou em segundo com 25.19, mas sentiu a volta, com 28.07. Não conseguiu repetir seus 52.95 das eliminatórias.
Bi campeão mundial Xu Jiyau da China com 52.43, parciais de 25.22 e 27.21, com uma técnica perfeita e um final de prova impressionante. Prata para Evgeny Rylov da Rússia em segundo 52.67 e Mitchell Larkin da Austrália em terceiro com 52.77.
Assim como nos 100 costas feminino, recordista mundial da prova, Ryan Murphy em quarto lugar, fora do pódio com 52.78.

Semifinal 200 metros nado livre feminino
Sem Katie Ledecky e Emma McKeon que estão lesionadas, sem Taylor Ruck que se poupou para os 100 costas, e ainda perdendo Katinka Hosszu em 17o nas eliminatórias, os 200 livre virou uma prova um tanto estranha. Ainda mais tendo Federica Pellegrini liderando sua semifinal. A italiana acabou sendo o melhor tempo da prova com 1:55.14. Australiana Ariarne Titmus, campeã dos 400 livre, ficou em segundo com 1:55.36 e Siobhan Haughey de Hong Kong em terceiro com 1:55.70. Ainda tivemos mais duas nadadoras na casa do 1:55: Sarah Sjoestroem da Suécia 1:55.70 e a chinesa Junxuan Yang que com 1:55.99 quebrou o recorde mundial júnior da prova. Disputa totalmente aberta.

Semifinal 200 metros borboleta masculino
Kristof Milak da Hungria manteve a condição de melhor do ano há dois anos. Fez 1:52.96, melhor marca da temporada e colocando mais de dois segundos de vantagem sobre o segundo colocado. O húngaro nada de forma tranquila e fecha muito forte. Seus parciais:
24.99, 54.27 (29.28), 1:23.84 (29.57), 1:52.96 (29.12).
Leo de Deus classificou em quarto lugar para a final com 1:55.71 nos seguintes parciais:
25.86, 54.88 (29.02), 1:24.95 (30.07), 1:55.71 (30.76).
Tivemos um empate na oitava vaga para a final, Antani Ivanov da Bulgária e Tamas Kenderesi marcaram 1:56.25. A disputa vai acontecer nas eliminatórias da próxima etapa (hoje 22 horas no horário de Brasília).
O outro brasileiro na prova, Luiz Altamir Melo terminou em 13o lugar marcando 1:57.43. Seus parciais:
25.62, 54.94 (29.32), 1:25.45 (30.51), 1:57.43 (31.98).
Se Altamir tivesse repetido seu melhor (1:55.83 do Pan Pacífico no ano passado) teria classificado com o quinto tempo para a final.
Leo de Deus disputou sua quinta semifinal na carreira em Mundiais na prova dos 200 borboleta. Se classifica para a sua segunda final sendo o melhor resultado até hoje o oitavo lugar em 2013 com 1:56.44.

100 metros peito feminino
A maior rivalidade da natação feminina mundial teve outro capítulo e nova vitória de Lilly King. A americana venceu com 1:04.93 contra 1:05.49 de Yulia Efimova. As duas se distanciaram do grupo e estabeleceram um confronto desde o início de prova. King melhor na saída 0.68 de reação contra 0.76 de Efimova. Também melhor início de prova para King 30.29 contra 30.70. Este esforço inicial parece ter custado caro a russa. Na volta, entre os 50 e 75 metros, Efimova cresce e parece que iria vencer, mas King, muito raçuda retoma e vence a prova com 56 centésimos de vantagem.
Lilly King ouro 1:04.93, Efimova prata 1:05.49 e a italiana Martina Carraro quebrando o seu próprio recorde nacional em terceiro com 1;06.36.
Os americanos não conquistavam o bi campeonato mundial nos 100 metros peito feminino desde Rebecca Soni nos anos de 2009 e 2011.

Link para os resultados completos:
http://omegatiming.com/2019/18th-fina-world-championships-sw-live-results

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