Maximilian Giuliani, 20 anos de idade, talvez você nunca tenha escutado este nome. E mesmo que você siga natação durante toda a temporada, o nome pode ter passado despercebido. Não é a toa, uma carreira explosiva e um ano de 2023 fantástico para este jovem nadador que nunca foi convocado para qualquer Seleção Australiana e já tem o segundo melhor tempo da história dos 200 livre na Austrália, somente atrás de Ian Thorpe.
Giuliani é natural da Tasmania, a ilha que fica ao sul da Austrália e um local que não sem muita tradição na natação australiana. Para ser mais exato, Ariarne Titmus mudou esta história e agora é a vez de Giuliani. Porém, ambos precisaram deixar a Tasmania em busca de melhores condições de treinamento.
Titmus faz parte do grupo de Dean Boxall no St. Pete Swim Club enquanto Giuliani nada desde a temporada passada no Miami Swim Club. Ambas equipes estão em Queensland, o principal estado da natação australiana. Miami é o tracionai clube que revelou Grant Hackett na época sob o comando de Dennis Cotterell. Desde 2021 Richard Scarce é o head coach do clube. Scarce foi o treinador de Cameron McEvoy nas suas três participações olímpicas.
Sob o comando de Scarce, Giuliani abriu o ano de 2023 com um feito gigante ao bater Kyle Chalmers no Campeonato Estadual da South Australia em janeiro. Na época, com 19 anos de idade, o 49.77 já era um bom sinal de evolução.
Na Seletiva Australiana, Giuliani nadou os 200 livre para 1:49.79. Um tempo “comum”, mas ao longo da temporada foi baixando até chegar aos 1:44.79 que lhe deu a vitória no recente Campeonato Estadual de Queensland. Antes disso, Giuliani esteve na Copa do Mundo de Berlim (1:46.18) e Budapeste (1:45.42) além de participar do Campeonato Americano onde foi vencedor da prova em julho.
Junto com seus companheiros de Miami, Alex Graham, Alex Grant, e James Koch, Giuliani abriu o revezamento 4×200 livre com o 1:44.79 numa equipe que marcou 7:09.29, o recorde australiano de clubes da prova.
Ao final de 2023, Giuliani termina a temporada como o melhor australiano da prova e sétimo do mundo. Um reforço e tanto para o 4×200 livre nacional rumo aos Jogos Olímpicos de Paris.