A World Aquatics abriu um Comitê Independente para avaliar toda a documentação referente ao caso dos 23 nadadores chineses que testaram positivo em Janeiro de 2021 e foram absolvidos pela WADA no caso considerado de “no fault”, ou seja, contaminação sem qualquer tipo de punição.
A entidade já havia sido comunicada anteriormente do caso, mas nunca havia se pronunciado. Após o tema vazar para a imprensa internacional, e o aumento de pressão, a World Aquatics decidiu montar um comitê de cinco pessoas que recebeu todo o material antes de emitir um documento de conclusão. Neste documento que está no link abaixo, existem 10 recomendações para a Aqua mas não contesta a decisão da entidade ao aceitar a interpretação do caso feita pela WADA.
No Comitê estava o treinador brasileiro Fernando Possenti, além do nadador francês Florent Manaudou, a ex-nadadora paralímpica da Austrália Annabelle Williams, o dirigente Ken Lalo dos Estados Unidos e o advogado espanhol Miguel Cardeal que atuou como líder do grupo.
As 10 recomendações do Comitê foram as seguintes:
1. Os apelos dos casos de doping devem ser endereçados diretamente ao ITA, agência internacional independente que já faz os controles da World Aquatcis.
2. Estabelecer limites de tempo para aplicação das suspensões ou não-suspensões.
3. Finalizar todos os casos pendentes antes das próximas competições de caráter mundial.
4. Publicar todas as suspensões em andamento incrementando a transparência do processo.
5. Fazer testes fora de competição mas sem usar as agências nacionais dos respectivos países.
6. Aumentar as oportunidades de relação e participação dos atletas nos processos da ITA.
7. Incrementar a educação anti-doping.
8. Fazer a educação anti-doping ser matéria obrigatória para os envolvidos no esporte.
9. Reconsiderar a atividade do Comitê de Doping da World Aquatics deixando este processo totalmente independente da entidade.
10. Incluir algumas alterações sugeridas no atual código de controle de dopagem.
O documento na íntegra pode ser consultado abaixo: