Se alguém esperava uma grande reforma, ou revisão, ficou muito frustrado. Pelo contrário, o que o COI fez hoje foi anunciar um documento com princípios que reforçam medidas anteriores e inclusive o “IOC Consensus Meeting on Sex Reassignment and Hyperandrogenis” de novembro de 2015.
Entre as notas publicadas, a mais relevante é a que dá autonomia as Federações Internacionais de Esporte de tomar a decisão final, identificando que tipo de critérios e diferenças devem ser tomadas para o tema. O próprio documento de 2015 já previa isso, era uma “recomendação” e não uma regra.
No documento publicado hoje alguns pontos são destacados e que citam: inclusão, prevenção física, preocupação com a discriminação, justiça nos processos eliminando qualquer tipo de vantagem física, decisões baseadas em ciência, proteção a saúde e integridade física dos atletas, direito a privacidade e constante re-avaliação.
Entre os pontos apresentados está a proibição de submissão dos atletas a “desnecessárias intervenções médicas” para que possam competir dentro dos critérios de cada federação.
A principal mudança significativa do documento de 2015 para o de 2021 é a não exigência de baixo nível de testosterona por 1 ano e que se mantenha por 4 anos como era previsto. O baixo nível de testosterona era feito através de um tratamento hormonal, tal recomendação não existe mais.
Documento publicado hoje:
Aqui o documento de 2015:
Sandro, apenas uma correção sobre o seu comentário, não existe a “categoria” para anões na natação paralímpica, tanto que temos pessoas com nanismo nas classes 4, 5 ou 6. As categorias funcionais são determinadas pelos fatores físicos que são analisados e avaliados por uma inspeção técnica, sempre feito por duas pessoas que identificam as deficiências e restrições estabelecendo pontos. É o total de pontos que irá determinar a classe que você pertence.
Da mesma forma que há uma categoria para ANÕES nos Jogos Paraolímpicos. Poderia haver também uma categoria pra TRANS nas Paralimpíadas. O que não é equilibrado fisicamente é pessoas q tiveram a formação óssea e muscular influenciadas pela testoterona na juventude quererem competir com mulheres no adulto, pois seria um tipo de doping pré-existente que influenciou na estrutura corporal do atleta TRANS. Ao meu ver, poderia ser assim:
– Homens competem com homens
– Mulheres competem com mulheres
– Anões competem com anões
– Cegos competem com cegos
– Trans competem com Trans
Seria mais coerente que TRANS competissem com TRANS.