Michael Palfrey não é mais treinador da Swimming Australia, a entidade anunciou a decisão que havia prometido ser tomada após a Olimpíada. O motivo foi uma declaração dada pelo técnico a imprensa sul-coreana na véspera do início da Olimpíada especificamente sobre o nadador Kim Woo-min que treinava com Palfrey.

A entrevista vazou para a imprensa australiana onde ele declarou que torcia para seu nadador, que “a prova vai ser decidida nos últimos 100 metros” e ainda emendou um “Go Korea”. A entrevista repercutiu muito mal na delegação australiana, especialmente pelo país ter dois nadadores na prova, Sam Short e Ellijah Winnington.

Na época, Rohan Taylor, Head Coach da Austrália decidiu manter Palfrey na delegação onde ele tinha quatro nadadores, mas disse que o assunto seria deliberado no retorno ao país após os Jogos. Saiu hoje, demissão.

Palfrey, é Head Coach da University of Sunshine Coast, e seu programa faz parte do sistema nacional de suporte da Swimming Austrália recebendo um salário adicional de mais de 100 mil dólares australianos anuais. Sua saída do programa deve também representar a perda do emprego na equipe, embora sua credencial como técnico não tenha sido cassada.

Na prova em questão, os 400m livre, a vitória ficou com o alemão Lukas Martens, a prata ficou com o australiana Elliajh Winnington e o sul-coreano Woo-min chegou em terceiro lugar.

 

 

Na decisão da Swimming Australia foi revelado que não foi somente as declarações de Palfrey que levaram a sua demissão, e sim o descumprimento de uma decisão da entidade. Um comunicado enviado em Março a todos os treinadores que fazem parte do programa determinava o rompimento de qualquer suporte ou relação com os nadadores estrangeiros que treinam na Austrália.

Entre os treinadores e programas que possuem relação com atletas estrangeiros estava Michael Bohl, técnico dos japoneses Rikako Ikee e Daiya Seto. Ao que tudo indica, o que faltou a Palfrey foi um pouco mais de discrição.