Com as devidas correções e ajustes pela exigência de participação em pelo menos seis provas da temporada, a FINA liberou a classificação final do Circuito da Copa do Mundo de Águas Abertas com dois brasileiros no Top 6. Allan do Carmo já era conhecido como vice campeão da temporada somando 94 pontos, atrás apenas do alemão Christian Reichert, campeão de 2015 com 103 pontos.
Junto com Allan do Carmo na prova final da temporada
A agradável surpresa foi com Diogo Villarinho aparecendo em quarto lugar com 59 pontos. Na classificação acumulada ele havia ficado em sexto lugar, mas dois nadadores, o britânico Jack Burnell e o italiano Simone Ruffini, respectivamente com 84 e 60 pontos não participaram do número mínimo de provas.
Com isso, a classificação final de 2015 na divisão masculina ficou:
1o Christian Reichert da Alemanha 103 pontos
2o Allan do Carmo do Brasil 94 pontos
3o Rhys Mainstone da Austrália 68 pontos
4o Diogo Villarinho do Brasil 59 pontos
5o Chip Peterson dos Estados Unidos 48 pontos
6o Evgenij Pop Acev da Macedônia 20 pontos
Fator semelhante aconteceu no feminino, sendo que na categoria as brasileiras é que foram retiradas da pontuação final. Ana Marcela Cunha ficou em segundo lugar no geral com 92 pontos e Poliana Okimoto em sétimo com 50 pontos, mas ambas não completaram o número mínimo de seis provas da temporada. Ana Marcela esteve em cinco, Poliana em quarto.
O resultado final de 2015 para as mulheres ficou assim:
1o Rachele Bruni da Itália 112 pontos
2o Anna Olasz da Hungria 77 pontos
3o Isabelle Harle da Alemanha 57 pontos
4o Angela Maurer da Alemanha 54 pontos
5o Christine Jennings dos Estados Unidos 38 pontos
6o Charlotte Webby da Nova Zelândia 12 pontos
Medalha de prata no Mundial de Kazan na prova por equipes
A pontuação da Copa do Mundo de Águas Abertas premia 30 mil dólares para o vencedor do circuito, 20 mil para o segundo colocado, 15 mil para o terceiro, 12 mil para o quarto, oito mil para o quinto e cinco mil dólares para o sexto.
O resultado de Diogo Villarinho na Copa do Mundo foi a conclusão de uma temporada de altos e baixos para o nadador goiano. Diagnosticado com câncer de tireóide em fevereiro, não se abateve subindo ao pódio em terceiro lugar na prova que abriu a temporada da Copa do Mundo em Viedma na Argentina. Diogo ganhou o direito de representar o Brasil na prova dos 10 quilômetros do Mundial de Kazan na disputa da Copa do Mundo de Cozumel no México em maio.
No Mundial, depois de nadar boa parte entre os dez primeiros colocados o que seria suficiente e necessário para ganhar a vaga olímpica, terminou em 21o lugar. Ficou pouco mais de 20 segundos da vaga para o Rio 2016. Três dias depois, junto de Ana Marcela Cunha e Allan do Carmo ganhou a sua primeira medalha de Campeonato Mundial ao terminar em segundo lugar a prova por equipes em Kazan.
Terminou a sua participação no Mundial com um 18o lugar na prova dos 25 quilômetros. Poucos dias depois estava no Canadá, seu segundo pódio da temporada na Copa do Mundo: terceiro lugar na prova do Lago Megantic.
Em agosto, Diogo fez a sua última prova antes da cirurgia. Esteve no Teste Evento no Rio de Janeiro, mas optou por não completar a prova. Era apenas um teste, as condições não eram boas, o mar agitado, frio, nada ajudava. Pior que isso, a sua cabeça já estava em outro lugar. Dois dias depois estava na mesa de cirurgia em Belo Horizonte para a remoção do cisto.
A recuperação foi em casa, perto da família em Goiânia. Incrivelmente, três semanas foi o suficiente para ter Diogo de volta aos treinos. De fora da prova de águas abertas para o Rio 2016, o desafio de Diogo Villarinho agora é a vaga dos 1500 metros nado livre na piscina. O tempo é 15:14.77, cerca de 15 segundos abaixo da sua melhor marca pessoal.
Diogo foi para as duas últimas etapas da Copa do Mundo na Ásia como parte de seu treinamento. Ficou em quarto lugar na prova de Chun’An na China e nono na etapa final de Hong Kong. Os resultados lhe garantiram o quarto lugar geral no Circuito, sua melhor colocação desde que começou a participar há três anos. Voltou para casa mais animado, mais disposto e com 12 mil dólares no bolso.
Veja o ranking final oficial do Circuito da Copa do Mundo de Águas Abertas:
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