Eu não sei, só consigo imaginar. Aliás, planejamento é o que mais tem por agora. Entidades em quarentena, lidando diariamente com a Pandemia, estão com tempo para organizar aquele que será o grande retorno a nossa vida normal, mas será normal? Não sei.
O esporte e a atividade física, por mais que tenhamos nos esforçado para fazer algo em casa, foram afetados. O retorno deverá ser lento e gradual. Não vai acontecer o simples fim de tudo isso que estamos vivendo e voltaremos ao normal, mas será normal? Não sei.
Tem um artigo muito bom no jornal La Nacion da Argentina (link). Nele o jornalista Alejandro Horvat descreve como será a volta a prática esportiva depois da quarentena.
As partidas de tênis serão apenas em singles, não teremos mais os apertos de mão tradicionais ao início das partidas, agora serão as raquetes a se tocar. Nadadores colocados em posições opostas das cabeceiras, ou uma raia vazia entre eles, e apenas um nadador por raia?
Os esportes coletivos então, estes são os mais afetados. O Estado de New Jersey, nos Estados Unidos, indica que vai abrir alguns parques. As quadras de basquete que normalmente estão lotadas, agora só se permitem jogos com meio de quadra.
A prática esportiva, até mesmo a volta do convívio social, é algo que vai ajudar a população até mesmo no reforço do sistema imunológico. Entretanto, nenhuma entidade, federação ou clube quer se responsabilizar por possíveis contágios e até mesmo a temida segunda onda do vírus.
Nos Estados Unidos, uma piscina no Alaska, instalou placas de alumínio entre as raias. São placas transparentes que impedem o contato físico e também a passagem de gotículas de saliva.
Fico pensando como viabilizar tudo isso. Neste momento, clubes e academias sofrem, pela falta de recursos. Caiu a arrecadação e manter uma piscina fechada e professores parados tem um custo. Ao abrir as instalações, funcionários, professores e treinadores terá outro.
Conseguiremos viabilizar estas piscinas com poucos atletas, um por raia, ou um a cada raia na piscina?
É lógico que existem os atletas de elite, aqueles que mais precisam treinar e se preparar para as competições internacionais. É assim que tem funcionado ao redor do mundo. Já voltaram na Alemanha, em Portugal, Hungria, Lituânia, Israel. No dia 4 de maio, voltam os italianos, uma semana depois, a Espanha. Apenas os atletas das seleções nacionais e com rigoroso sistema de controle e acesso.Temperatura medida e testes periódicos.
E todos nós queremos que tudo voltasse ao normal, mas será normal? Não sei.
Eu só fico imaginando o dia que todos estivermos de volta as piscinas. Pensem comigo, como vai ser bom. Ter todos atletas, alunos, professores e pais entusiasmados com o retorno das aulas, dos treinos. A piscina bombando de alegria e muita gente nadando.
Inicialmente vamos ter de passar por alguns protocolos, e talvez se perdurem por algum tempo, ou para sempre. Cumprimentos de longe, com o cotovelo, com os pés. Abraço? Por agora, nem pensar. Beijos, esquece.
Muito mais do que os cuidados com o vírus, existe o medo e a ansiedade. Estamos todos a mercê de algo novo, diferente, e que ainda não fomos capazes de entender.
Particularmente, sempre fui uma pessoa otimista. Eu sempre acho que vai dar certo! Assim foi em toda a minha vida, na minha carreira. E acho que vamos sair desta, juntos e mais fortes.
Eu juro que quero que tudo volte ao normal, mas será normal? Não sei.
Fique em casa, isso vai passar!
Coach Alex Pussieldi, editor chefe Best Swimming
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