18 de julho de 1976, na Montreal Olympic Pool, construída especificamente para os Jogos Olímpicos daquele ano, começava a disputa da natação olímpica reunindo 471 nadadores de 51 países. O centro foi construído com 3.012 lugares permanentes, mas recebeu adicionais 6.988 temporários para a capacidade de 10 mil pessoas.
Os Jogos de 76 foi a última vez que os Estados Unidos nadaram a Olimpíada com três atletas por prova. Esta regra ainda permaneceria para os Jogos seguintes, em Moscou 1980, mas sem a presença americana pelo boicote.
Olimpíada de poucos países no pódio, apenas oito, contra os 11 da Olimpíada anterior em Munique 1972 e os mesmos 11 da Olimpíada seguinte em Moscou. Estados Unidos absolutos, 34 medalhas, 13 ouros, sendo 12 nas provas masculinas e apenas uma na prova feminina. Foi a melhor Olimpíada da Alemanha Oriental, segunda colocada com 19 medalhas, sendo 11 de ouro, todas nas provas femininas.
Os 200 peito acabou sendo a prova do “azar”. Os homens americanos ganharam todas as provas menos os 200 peito no masculino, e as alemãs orientais ganharam todas menos os 200 peito e o 4×100 livre no feminino.
Competição fortíssima, 21 recordes mundiais batidos. Nas provas masculinas, apenas o recorde mundial dos 100 borboleta não foi quebrado.
Kornelia Ender da Alemanha Oriental foi a melhor nadadora da competição. Ganhou quatro medalhas de ouro todas com novo recorde mundial (100 livre, 200 livre, 100 borboleta, 4×100 medley) e uma prata no 4×100 livre. Entre os homens, o americano John Naber também ganhou quatro ouros todos com recorde mundial (100 e 200 costas, 4×100 livre e 4×100 medley). e uma prata nos 200 livre.
Djan Madruga, com apenas 17 anos de idade, foi o destaque do Brasil na competição. Quebrou o recorde olímpico dos 400 metros nado livre nas elimiantórias com 3:59.62. Na final, ficou em quarto lugar com 3:57.18. Depois, repetiu o quarto lugar nos 1500 metros nado livre com 15:19.84. Nesta prova, Madruga bateu Vladimir Salnikov da União Soviética, quinto colocado quase 10 segundos atrás do brasileiro.
O revezamento 4×100 metros nado livre feminino é considerado por muitos como o melhor revezamento da história. O time americano surpreendeu as favoritas alemãs orientais arrancando uma vitória disputadíssima da primeira até a quarta nadadora. Pela mídia americana, o revezamento ganhou o título de “revezamento do século”.
Alexandre, leio tudo amigo. Amanhã publicarei um editorial a respeito.
Olá Coach. Não sei se chegará a ler este comentário mas gostaria de ouvir a sua opinião a respeito da natação feminina. No vídeo do revezamento de Montreal, a comentarista faz uma comparação entre o time feminino americano e o alemão oriental, que guarda semelhanças com o desabafo da Poliana Okimoto. Você poderia em alguma oportunidade contar o que mudou na natação feminina americana desde então e traçar um paralelo com a natação brasileira?