Dia de sete medalhas, dois ouros, e uma “quase vitória” com Guilherme Guido. Veja como foi o terceiro dia do Brasil no Pan.

08.08.2019 – Jogos Pan-americanos Lima 2019 – Lima (PER) – Revezamento 4×100 medley misto, ganha ouro nos jogos, em Videna, em Lima. Revezamento do Brasil no pódio.
Foto: Washington Alves/COB

100 metros nado livre feminino –
Margo Geer não tomou conhecimento das adversárias, já era esperado, só confirmou. A americana venceu com 54.17, a única abaixo dos 55 segundos. Larissa Oliveira terminou com o bronze, 55.25, passou em terceiro com 26.79, atrás de Geer (25.87) e também da outra americana Lia Neal (26.68). Na volta, Larissa passa para segundo, mas não contém o ataque da canadense Alexia Zevnik que leva a prata com 55.04, Larissa logo atrás. Daynara de Paula ficou na sétima colocação com 56.88.
Esta foi apenas a segunda medalha do Brasil nesta prova em Jogos Pan Americanos. A anterior havia sido a prata de 2007 com Flávia Delaroli. Com o ouro, Geer chegou a três medalhas douradas na competição até agora.

100 metros nado livre masculino –
Marcelo Chierighini fez o que tinha de fazer. Sair na frente, virar na frente, chegar na frente. Usando a sua velocidade, o brasileiro passa em primeiro com 22.80, quatro centésimos a frente de Nathan Adrian. Na volta, Chierighini campeão com 48.09, oito centésimos na frente de Adrian. O outro americano, Michael Chadwich chegou em terceiro com 48.88. Breno Correia, o outro brasileiro na prova, ficou em quinto lugar com 49.14.
É a primeira medalha de ouro internacional para Chierighini na prova que foi bronze em 2015 e onde o Brasil não vencia desde 2011 com Cesar Cielo.

200 metros peito feminino –
Dobradinha americana com as duas nadando abaixo do antigo recorde panamericano (2:24.38). Vitória para Anne Lazor com 2:21.40 seguida de perto por Bethany Galat 2:21.84. Bom resultado também para a argentina Julia Sebastian que chegou na terceira colocação com expressivos 2:25.43.
As brasileiras nadaram melhor na final B do que haviam feito nas eliminatórias. Pamela Alencar Souza ficou em nono lugar com 2:31.30 seguida por Bruna Leme com 2:31.98.
Parciais das brasileiras:
Pamela 33.48, 1:11.24, 1:50.20, 2:31.30
Bruna 33.62, 1:11.65, 1:51.13, 2:31.98

200 metros peito masculino –
Outra dobradinha americana e outro par de bons resultados, ambos também nadando abaixo do recorde panamericano que era do brasileiro Thiago Simon com 2:09.82. Vitória de William Licon com 2:07.62 seguido por Nicolas Fink com 2:08.16. O bronze sobrou para o mexicano Miguel de Lara com 2:11.23.
O Brasil ficou sem representantes na prova com a saída de Caio Pumputis que caiu na final B, mas foi retirado da prova para tratar da lesão na virilha. Expectativa de que consiga conter a dor e nadar melhor nos 200 metros medley.

100 metros costas feminino –
Apenas Phoebe Bacon dos Estados Unidos conseguiu nadar abaixo do minuto vencendo com 59.47. Danielle Hanus do Canadá foi prata e Etiene Medeiros levou o bronze com 1:00.67. Etiene passou forte, 29.31 e sustentou a volta para levar o terceiro lugar. Fernanda de Goeij terminou na quarta colocação marcando 1:01.59 com parciais de 30.03 e 31.56.
A medalha de Etiene foi a quarta do Brasil na prova, a sua segunda.

100 metros costas masculino –
Guilherme Guido fez tudo perfeito, saída, virada, chegada, mas o americano Daniel Carr foi melhor. Por apenas quatro centésimos, Carr 53.50 contra 53.54 do brasileiro. Carr, campeão dos 200 costas no dia anterior, passou em segundo 25.86, 47 centésimos atrás de Guido. A estratéegia era essa mesmo, passar forte e sustentar no final, mas Carr acabou chegando melhor. O bronze da prova ficou para Dylan Carter de Trinidad & Tobago com 54.42.

800 metros nado livre feminino –
No Dia da Natação Argentina, não poderia ter melhor homenagem. Delfina Pignatiello venceu os 800 metros com 8:29.42. Desta vez, de ponta a ponta, sem qualquer dificuldade e sem ser ameaçada. Colocou quase cinco segundos de vantagem sobre a americana Mariah Denigan 8:34.18, medalhista de prata.
A briga boa foi pelo bronze e melhor para o Brasil. Viviane Jungblut fez história com o terceiro lugar se tornando na primeira nadadora da história dos Jogos Pan Americanos medalhista em águas abertas, com o bronze dos 10 quilômetros na semana passada, e em piscina. Viviane fez um duelo contra a americana Rebecca Mann e especialmente contra a chilena Kristel Kobrich, mas atacando nos últimos 100 metros. Viviane foi bronze com 8:36.04, abrindo mais de um segundo no último parcial da chilena.
Foi a primeira vez que o Brasil ganhou uma medalha nesta prova em Jogos Pan Americanos. Ana Marcela Cunha, a outra brasileira na prova ficou em sétimo lugar com 8:48.33.
Parciais das brasileiras:
Viviane 1:03.09, 2:08.19, 3:13.20, 4:18.18, 5:23.24, 6:28.39, 7:33.28, 8:36.04
Ana Marcela 1:04.03, 2:10.24, 3:16.42, 4:22.32, 5:28.68, 6:35.22. 7:42.15, 8:48.33

800 metros nado livre masculino –
Disputada pela primeira vez nos Jogos Pan Americanos deu Estados Unidos e o final impressionante de prova de Andrew Abruzzo, o campeão dos 400 livre. Miguel Leite Valente chegou na segunda colocação e foi quem teve o maior tempo na liderança da prova. No início foi Marcelo Acosta de El Salvador que liderava, depois Valente e no final, somente no final, e que final, com uma pernada incrível Abruzzo venceu com 7:54.70. Valente foi prata com 7:56.37, pouco mais de um segundo acima do seu melhor feito no Troféu Brasil. O bronze ficou para o mexicano Ricardo Vargas com 7:56.78.
O outro brasileiro na prova, Diogo Villarinho ficou em sexto lugar com 8:03.17.
Parciais dos brasileiros na prova:
Valente 57.36, 1:57.23, 2:57.45, 3:57.83, 4:57.88, 5:58.04, 6:57.95, 7:56.37
Villarinho 58.09, 1:58.40, 2:59.38, 4:00.53. 5:01.83, 6:02.95, 7:04.43, 8:03.17

Revezamento 4×100 metros medley misto –
Brasil foi prata, mas não demorou muito para o placar mostrar a desclassificação do time americano. Segundo o relatório oficial, Cody Miller, o nadador de peito do time americano teria feito uma pernada irregular na virada. A dupla pernada de borboleta na virada é um dos mais comuns itens de desclassificação em provas de peito. Como a prova era de revezamento misto e com os Estados Unidos estava atrás por ter aberto com uma nadadora, as imagens oficiais de transmissão não mostraram com clareza. O time americano apresentou protesto que foi rejeitado e posteriormente houve apelação.
A organização ratificou o resultado e deu o Brasil como campeão da prova com 3:48.61, e como primeiro campeão da nova prova no Pan leva o recorde de campeonato. Canadá com 3:49.97 ficou em segundo e a Argentina em terceiro com 3:50.53.
O Brasil não conseguiu quebrar os 3:47.99 do nosso recorde sul-americano e os 3:48.61 ainda não serão o suficiente para classificar o país para esta prova nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Guilherme Guido abriu com 54.68, João Gomes Jr. fez 59.32 de peito, Giovanna Diamante 59.33 de borboleta e Larissa Oliveira fechou 55.18 de crawl.

Link para os resultados completos:
https://www.lima2019.pe/resultados

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário