Em tempos de polarização política, não faltaram “dedos apontados” ao longo do dia com a notícia do princípio de incêndio na estrutura metálica do Centro Aquático Rio 2016 no Parque Olímpico da Barra.

Diferente do que se possa pensar, e todas as críticas ao Legado Olímpico, ou “largado olímpico” como muita gente gosta de citar, o local estava fechado desde o fim das Paralimpíadas em setembro de 2016. As duas piscinas, a de competição e a de aquecimento foram desmontadas e retiradas do local.

Assim, o “Centro Aquático” em seis anos é apenas um amontado de madeira e metal, e com certeza, um grande acúmulo de lixo.

Segundo a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, a estrutura metálica estava sendo desmontada e seria deslocada para outro local. Tal estrutura foi oferecida em edital e nunca apareceu qualquer interessado, pois o custo de desmontagem, armazenamento e transporte era proibitivo e não compensava o investimento.

Não há qualquer “largado olímpico” ao se referir a estrutura. Ela foi montada para servir para outro tipo de evento ou obra, mas jamais para ser sede definitiva de estrutura esportiva.

Muito pior do que esta estrutura metálica é o fato de ainda termos duas piscinas olímpicas da marca Myrtha, a da competição que pertence a cidade do Rio de Janeiro, e a de aquecimento, que é de propriedade do Exército Brasileiro, ainda empacotadas e sem uso.

Duas piscinas caríssimas e que poderiam estar sendo de grande utilidade e ainda seguem sem qualquer perspectiva. Isso sim dói…