Passadas as duas provas de águas abertas dos Jogos Olímpicos Rio 2016, fazemos uma análise detalhada da modalidade. Confira abaixo:

10 K feminino
1o Sharon van Rouwendaal da Holanda
2o Rachele Bruni da Itália
3o Poliana Okimoto do Brasil

10 K masculino
1o Ferry Weertman da Holanda
2o Spiros Gianniotis da Grécia
3o Marc-Antonine Olivier da França

6 medalhas distribuídas, 5 para Europa
2 para Holanda (não tinha ganho nenhuma na natação)
1 medalha para Itália, Brasil, Grécia e França

Vitória de Sharon van Rouwendaal sobre Rachele Bruni da Itália por 3.17 segundos, a maior diferença nas três edições olímpicas.
No masculino, Ferry Weertman e Spiros Gianniotis tiveram o mesmo tempo, a menor diferença entre primeiro e segundo colocado. A menor anterior havia sido em Beijing 2008 com também vitória holandesa de Marteen van der Weijden com 1.5 segundos sobre David Davies da Grã-Bretanha.

Na história das águas abertas em Jogos Olímpicos:
Holanda 3 medalhas de ouro
Rússia 1 medalha de ouro
Tunísia 1 medalha de ouro
Hungria 1 medalha de ouro
Itália 1 medalha de prata, 1 de bronze
Grã-Bretanha 2 medalhas de prata
Alemanha 1 medalha de prata, 1 de bronze
Grécia 1 medalha de prata
Estados Unidos 1 medalha de prata
França 2 medalhas de bronze
Canadá 1 medalha de bronze
Brasil 1 medalha de bronze

Na parte estratégica de prova, o nado progressivo a cada volta tem se popularizado como o mais eficiente nas provas de nível internacional. Na prova masculina de hoje, o australiano Jarrod Poort tentou algo que, no alto nível de performance, jamais deu certo. Os dois holandeses, campeões no feminino ontem com Sharon van Rouwendaal e no masculino com Ferry Weertman no dia de hoje confirmaram isso:

Sharon van Rouwendaal –
1a volta – 30:53
2a volta – 30:07
3a volta – 28:29
4a volta – 27:03

Ferry Weertman –
1a volta – 29:47
2a volta – 28:39
3a volta – 27:50
4a volta – 26:58

Comparando as performances com os brasileiros:

Poliana Okimoto –
1a volta – 30:53
2a volta – Cronometro não funcionou
3a volta – Cronometro não funcionou
4a volta – 27:17

Ana Marcela Cunha –
1a volta – 30:51
2a volta – 30:09
3a volta – 28:32
4a volta – 27:51

Allan do Carmo –
1a volta – 29:45
2a volta – 28:34
3a volta – 27:40
4a volta – 27:17

Apenas por comparação, o desempenho “suicida” do australiano Jarrod Poort:
1a volta – 28:41
2a volta – 28:17
3a volta – 28:17
4a volta – 28:25

Melhor volta masculina da prova – Ferry Weertman (4a volta) 26:58

A posição durante a prova é outro aspecto a ser considerado. No atual formato, e pelo nível dos atletas, pouco, ou quase não interessa. Na prova masculina, o chinês Lijun Zu chegou a estar em último lugar e terminou em quarto lugar, com o mesmo tempo do terceiro colocado. O líder masculino por 80% da prova, Jarrod Poort terminou na 21a colocação. Na 3a volta, quando Allan do Carmo estava em 9o lugar, o campeão da prova Ferry Weertman estava em 15o e o vice Spiros Gianniotis em 13o. Allan terminou na 18a colocação.

Entre as mulheres, o equilíbrio foi maior. A campeã Sharon van Rouwendaal passou a primeira volta em 12o lugar, mas depois sempre esteve entre as seis primeiras. Poliana Okimoto que ficou em terceiro lugar teve a pior colocação na primeira volta em 12o, para depois sempre estar no Top 10. Ana Marcela Cunha esteve sempre no “bolo”, mas nunca foi protagonista. Na 1a volta estava em 11o, depois 15o, 11o e terminou em 10o lugar.

Idade não foi fator decisivo nas provas. Tanto os mais velhos como os mais jovens ficaram nos primeiros lugares da competição. No masculino, o mais velho entre os 25 nadadores, Spiros Gianniotis da Grécia foi prata e o mais jovem, o francês Marc-Antoine Olivier de 20 anos terminou com o bronze. Entre as mulheres, a mais velha, Jana Pechanova de 35 anos ficou em 19o lugar, mas Poliana Okimoto com 33 anos, era a segunda mais velha, terminou na terceira colocação. A mais jovem entre as mulheres era a australiana Chelsea Gubecka que acabou em 15o lugar, depois de liderar parte do início da prova.

Seguindo a linha do “crime não compensa”, foram distribuídos 14 cartões amarelos três cartões vermelhos. Na prova feminina, nove amarelos e um cartão vermelho. Na prova masculina, cinco cartões amarelos e dois vermelhos. Nenhum dos medalhistas ganhou cartão amarelo e apenas dois dos 14 nadadores advertidos terminou no Top 10: os italianos Simone Ruffini e Federico Vanelli.

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