Deu prata para Etiene Medeiros, quarta medalha da natação brasileira em Gwangju no quinto dia de competições, etapa que tivemos dois novos recordes mundiais.
200 metros borboleta feminino
Nadar na hora certa, foi o que fez Boglarka Kapas da Hungria para vencer os 200 metros borboleta com 2:06.78, que mesmo sendo sua melhor marca pessoal, ficou longe de ser o melhor tempo do ano. Kapas passou os primeiros 50 e 100 metros na oitava posição, em quarto nos 150, e só foi assumir a liderança nos mestros finais.
Seus parciais foram:
29.27, 1:02.54 (33.27), 1:33.67 (31.13), 2:06.78 (33.11).
A dupla americana Hali Flickinger e Katie Drabot decepcionou nas marcas e acabou com as medalhas de prata e bronze respectivamente com 2:06.95 e 2:07.04.
Comparando com os Mundiais anteriores, 2:06.78 foi o tempo mais fraco de vitória em Mundiais desde 2005.
Campeã europeia dos 200 borboleta no ano passado, Kapas que era especialista nas provas de fundo tem se dedicado cada vez mais aos 200 borboleta. A Hungria nunca tinha vencido os 200 borboleta feminino em Mundiais e sai de Gwangju com vitória na prova nos dois sexos.
Semifinal 100 metros nado livre feminino
Na eliminatória, ninguém na casa dos 52 segundos. Na semifinal, foram três nadadoras, a melhor delas, a sueca Sarah Sjoestroem com 52.43. Sjoestroem é a atual vice campeã mundial nas três últimas edições.
Simone Manuel dos Estados Unidos e a britânica Freya Anderson empataram na sétima posição com 53.31 pegando as últimas vagas para a final de amanhã.
100 metros nado livre masculino
Foi quase! Caeleb Dressel fez o terceiro melhor tempo da história, se tornou no primeiro norte-americano a nadar os 100 metros nado livre abaixo da barreira dos 47 segundos. Dressel venceu com 46.96 sendo apertado no final pelo australiano Kyle Chalmers que foi prata com 47.08.
O recorde mundial de Cesar Cielo com 46.91 desde o Mundial de Roma em 2009 está mais ameaçado do que nunca. Agora, deixou de ser uma questão de “SE” para ser algo como “QUANDO”.
Dressel e Chalmers executaram provas distintas. Dressel passou mais forte 22.29 contra um 22.79 do australiano. Na volta, melhor para Chalmers 24.29 contra 24.67 do americano.
Se a briga pelo ouro ficou entre Dressel e Chalmers, o bronze foi entre três nadadores na casa dos 47 segundos. Melhor para o russo Vladislav Grinev que ficou em terceiro lugar com 24.83. O americano Blake Pieroni em quarto 47.88 e o brasileiro Marcelo Chierighini em quinto com 47.93. Foi a quarta vez que Chierighini nadou para 47 na carreira, a terceira em Gwangju.
Breno Correia não foi bem. Esteve o tempo todo longe da disputa e terminou em oitavo lugar com 48.90.
Parciais dos brasileiros
Marcelo Chierighini 22.58, 25.35, 47.93
Breno Correia 23.29, 25.61, 48.90
50 metros costas feminino
Deu prata! Etiene Medeiros saiu bem, chegou bem, mas a americana Olivia Smoliga foi melhor. Melhor na saída e também na chegada vencendo com 27.33, 11 centésimos a frente da brasileira. Foi a melhor marca pessoal de Smoliga, novo recorde nacional americano e melhor tempo do mundo em 2019. Etiene tinha feito 27.36 no Troféu Brasil e agora foi prata com 27.44.
Daria Vaskina da Rússia completou o pódio com 27.51 terminando na terceira colocação.
Semifinal 200 metros peito masculino
Novo recorde mundial para o australiano Matthew Wilson na segunda semifinal da prova com 2:06.67. Em prova espetacular, Wilson já vinha em grande melhora desde o ano passado. Venceu a seletiva nacional com 2:07.16 e agora, nadando forte desde o princípio igualou a marca mundial de Ippei Watanabe estabelecida em janeiro de 2017.
Comparando os parciais de Wilson com o recorde de Watanabe:
Wilson, Mundial 2019
28.95, 1:01.33, 1:34.02, 2:06.67
Watanabe, Torneio no Japão 2017
28.80, 1:00.77, 1:33.68, 2:06.67
Para a briga do ouro para amanhã, destaque ainda para o russo Anton Chupkov, segundo na classificação com 2:06.83. O alemão Marco Koch com 2:08.28 foi o oitavo classificado para a final.
Surpresa pela eliminação de dois britânicos que vinham em grande fase. Ross Murdoch terminou em 11o com 2:08.51 e James Wilby em 12o com 2:08.52.
200 metros medley masculino
Primeiro ouro do Japão é de Daiya Seto marcando 1:56.14. Passou em segundo no borboleta, mas desde o parcial de costas tomou a frente para não perder mais. Outros cinco nadadores chegaram na casa dos 1:56, mas foi o suiço Jeremy Desplanches quem chegou mais perto com 1:56.56 quebrando o recorde nacional de seu país pela quarta vez este ano. O americano Chase Kalisz, que era o atual campeão, terminou em terceiro com 1:56.78.
Parciais de Daiya Seto no seu 1:56.14 que é sua nova melhor marca pessoal:
24.89, 54.19 (29.30), 1:27.49 (33.30), 1:56.14 (28.65).
Semifinal 200 metros peito feminino
Com a eliminação da americana Lilly King nas eliminatórias, a prova foi chata.
Prova bem encaminhada para a russa Yulia Efimova que passou com melhor tempo para a final com 2:21.20. Destaque para Tajana Schoenmaker da África do Sul que entra com o segundo tempo com 2:21.79 estabelecendo novo recorde nacional de seu país. Schoenmaker brilhou nas Universíades onde venceu as provas de 100 e 200 metros peito.
Outra sul-africana, Kaylene Corbett entrou com a última vaga para a final com 2:24.18.
Semifinal 200 metros costas masculino
Melhor tempo do mundo em 2019, o russo Evgeny Rylov foi o único na casa do 1:55. Venceu a primeira semifinal com 1:55.48 e passa com o melhor tempo. Com quatro nadadores na casa dos 1:56, prova foi equilibrada e amanhã deve ser bem mais forte. O japonês Ryosuke Irie entrou com a oitava vaga marcando 1:57.26.
Revezamento 4×200 metros nado livre feminino
Para fechar o quinto dia, recorde mundial, o primeiro das mulheres, nas duas melhores performances da história da prova. Vitória inédita da Austrália que já havia feito história no ano passado vencendo pela primeira vez o Pan Pacífico nesta prova. Agora, era a favorita, e embora com algumas alternâncias de liderança, apenas confirmou o favoritismo. Levou com 7:41.50 deixando o time americano em segundo com 7:41.87 com o reforço de Katie Ledecky.
Na prova, Austrália abriu com sua melhor nadadora, Ariarne Titmus, as americanas colocaram Simone Manuel na fogueira. A estratégia era fazer Katie Ledecky pegar atrás e entregar na frente. Até aconteceu, mas não o suficiente. Melanie Margalis ainda fez boa prova para as americanas e conseguiu sustentar o ataque de Briann Throssell. Ficou para definir com a segunda melhor nadadora da Austrália, Emma McKeon, com a improvisada Katie McLaughlin. Deu a lógica.
Austrália ouro e recorde mundial 7:41.50, Estados Unidos prata 7:41.87 e Canadá em terceiro com 7:44.35.
Entre os parciais, o melhor de abertura para Ariarne Titmus da Austrália com 1:54.27, entre os parciais intermediários, o melhor para Penny Oleksiak fechando a equipe do Canadá com 1:54.36.
Parciais da equipe campeã e recordista:
Ariarne Titmus 1:54.27
Madison Wilson 1:56.73
Brianna Throssell 1:55.60
Emma McKeon 1:54.90
Resultados completos da quinta etapa de finais:
resultados
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