Quando, com apenas 16 anos de idade, ficou em quarto lugar nos 200 livre classe S5 dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, toda a França enxergava ali um super atleta de futuro. E era, Theo Curin, nadou na mesma prova em que Daniel Dias ganhou outra medalha de ouro, mas sabia que sua carreira estava apenas começando.
Curin, entretanto, foi um dos atletas que teve sua categoria alterada na revisão implantada pelo Comitê Paralímpico Internacional a partir de 2019. Amputado das duas mãos e duas pernas, numa forte meningite quando tinha apenas seis anos de idade, Curin subiu para a classe S6 e identificou que não teria qualquer chance competitiva na classe. Ele estava em Tóquio, mas foi o comentarista da cobertura da TV francesa.
A carreira e os desafios no esporte para Curin não pararam. Fora da Paralimpíada, decidiu encarar uma travessia. Vai cruzar o Lago Titicaca, que divide a fronteira entre Perú e Bolíva, num total de 122 quilômetros a 3.812 metros de altitude.
O desafio será feito em 10 dias, começa em novembro, e Curin será acompanhado pela ex-nadadora Malia Metella, vice campeã olímpica dos 50 livre em Atenas 2004, e o do esportista de aventuras Matthieu Witvoet.
Acompanhando a preparação de Curin está Stephane Lecat, head coach da Seleção Francesa de Águas Abertas e um dos mais conceituados profissionais da modalidade no mundo.
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