Elas são muito especiais, sempre estão próximas de você na hora que você mais precisa, na hora que você mais quer.
Mãe é um ser tão especial, que vai além do ser físico, é espiritual.
Neste domingo de Dia das Mães, comecei a fazer um esforço e puxei aquelas que foram nossas melhores e mais emocionantes conquistas do esporte aquático nestes últimos anos. E, incrível, as mães, elas sempre estavam lá. Impressionante!
Dona Flávia Cielo, estava ao lado do Dr. Cesar Cielo, o pai, quando o “Cesão”, como ela chama, ganhou a medalha de ouro dos 50 metros nado livre em Beijing 2008. Cielo chorou várias vezes, uma delas quando foi comemorar a medalha próximo a mãe, na arquibancada, a sua primeira professora de natação.
E Dona Flávia também estava em 2012, em Londres. Desta vez, Cielo não chorou. Ele odiou o bronze dos 50 metros nado livre, foi ao pódio recebeu a medalha de terceiro lugar, mas quando passou na frente da mãe, na arquibancada do Centro Aquático de Londres, não resistiu. A troca de olhares com a mãe, sempre é muito forte. Mãe é pura energia.
Impacto grande tem a história de Thiago Pereira. Ele começou a nadar após a mãe, Dona Rose, ficar apavorada com aquela energética criança que quase morre afogada numa piscina de um familiar. Dona Rose esteve durante toda a carreira de Thiago, em todos os lugares, todas as conquistas.
O “Vai Thiago” ganhou o mundo, nasceu da garganta da mãe e até recentemente foi gritado. Thiago, já aposentado das piscinas, decidiu participar de um meio Ironman em Florianópolis, e na hora da transição da prova enquanto deixava a bicicleta para começar a correr, Dona Rose não aguentou, pegou um megafone de um fiscal de prova e gritou: “Vai Thiago”, mãe é isso. É mico, é alegria, é mãe.
Quando ganhou a medalha de bronze histórica nos 10 quilômetros da Olimpíada do Rio em 2016, Poliana Okimoto tinha seus pais na praia de Copacabana. Dona Cleo chorou com Poliana por aquele que foi o maior feito do esporte aquático feminino.
Dona Cleo acompanhou toda a trajetória de Poliana. No Munhoz, no Corinthians, Minas, Unisanta, Pinheiros, nas piscinas e nas maratonas. Mãe é assim, não cansa, se renova.
Etiene Medeiros deu um salto enorme em sua carreira depois que saiu de Recife. Depois de uma temporada no Rio, foi em São Paulo que ela encontrou os seus melhores resultados e feitos. Etiene é a pioneira em inúmeras conquistas da natação brasileira feminina.
Dona Rebeca e o marido Jamison, junto com o irmão de Etiene, Jamison, fazem sacrifícios enormes e acompanham Etiene nos mais distantes lugares. Na conquista inédita e histórica de 2014, no Catar, Dona Rebeca estava lá. Na arquibancada. E sempre foi assim. Nos Mundiais de Longa, de Curta, nos Jogos Pan Americanos, na Olimpíada. Mãe não tem limites, é paixão pura.
Ana Marcela Cunha também foi outra que saiu de casa para brilhar fora. Os pais não ficaram para trás, fizeram o sacrifício e destinaram seu futuro para acompanhar e dar todo o suporte para Ana Marcela até se transformar entre as melhores do mundo.
Se há algo que Ana Marcela puxou a mãe é a alegria. Dona Ana Patrícia é tão alegre, que até supera a filha. Alto astral, energia a todo vapor, a maior fã que a filha poderia ter, Dona Ana Patrícia é tudo isso e muito mais. Mãe é esta mola que transborda e transmite. E incrível, só vem coisa boa.
Este sacríficio e missão de abrir mão da sua vida para os filhos, é pura coisa de mãe. Foi assim que Jeane de Deus decidiu estudar nutrição, e hoje comanda a dieta do seu maior campeão, Leo de Deus.
Ela, junto de Afonso de Deus, o agente que faz a gestão de carreira do filho, estão sempre juntos, acompanhando. Mãe é isso, é se dar, se entregar.
A nadadora brasileira que maior número de títulos nacionais alcançou foi Fabíola Molina. Seus pais, Francisco e Kelce também foram nadadores. Uma inspiração a mais para uma carreira brilhante. O que me chamou bastante a atenção quando Fabíola anunciou a sua aposentadoria, depois de longínqua carreira, era o seu maior desejo: o de ser mãe! Mãe é isso, é missão, é destino.
Neste domingo de Dia das Mães, é dia de reconhecer. É dia de celebrar e agradecer. Talvez, nem todos possamos fazer de corpo presente, nossos avós, nossas mamães podem estar distante, isolados. Aumenta ainda mais a responsabilidade de fazer algo que deixe o dia delas ainda melhor, mais especial.
Aqui, de forma pública, também deixo o meu beijo querido, a minha mamãe, aos 86 anos está em Porto Alegre, em plena quarentena. Forçada, mas está lá, afinal mãe também é teimosa, mas nestes tempos isso se justifica.
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!