Foi difícil, um torneio começou aqui mesmo no Brasil, o de conseguir quebrar as barreiras, tentar a liberação das fronteiras, as autorizações de viagem e aeroportos. Um esforço combinado de semanas e semanas do COB e CBDA tentando resolver um problema que é de todos nós, a Pandemia. Em especial, as recentes decisões de fronteiras fechadas por conta das variantes do Coronavírus no Brasil, o trabalho ficou ainda mais difícil.
Deu certo, a Seleção Brasileira Masculina de Polo Aquático está em Roterdã, nos Países Baixos, e a partir de domingo, disputa a Seletiva Pré-Olímpica, junto com outras 11 seleções em busca das três últimas vagas para a Olimpíada de Tóquio.
Aliás, existe a possibilidade de que sejam quatro vagas, isto porque a África do Sul, dona da vaga da África, pode abrir mão da sua participação. A informação ainda não oficializada é da dificuldade dos atletas integrantes da equipe em bancarem os seus próprios custos para a participação na Olimpíada. Aqui é necessário um esclarecimento, afinal isso não é novidade. Atletas da África do Sul se bancarem para representar o país em torneios internacionais é algo bem comum, até corriqueiro. O problema agora são os custos do Japão e a crise da Pandemia.
Enquanto não há definição disso, precisamos pensar em apenas três vagas mesmo.
O Brasil está no Grupo A junto de Canadá, Grécia, Montenegro, Geórgia e Turquia. Das seis seleções passam quatro para as quartas-de-finais onde enfrentam os quatro primeiros colocados do Grupo B onde estão Croácia, Países Baixos, França, Alemanha, Rússia e Romênia.
Olhando com atenção, a missão é dura, difícil, mas não impossível. Brasil tem no retrospecto oito participações olímpicas, nove em campeonatos mundiais. O melhor resultado veio na Liga Mundial de 2015 quando ficamos com a medalha bronze. Na Olimpíada, nosso melhor resultado é na primeira participação em 1920. No Rio 2016, onde ganhamos a vaga automática, a equipe ficou em oitavo lugar.
Canadá é nosso adversário de estreia, e maior rival das Américas. Ganhar vai ser obrigação. No grupo, Grécia e Montenegro são as duas maiores forças, o Brasil tem de fazer de tudo para evitar sair em quarto lugar. Isto causaria um confronto com o primeiro do outro grupo, a Croácia.
Não é sonhar demais, mas classificar em segundo ou terceiro lugar seria o ideal. Ai vem as quartas-de-finais, e os vencedores vão para as semifinais.
Os três classificados do Pré-Olímpico se juntam aos nove já classificados para Tóquio: Sérvia campeã da Liga Mundial 2019, Itália e Espanha campeão e vice no Mundial de 2019, Estados Unidos campeão do Pan 2019, Austrália campeã da Oceania, Hungria campeã europeia de 2020, África do Sul campeã da África 2019, Cazaquistão campeão dos Jogos da Ásia e Japão, país sede.
O SporTV vai transmitir todos os jogos do Brasil na Seletiva Pré-Olímpica. Começa neste domingo as 9:30, horário de Brasília, contra o Canadá, com transmissão de Eusébio Resende e comentários de Beto Seabra. ‘
No sábado, para aquecer os motores, não perca a Live no perfil do Instagram da @swimchannel e @brasilwaterpolo com Roberto Cunha onde iremos analisar as chances e os detalhes da Seletiva.
Com tantos medalhistas olímpicos na natação como Chad le Clos, Cameron van der Burgh, Terence Parkin, Lyndon Ferns, Ryk Neethling, Roland Mark Schoeman, Darian Townsend, no masculino e Penelope Heyns, Rhoda Rennie, Frederica van der Goes, Mary Bedford, Kathleen Russell, Jenny Maakal, Joan Harrison, Moira Abernethy, Jeanette Myburgh, Natalie Myburgh, Susan Elizabeth Roberts, Marianne Kriel, no feminino, é quase inacreditável que atletas sul-africanos tenham que se bancar para representar o país em torneios internacionais. Como são raçudos e determinados esses sul-africanos não é mesmo Coach?