Entre os dias 19 e 24 de abril de 2021, os principais nadadores e nadadoras do Brasil estiveram reunidos(as), no Parque Aquático Maria Lenk, para a seletiva olímpica de natação, rumos aos Jogos de Tóquio. A piscina deste icônico complexo esportivo, construído para os Jogos Panamericanos de 2007, é, indiscutivelmente, uma das melhores piscinas do país. No entanto, competições em piscinas abertas estão suscetíveis às condições climáticas e podem influenciar nos resultados dos atletas, que brigam por centésimos de segundos, na busca por um índice olímpico.
Essa era uma preocupação minha desde o ano passado, quando foi anunciada uma seletiva única. Algo inédito para o nosso país e que poderia colocar na “roleta russa” o trabalho de cinco anos de nadadores, treinadores e diversos outros profissionais envolvidos em uma preparação olímpica. Não me parecia razoável contar com a sorte ou com a fé, sabendo da aleatoriedade envolvida quando o assunto é condição meteorológica. Cabe, porém, destacar o esforço da CBDA e do COB na realização desta seletiva, em um contexto crítico de pandemia, que certamente pesou na escolha do local devido ao fechamento de piscinas por todo o país, reduzindo o número de opções disponíveis para a competição.
O objetivo desta postagem não é criticar estas entidades, que tanto se esforçam para o desenvolvimento do esporte brasileiro, mas tentar compreender como as condições climáticas podem ter influenciado nos resultados dos atletas, especialmente nos primeiros dias de competição, sob o ponto de vista da biomecânica e da bioenergética.
Determinantes do desempenho na natação
A velocidade de nado depende da razão entre a potência metabólica e o custo energético (di Prampero, 1974; Peterson Silveira et al., 2019):
v = E’tot/C [Equação 1]
Em que E’tot representa a potência metabólica (em Watts), ou seja, a taxa de dispêndio energético proveniente de vias aeróbicas e anaeróbicas; e C representa o custo energético (em J/m), ou seja, a quantidade de energia necessária para percorrer cada metro.
O custo energético é um indicador de economia que depende da mecânica do nado, mais especificamente do arrasto hidrodinâmico (força de resistência oferecida pela água ao deslocamento de um corpo) e da eficiência propulsiva (fração da potência mecânica utilizada na propulsão):
C = Arrasto total/eficiência geral × eficiência propulsiva [Equação 2]
Ou seja, um aumento no arrasto tem impacto direto tanto no custo energético quanto na velocidade de deslocamento de um nadador. A relação entre velocidade e arrasto hidrodinâmico não é linear, como já discutido neste espaço anteriormente, de modo que o arrasto aumenta, aproximadamente, de modo proporcional ao quadrado da velocidade de nado (Figura 1).
Isto significa que, ao mesmo tempo em que um aumento na velocidade de nado leva a um aumento no custo energético (devido à magnitude do arrasto hidrodinâmico), a redução no custo energético é uma das principais estratégias para a melhoria do desempenho de nado a longo prazo (Equação 1). Esta redução no custo energético se dará, principalmente, por um aumento na eficiência do nado e/ou uma redução no arrasto hidrodinâmico (e.g. melhor postura e posicionamento do corpo na água). Mas, e se o ambiente não for controlado, o que pode acontecer?
Ao se deslocar sobre a camada limítrofe, na interface entre a água da piscina e o ambiente externo, o vento cria o que chamamos de tensão de cisalhamento do vento, que é uma medida de transferência de energia cinética em razão do movimento relativo da atmosfera e a água. Desta forma, a tensão de cisalhamento do vento é capaz de deslocar a massa d’água a uma determinada velocidade, dependendo da sua magnitude (Figura 2).
Esta tensão de cisalhamento pode ser calculada da seguinte forma:
t = d × Cd × u²
Em que “t” é a tensão de cisalhamento do vento, “d” é a densidade do ar e “u” é a velocidade do vento. Assim, sabendo que a densidade do ar é aproximadamente 1,22 kg/m³ e que o coeficiente de arrasto da interação entre o vento e a superfície da água será de aproximadamente 0.0013, podemos estabelecer a curva da tensão de cisalhamento do vento ao longo de um espectro de velocidades do vento ao longo dos dias de competição, como ilustrado na Figura 3.
Podemos observar que nos dois primeiros dias da seletiva olímpica (19 e 20/04), a tensão de cisalhamento do vento foi aproximadamente duas vezes maior do que nos últimos dois dias (23 e 24/04). Você deve estar se perguntando agora: é possível quantificar em termos de tempo, o quanto os atletas foram prejudicados ao nadarem em piscina aberta, com influência do vento sobre a superfície da água? É difícil de dizer, pois não encontrei estudos na literatura investigando os efeitos da tensão de cisalhamento do vento sobre a velocidade de nado. É algo que talvez possa ser feito por meio de simulações e de fluidodinâmica computacional (CFD). Mas, assumindo que, na pior das hipóteses, a tensão de cisalhamento do vento foi capaz de transferir energia cinética para a água, deslocando-a a 0,05 m/s, podemos estimar o impacto sobre o arrasto hidrodinâmico para um espectro de velocidades de nado, considerando um nadador que tenha um fator de arrasto k de 26,03, condizente com um nadador de alto nível do sexo masculino (Toussaint e Truijens, 2005; Peterson Silveira et al., 2019). Para realizar este exercício mental, precisamos assumir as seguintes condições para este nadador, em uma determinada prova e em um determinado dia:
1) A potência metabólica na prova será a mesma, independentemente das restrições do ambiente;
2) A potência mecânica exercida será a mesma, independentemente das restrições do ambiente;
3) A eficiência propulsiva será a mesma, independentemente das restrições do ambiente;
Desta forma, podemos criar um nadador fictício, para estabelecer a curva da relação arrasto vs. velocidade de nado, quantificando o efeito do vento sobre essa relação (Quadro 1).
Ou seja, para nadar a uma mesma velocidade, contra o vento, um nadador enfrentará um arrasto entre 4 e 10% maior, dependendo da sua velocidade de nado. E isso, conforme apresentado na Equação 2, levará a um maior custo energético (menor economia de nado).
Se considerarmos que o arrasto que um nadador é capaz de enfrentar ao longo de uma prova é o mesmo, com ou sem vento, podemos calcular o impacto da tensão de cisalhamento sobre os tempos a cada 50 m, assumindo que ela desloca a água a 0,05 m/s (Quadro 2).
Percebe-se que em uma prova de meio fundo ou fundo, nadando a uma velocidade de 1,6 m/s, o impacto de cada piscina nadada contra o sentido do vento será de 1 segundo. Ou seja, assumindo essas condições, poderíamos estimar um tempo na casa dos 4:12 para o nadador Brandon Almeida, na prova dos 400 m Medley (dia 19/04). Na prova dos 100 m peito masculino, realizada no mesmo dia, poderíamos estimar um tempo na casa dos 58.5, para o nadador Felipe Lima, e na casa dos 59.1, para o nadador João Gomes Jr.
É claro que são apenas estimativas e jamais saberemos o tempo que os(as) nossos(as) atletas teriam feito, se a competição fosse realizada nas mesmas condições nas quais os Jogos Olímpicos serão realizados, mas essa é uma lição que precisa ser levada em conta para as próximas seletivas: não podemos ficar nas mãos da aleatoriedade das condições climáticas. Temos piscinas cobertas de altíssimo nível na UNIFA (RJ), no Centro de Treinamento Paralímpico (SP), no Esporte Clube Pinheiros (SP) e na UNISUL (SC). Havendo a possibilidade, estas precisam ser as piscinas em uma competição em que os atletas estão competindo contra o cronômetro e não disputando medalhas. Cabe ressaltar que esta postagem não é um estudo científico, pois é baseado em estimativas e não foi revisado por pares, mas traz dados razoáveis sobres os impactos que as condições climáticas tiveram sobre desempenho dos atletas. Outra limitação é que não considerei o impacto dessas condições sobre a termorregulação dos atletas, que pode não ser desprezível.
Considerando o exposto acima, me parece legítimo o movimento dos atletas para que haja uma segunda chance, em tomada de tempo oficial marcada para o dia 12 de junho. Fica o meu apelo ao COB e à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos para que os nossos atletas possam mostrar do que são capazes, dentro de condições mais favoráveis.
RICARDO PETERSON SILVEIRA
Pesquisador de pós-doutorado nas áreas da biomecânica e bioenergética da natação, na Université Rennes 2 (França) e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil).
Professor de Educação Física e Doutor em Ciências do Exercício Físico e do Movimento Humano pela Universidade de Verona (Itália) e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil), com formação complementar na Universidade do Porto (Portugal) e na Universidade de Calgary (Canadá).
Sempre consideramos que o vento não estará mudando para prejudicar, em caso de ser 100% lateral o impacto será bem menor mas nos demais casos apenas provas de 50m podem ser “muito” prejudicadas ou benfeciciadas…
Não entendi como na análise não foi levada em conta a ajuda provocada nos demais momentos…
Brilhante texto de Ricardo Petersen. Exigir de um(a) atleta a melhor performance em única tentativa (final da seletiva), numa piscina aberta, com vento, chuva, frio e em um ano de pandemia, no qual atletas precisaram interromper treinamentos e comprometer seu macrociclo olímpico, é injusto não somente com o atleta, mas com toda a equipe envolvida na preparação de cada um(a). Quando uma experiente atleta como Larissa Oliveira crava um 54″ baixo ficando a 1 centésimo do índice, toda uma equipe cai com ela. Este é apenas um exemplo. Tivemos outros no passado, como os de Fabíola Molina por 2 centésimos nos 100 costas ou Fernando Scherer por 1 centésimo nos 50 livres. Mas eram épocas de duas seletivas, no mínimo. O que vimos no Maria Lenk foi uma ótima logística e organização. Mas sendo única seletiva, é injusto com os(as) atletas, treinadores(as), e todos(as) profissionais envolvidos na preparação. Que em 12 de junho a CBDA repense o evento e permita que todos(as) tenham uma segunda chance. Mas que isso seja anunciado logo, antes que os(as) atletas “entreguem os pontos” depois da decepção desta seletiva. Ver Brandon, Etiene, Larissa, Lorrane, Spajari e outros(as) sem índices por centésimos pela pressão de darem resultado apenas na final, com vento, chuva, frio é insano…
Essa análise me parece nada mais que uma cortina de fumaça. O fato é que paramos no tempo enquanto a natação no mundo todo evoluiu e não temos chances de finais , exceto Fratus.
Outra situação, se um atleta faz índice em tomada de tempo onde não está polido e raspado, o mesmo tem obrigação de fazê-lo na seletiva, se não fez o choro é livre.
Seria mais produtivo uma discussão de como melhorar o esporte e não arrumar desculpas ou pleitear uma nova seletiva.
Fica a questão, se houvesse uma outra seletiva teríamos o aumento de finais ou medalhas? Eu acho que não.
Quando anunciaram seletiva única: “Nossa, copiaram o US olympic trials, realmente vamos apurar quem está bem na hora certa, e não em quem fez resultado há 6 meses atrás”
Quando não conseguem o índice: “Voltem com várias seletivas, o vento atrapalhou, uma única chance não é justo, tenho o índice mas não estou em um bom dia”
Infelizmente natação é um esporte ingrato, você deve estar na melhor forma na hora certa e no momento certo independente de certas adversidades. E teve adversidade maior que essa praga do covid?
Quem está bem perto das olimpíadas tem melhor chance de performar lá. Sou a favor de que a seletiva continue única, sem mi-mi-mi. Não caiam na pressão de quem se acha dono da prova da natação brasileira. Cesar Cielo é um bom exemplo para nós, na hora do “vamos ver” sempre tirava o seu melhor.
Se for abrir uma nova oportunidade para as provas que ocorrem em piscinas abertas com base nessa análise devemos rever o recorde mundial 100 livre do Cielo e outros feitos importantes em Mundiais e Jogos Olímpicos. Vamos criar os recordes em piscina aberta e os feitos em piscina fechada, como nas provas de atletismo.
Esse texto é só mais um confundidor, uma fumaça na polêmica seletiva única que foi aprovada pelas entidades participantes. Já não basta abrir uma excessão para o Fratus fazer o índice fora das regras, permitir uma nova chance ao Gabriel nos 100 livre, teremos um leque de oportunidades para os que se sentiram desfavorecidos. Se não estavam satisfeitos com as regras reclamassem antes, protestassem antes da definição de data, local, regras… Quando abrirem oportunidades fora das regras toda a credibilidade da entidade e dos eventos ficam estremecidas.
Excelente texto!
Coach, parabéns por ser referência no Brasil (e quiçá no mundo) quando o tema é natação de alto rendimento.
Aproveito para parabenizar o Ricardo pelo excelente estudo apresentado!
Mais um fator a ser considerado. O Atletismo classificou 3 neste fim de semana, tem sulamericano e teve outras “seletivas”. O incremento no número de atletas (e com condições de semis e até finais) é benéfico para o esporte e sua divulgação. 5 anos signifivam bilhões de centésimos e não há uma palavra (é mais do que cruel) para um/uma atleta perder o sonho de estar nos Jogos por míseros centésimos. Claro que natação é tempo e quem acompanha sabe, mas perder a possibilidade de levar um time mais forte e insistir em única possibilidade no momento é radical.
Que texto incrível, Ricardo, parabens e muito obrigado por trazer uma contribuição tão importante para a discussão!
Também sou a favor da segunda chance. Como ex atleta sei que o vento pode favorecer ou atrapalhar. Favorecer na prova de 50 m quando ele esta a favor do atleta (cito o 22″76 do César Cielo lá em longínquos 2012). E no feminino um pouco antes a Sarah Stronj também fez o recorde do Maria Lenk até hoje se não me engano. Ambos foram favorecidos pelo vento. Veja https://www.youtube.com/watch?v=36tIQvA5ZBw . Logo o vento foi favorável. Já é diferente de condições climáticas, o frio favorece a perda energética em provas longas. Poderia atrapalhar nos 400 medley. O efeito ondulatório do vento na água também. De qualquer forma, a CBDA deveria rever critérios e não limitar a uma única tentativa, uma vez que em várias federações o tempo válido é o melhor tempo do ano que antecede o evento, ou seja, 12 meses. No próprio balizamento foram considerados tempos de 2019. Outra questão importante é que eliminatórias deveriam ter seu tempo validado em “Seletivas”, pois não era um campeonato de clubes. Já que eliminatórias foram obrigatórias, deveriam ser válidas. Já trabalhei no meio técnico da natação e percebo que as vezes alguns membros técnicos se esbarram na intelectualidade e acabam “sacaneando” os atletas na busca de pseudo regras justas. Lembrando que a decisão da CBDA não condiz com o que se pratica no mundo.
Levando-se em consideração que:
1. A Seletiva Americana ainda não foi realizada e, portanto, os tempos no ranking de 2021 tendem a melhorar…
2. O Campeonato Europeu ainda não foi realizado e, portanto, os tempos no ranking de 2021 tendem a melhorar…
Vou analisar os tempos que os nadadores brasileiros conseguiram em 2021 levando-se em consideração o oitavo tempo do atual ranking mundial de 2021, para se cogitar a possibilidade de uma final olímpica:
50m livre:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Jesse Puts, Holanda, com 21.87 e Abbey WEITZEIL, EUA, com 24.57. Bruno Fratus se classificou para Tóquio estaria dentro dos prováveis finalistas, já Pedro Spajari que não conseguiu fazer um tempo SUB-22, hoje é o décimo sexto nadador do ranking mundial. Lorrane Ferreira com 24.84 é vigésima segunda.
100m livre:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Nando Nemeth, Hungria, com 48.11 e Femke HEEMSKERK, Holanda, com 53.41. Pedro Spajari com 48.31, hoje é o décimo quarto nadador do ranking mundial. Larissa Oliveira com 54.39 é trigésima terceira.
200m livre:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Aleksandr SHCHEGOLEV, Rússia, com 1:45.82 e Freya ANDERSON, Grã-Bretanha, com 1:56.80. Fernando SCHEFFER com 1:46.28, hoje é o décimo segundo nadador do ranking mundial. Aline Rodrigues com 1:59.14 é quinquagésima terceira.
400m livre:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Guilherme Costa com 3:45.85 e Waka KOBORI, Japão, com 4:06.34. Gabrielle Roncatto com 4:10.88 é trigésima sétima.
800m livre:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Daniel Jervis, Grã-Bretanha, com 7:50.33 e Maddy GOUGH, EUA, com 8:25.24. Guilherme Costa com 7;50.41, hoje é o nono nadador do ranking mundial. Gabrielle Roncatto com 8:39.49 é quadragésima segunda.
1500m livre:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Aleksandr Egorov, Russia, com 14:57.72 e Kristel KOBRICH, Chile, com 16:06.78. Guilherme Costa com 14:59.21, hoje é o nono nadador do ranking mundial. Beatriz Dizotti com 16:22.07 é trigésima.
100m costas:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Mitchell LARKIN, Austrália, com 53.34 e Kathleen BAKER, EUA, com 59.45. Guilherme Basseto com 53.84, hoje é o décimo sexto nadador do ranking mundial. Etiene com 1:01.37 é sexagésima terceira.
200m costas:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Tristan Jason HOLLARD, Austrália, com 1:56.40 e Katalin BURIAN, Hungria, com 2:08.20. Leonardo de Deus com 1:58.74, hoje é o trigésimo quinto nadador do ranking mundial. Fernanda de Geij com 2:13.13 é quinquagésima primeira.
100m peito:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Shoma Sato, Japão, com 59.18 e Yuliya EFIMOVA, Rússia, com 1:06.22. Felipe Lima com 59.43, hoje é o décimo nadador do ranking mundial. Jennifer Conceição com 1:07.35 é trigésima segunda.
200m peito:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Dmitriy BALANDIN, Cazaquistão, com 2:08.42 e Kanako Watanabe, Japão, com 2:23.04. Caio Pumputis com 2:11.81, hoje é o quadragésimo nadador do ranking mundial. Gabrielle Assis com 2:28.53 é septuagésima quinta.
100m borboleta:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Katsuhiro MATSUMOTO, Japão, com 51.47 e Harriet Jones, Grã-Bretanha, com 57.79. Matheus Gonche com 51.97, hoje é o vigésimo primeiro nadador do ranking mundial. Giovanna Diamante com 59.03 é trigésima oitava.
200m borboleta:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Nao HOROMURA, Japão, com 1:55.68 e Katinka HOSSZU, Hungria, com 2:08.45. Leonardo de Deus com 1:56.01, hoje é o décimo segundo nadador do ranking mundial. Rafaela
RAURICH com 2:14.09 é octogésima nona.
200m medley:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Hubert KOS, Hungria, com 1:57.58 e Madisyn COX, EUA, com 2:10.00. Caio Pumputis com 1:58.53, hoje é o décimo terceiro nadador do ranking mundial. Natália Siqueira com 2:13.25 é a vigésima sexta.
400m medley:
Oitavo colocado no ranking mundial 2021: Tomoru HONDA, Japão, com 4:13.34 e Katinka HOSSZU, Hungria, com 4:38.85. Brandonn Almeida com 4:16.49, hoje é o vigésimo quinto do ranking mundial. Gabrielle Roncatto com 4:45.51 é a trigésima nona.
Comparando os tempos dos oitavos lugares do ranking mundial 2021 com os tempos dos brasileiros, vemos que os nadadores que não conseguiram se classificar para Tóquio na Seletiva do Maria Lenk estão com tempos longe de conseguirem uma vaga em uma final olímpica, muito menos com chance de pegar sequer um bronze.
Não há porque ter uma segunda chance para quem nadou a Seletiva e não conquistou a vaga, pois os tempos estão muito ruins, muito difíceis para pegar uma final olímpica, medalha, então, nem pensar, e o vento é menor culpado disso tudo…
Não dá pra ficar pondo culpa no vento quando os tempos estão muito abaixo do esperado e sem chances de fazer um final olímpica e muito menos de medalhar.
Bom Dia Coach e amigos!
Achei incrível o texto “Lições de uma SELETIVA bem diferente” do Mestre ALEXANDRE INDIANI principalmente, os seguintes trechos:
Muita pressão, muito nervosismo, muita boca seca, tremedeira e outras sensações que para alguns pesaram e para outros foi como tomar um suco de laranja comendo um legítimo sushi…
Na entrevista coletiva depois dos 1.500m Nado Livre Feminino, Beatriz Dizotti deu a seguinte declaração transcrita abaixo:
“Como eu disse antes, eu já tinha nadado pra 16 24 numa tomada de tempo lá no Centro de Treinamento… é… bater o recorde Brasileiro era o meu objetivo mas eu vou ser bem sincera pra Você que hoje Eu só nadei pra me divertir… Eu não pensei em nada, tava bem tranquila… é… Eu acho que se Eu colocasse à frente o peso de pegar índice… bater recorde Brasileiro, o resultado não teria sido este…”
Além deste trecho, ao seu lado estava nada mais nada menos do que a “PENTA-CAMPEÃ MUNDIAL” Ana Marcela Cunha…
A palavra que “norteou” as duas entrevistadas foi CONFIANÇA; ambas ( demonstraram total confiança nos Treinadores e Comissão Técnica, isso é muito bom de escutar…
“FOCA NO POSITIVO POIS ISSO SIM AJUDA!”
Levando-se me consideração os fatos e os exemplos daqueles que conquistaram sua vaga para Tóquio:
1. Não acho que deva ter segunda chance, os brasileiros tem que se acostumar a nadar sobre pressão, com foco, em busca do resultado, focar só no resultado e naquela oportunidade única e esquecer o resto. “FOCA NO POSITIVO POIS ISSO SIM AJUDA!”
2. Acho muito preciosismo ficar pensando em vento, chuva, condições meteorológicas etc… Esquece tudo isso, foca no seu nado, cai na água e nada concentrado no que tem que fazer, focado, com objetivo, enfim, “FOCA NO POSITIVO POIS ISSO SIM AJUDA!”
3. Com certeza atletas como o jovem alemão Florian Wellbrock, de 23 anos, que se classificou para nadar uma maratona de 4 provas muito desgastantes e desafiadoras nesta olimpíada como os 400, 800, 1.500 e 10.000 m, quando caem na água para competir pouco interessa pra eles o vento, a chuva etc… Eles estão focados no seu desempenho e não em fatores externos… Então, “FOCA NO POSITIVO POIS ISSO SIM AJUDA!”
4. Vale ressaltar que em uma final olímpica não se tem segunda chance, a próxima chance é só depois de 4 anos, então, “FOCA NO POSITIVO POIS ISSO SIM AJUDA!”
5. Quando se fica pensando em fatores externos como o tal vento, o competidor perde totalmente foco do que ele realmente deveria estar concentrado, perde o foco no seu objetivo principal e acaba não conquistando o resultado desejado, então, “FOCA NO POSITIVO POIS ISSO SIM AJUDA!”
Existem também piscinas cobertas de alto nível no Paraná como a do curitibano e do Santa Mônica. Não precisamos ficar restritos a Rio e São Paulo. A CBDA, sem muito esforço, pode encontrar boas opções de locais de competição cobertos
Ótima análise Ricardo, parabéns!