Ninguém sabe, mas ninguém mesmo. A prova inaugural do revezamento no Mundial dos Esportes Aquáticos foi o ponto alto da disputa da modalidade até agora, mas ainda não o suficiente para se ter uma conclusão de qual o melhor formato a ser utilizado na disputa.
Das 19 equipes na água, cinco formatos distintos na arrumação de seus atletas. Alternância, ou os dois homens na frente como Japão ou abrindo com as duas mulheres como a Itália. No final, as três equipes no pódio utilizaram formações diferentes, quatro dos cinco primeiros lugares. Conclusão do dia: nenhuma!
Ainda é cedo e a discussão vai ser longa. A prova foi realizada pela primeira vez a nível internacional por nadadores absolutos. Antes, apenas o Europeu Júnior e o Sul-Americano Juvenil, competições pequenas demais para se ter a avaliação mais precisa que ainda não temos.
A França foi campeã com mulher, homem, homem e mulher e chegou 12 segundos na frente dos Estados Unidos. Foi a maior diferença do primeiro para o segundo colocado em todas as cinco provas de águas abertas deste Mundial, porém nada de surpresa, afinal a França já era apontada como a grande favorita para a disputa.
O Brasil chegou em sexto lugar, os tempos de nossas meninas, Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut estiveram bem próximos dos tempos das vencedoras, mas o mesmo não aconteceu nos homens onde as marcas de Allan do Carmo abrindo e principalmente Fernando Ponte fechando ficaram para trás. A estratégia brasileira foi a mesma dos americanos que terminaram na segunda posição.
Veja abaixo os tempos dos 10 primeiros colocados com a indicação se foi masculino ou feminino para comparação:
1o França 14:28 (F), 13:22 (M), 14:07 (F), 12:08 (M), 54:05.9
2o Estados Unidos 14:00 (M), 14:06 (F), 14:12 (F), 12:06 (M), 54:18.1
3o Itália 14:32 (F), 14:15 (F), 13:23 (M), 12:21 (M), 54:31.0
4o Austráia 14:30 (F), 13:38 (M), 14:09 (F), 12:25 (M), 54:42.9
5o Grã-Bretanha 14:24 (F), 13:14 (M), 13:40 (M), 13:32 (F) 54:51.1
6o Brasil 14:08 (M)< 14:18 (F), 14:16 (F), 12:37 (M), 55:19.6
7o Hungria 15:03 (F), 13:15 (M), 14:34 (F), 12:36 (M), 55:23.7
8o Alemanha 15:08 (F), 14:36 (F), 13:32 (M), 12:25 (M), 55:41.8
9o Japão 14:07 (M), 13:38 (M), 14:36 (F), 13:33 (F), 55:54.0
10o Rússia 14:13 (M), 14:30 (F), 13:28 (M), 13:44 (F), 55:55.1
Coach Pussieldi, uma coisa é certa, a estratégia da equipe Brasileira foi errada! Se alguém tinha que fechar o revezamento do BRASIL, esse nadadora deveria ser a ANA MARCELA CUNHA, CAMPEÃ MUNDIAL e MEDALHISTA nas 3 provas individuais 5, 10 e 25 Km. A questão não é de GÊNERO, se é homem ou mulher que tem que fechar o revezamento. Tem que fechar o revezamento um nadador ou nadadora que está acostumada a CHEGAR NA FRENTE nesse tipo de COMPETIÇÃO, e no BRASIL, ninguém melhor que ANA MARCELA CUNHA para fechar esse revezamento!!! A equipe do EQUADOR, por exemplo, apesar de não estar entre as favoritas, adotou a estratégia correta, pôs pra fechar sua ÚNICA MEDALHISTA, PRATA nos 10 Km, Samantha Arévalo, no revezamento. Entre as equipes do pódium, todos os atletas que fecharam foram MEDALHISTAS MUNDIAIS: Marc-Antoine Olivier,OURO nos 5Km, Jordan Wilimovsky,PRATA nos 10Km e Mario Sanzullo,PRATA nos 5Km. O Brasil errou em não fechar com ANA MARCELA CUNHA…