Depois de ser a primeira nadadora trans campeã do NCAA, Lia Thomas não havia dado nenhuma entrevista. Ela nem apareceu na entrevista coletiva ao final de cada etapa que é obrigatória pela organização. Para ser mais exato, Thomas deu algumas poucas palavras quando ainda estava na borda da piscina, em entrevista que recebeu algumas poucas vaias e muitos aplausos e transmitida no telão da competição.

O silêncio de Lia Thomas terminou nesta terça-feira com uma entrevista conjugada, ABC News e ESPN fizeram uma entrevista exclusiva e com alguns pontos que aqui destacamos e valem a pena serem repercutidos:

* Lia Thomas revelou que iniciou o processo de transição com a supressão hormonal em maio de 2019. Alguns dos efeitos que ela relatou em seu corpo: diminuição de massa muscular, redistribuição de gordura no corpo, mudança de estrutura física, diminuição de altura, diminuição do tamanho do pé, perda de força e explosão.

* Ela discorda que a participação trans coloca o esporte feminino em risco pois a regra do NCAA estava em vigor há mais de 10 anos.

* Rejeita a ideia de que fez a transição para ganhar medalhas, e sim “para ser feliz”.

* Lia Thomas deixa em aberto que pode (é seu sonho) disputar o US Olympic Trials. Detalhe que as regras da USA Swimming são distintas do NCAA e é praticamente impossível que ela venha a ser aprovada de participar.

* Com o fim da elegibilidade esportiva, vai continuar estudando (e treinando) na Universidade da Pennsylvania. Agora como estudante do curso de direito.

Veja as duas entrevistas que foram publicadas na ABCNews e na ESPN:

 

 

1 responder
  1. Matheus Ribeiro
    Matheus Ribeiro says:

    Reporter: “Algumas pessoas olham os DADOS e sugerem que voce leva uma vantagem competitiva”
    Lia: “Existem muitos fatores q influenciam no resultado de uma prova, mas a grande mudanca pra MIM e que EU estou feliz”
    E a felicidade ou infelicidade das outras competidoras mulheres biologicas?? Que se dane, o importante e que ela esta feliz, mostra um egoismo e egocentrismo extremo. Alem de grande desonestidade, porque ela sabe muito bem que leva sim vantagem atletica em relacao as outras
    E nenhum momento respondeu a questao de que ela leva uma vantagem pra sempre pelo legado da puberdade masculina.
    Ela tem todo meu apoio em viver a sua real identidade, fazer a transicao e viver como quiser. Mas essa geracao tem que aprender que nao se pode ter tudo na vida, algumas decisoes implicam em consequencias. E perder a carreira de atleta de alto nivel e o custo de mudar de genero.
    Ela afirma que o esporte de alto nivel feminino nao esta em risco por causa dos trans. Discordo plenamente, basta que um homem biologico que ja tenha resultados medianos a nivel internacional mudar de genero pra apagar o legado de mitos do esporte como Ledecky, ou aniquilar as incriveis performances de Ariarne Titmus.
    Quem nao quer falar isso em voz alta, ou esta com medo de se posicionar, ou esta cego pela ideologia ou e desonesto

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