Quatro revezamentos masculinos concorreram ao Troféu de Melhor Revezamento do Brasil na década e as única exceções de todo o Troféu Best Swimming ao considerarmos resultados de piscina curta. Toda a essência do Troféu é valorizar os resultados de piscina longa, mas o revezamento 4×200 metros nado livre campeão e recordista mundial em Hangzhou, em 2018, merecia este espaço. E não foi a toa, ficou na segunda colocação da votação do Painel de Especialistas. Assim como também o 4×100 medley de Doha em 2014, revezamento que acabou garantindo o título mundial da competição para o Brasil.

 

 

A vitória e escolha para o Revezamento da Década era esperada, o 4×100 livre masculino medalha de prata do Mundial de Budapeste, em 2017, foi de encher os olhos. Gabriel Santos, Marcelo Chierighini, Cesar Cielo e Bruno Fratus tiveram uma performance que foi histórica desafiando o favorito revezamento americano até o final da prova.

2017 foi um ano difícil para a natação brasileira e o revezamento 4×100 livre nem fazia parte dos critérios de convocação da CBDA para Budapeste. O resultado positivo do Troféu Brasil incentivou a CBDA para levar o grupo que se preparou de forma adequada num positivo training camp realizado em Rio Maior, Portugal, antes de chegar ao Mundial. Foi lá que o estreante em Mundial, Gabriel Santos se prontificou a ser o nadador de abertura numa decisão que surpreendeu a todos pela sua personalidade.

 

O revezamento aconteceu no primeiro dia do Mundial. Nas eliminatórias, com saídas muito controladas, o Brasil termina com o melhor tempo 3:12.34. Diferente de seis dos outros oito finalistas, o Brasil não tinha nadadores para trocar e veio com a mesma equipe e mesma ordem para a final.

 

Gabriel Santos abriu com a missão de entregar o quanto mais perto possível de Caeleb Dressel melhor. E assim o fez nadando para 48.30. Dressel, entretanto, foi melhor do que se esperava, nadou para 47.26 quebrando o recorde americano da prova. A diferença de 1 segundo e 4 centésimos foi minimizada no excelente parcial de Marcelo Chierighini nadando para 46.85 depois de virar os primeiros 50 metros em 21.91 enquanto Townley Hass fazia 47.46 para os Estados Unidos.

Quando Cesar Cielo, o terceiro nadador do Brasil, pulou na água, o Brasil estava a 43 centésimos atrás dos Estados Unidos. Cielo nadou para 48.01 tirando mais oito centésimos em relação ao s 48.09 de Blake Pieroni. Bruno Fratus entrou na água com 35 centésimos atrás do capitão do time americano, Nathan Adrian.

 

Na virada, esta diferença caiu para 2 centésimos, Fratus virou 21.94 contra 22.27 de Adrian, mas a virada não saiu como ele queria. Adrian segurou a volta marcou 47.25 e mesmo Fratus nadando mais rápido, 47.18, não foi o suficiente. Estados Unidos ouro 3:10.06, Brasil 3:10.34.

A marca para o Brasil foi novo recorde sul-americano batendo o antigo que ainda sobrevivia da era dos trajes. Uma enorme comemoração de uma prata com sabor de ouro e que devolveu a confiança a natação brasileira. O resultado, a performance e acima de tudo a superação foi uma excelente resposta a tudo que se viveu naquela crise de 2017.

 

O Revezamento 4×100 metros nado livre de Budapeste 2017 é o Melhor Revezamento do Brasil no Século.

Também foram nominados os revezamentos: 4×200 metros nado livre masculino, campeão e recordista mundial de piscina curta em Hangzhou, 2018, 4×100 metros nado livre masculino, campeão do Pan Pacífico em Tóquio, 2018, e o revezamento campeão e recordista mundial do 4×100 metros medley masculino em Doha, 2014.

 

Veja a prova na narração da TV americana:

https://www.youtube.com/watch?v=HU2wPs7kOAc 

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