A Best Swimming não fez a escolha do Melhor Nadador Paralímpico do Mundo na Década, se fizesse, Daniel Dias seria um fortíssimo candidato. Não é a toa a escolha dele pelo Painel de Especialistas como o Melhor do Brasil por unanimidade. Não há como contestar tamanho retrospecto.
Foram seis ouros na Paralimpíadas de Londres em 2012, depois nove medalhas no Rio 2016, sendo quatro ouros, três pratas e dois bronzes. Na disputa dos Campeonatos Mundiais, 25 medalhas sendo 20 ouros, três pratas e dois bronzes.
Daniel Dias é motivo de orgulho nacional para o esporte paralímpico no Brasil. Sua capacidade de adaptação é incrível e o que mais chama a atenção é a qualidade dos detalhes na sua técnica de nado e fundamentos.
No ano passado, foi uma temporada muito dura para ele. Não pelas competições, ou resultados, mas pelas mudanças que o IPC instituiu revisando alguns critérios de classificações. Os recordes de Daniel Dias desapareceram, vários nadadores desceram de classe e se tornaram adversários quase que impossível para serem batidos. Daniel, deu a resposta, como sempre faz, se adaptando.
A palavra que melhor define o esporte paralímpico é “adaptação”, a compensação que acaba virando trunfo e qualifica ainda mais o esforço e o trabalho dos atletas. Daniel viveu uma grande década de resultados e mudanças. Fez a opção de ficar mais em casa, estar mais perto da família, trocou de treinador e diminuiu o seu programa de provas para Tóquio. Ele não fala, mas deve ser sua última Paralímpica consagrando uma carreira fantástica e cheia de conquistas.
Elas ficarão, as medalhas, os títulos, os recordes, mas acima de tudo o que Daniel Dias traz ao esporte paralímpico no Brasil é a inspiração que lhe diferencia e se torna referência.
Daniel Dias é o Melhor Atleta Paralímpico da Década no Brasil.
Também foram nominados: André Brasil e Phelippe Rodrigues.
Reveja o ouro dos 50 livre na Paralimpíada do Rio 2016.
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