Campeão mundial, de curta e de longa, recordista mundial, de curta e de longa, campeão europeu, de curta e de longa, recordista europeu, de curta e de longa. São 32 medalhas internacionais, mas em Jogos Olímpicos, nada. Este é Paul Biedermann, alemão de 29 anos, que completa 30 anos no dia de sua estreia naquela que será sua terceira e última Olimpíada.
Biedermann nasceu em 7 de agosto de 1986, na cidade de Halle, e neste mesmo dia nada os 200 livre no Parque Olímpico da Barra. Vai tentar a medalha que não veio em Beijing 2008 quando terminou em quinto lugar com 1:46.00 e a mesma colocação que repetiu em Londres 2012 com 1:45.53. Os 400 livre, que lhe deixou em 18o em 2008 (3:48.03) e em 13o em Londres 2012 (3:48.50), ele não nada mais. Desta vez, vai tentar os 100 livre.
Paul Biedermann assombrou o mundo em 2009. Talvez seja um dos nadadores mais associados com a epopeia dos trajes tecnológicos daquele turbinado Campeonato Mundial de Roma. Lá, Biedermann foi protagonista, venceu duas provas e bateu dois recordes mundiais, a competição da sua vida.
400 livre do Mundial de 2009
Era o dia 26 de julho de 2009, a prova dos 400 livre, onde o tunisiano Oussama Mellouli liderava até os últimos 50 metros. Biedermann que havia virado em quinto lugar fechou de forma fulminante vencendo a prova. O parcial destes 50 metros de 25.77 foi melhor do que os 26.29 que havia nadado nos primeiros 50 metros da prova. Ou melhor, ninguém conseguiu passar os primeiros 50 metros tão rápido quanto Biedermann fechou a prova. Era seu primeiro título mundial e quebrava o recorde mundial de Ian Thorpe por um centésimo. Mais que isso, Biedermann melhorava três segundos em relação a sua melhor marca pessoal.
Vitória no Mundial de 2009 contra Michael Phelps nos 200 livre
Dois dias depois, Biedermann estava de volta ao Foro Itálico para disputar os 200 livre. Agora, frente a Michael Phelps, o alemão foi ainda mais longe. Desta vez, não nadou controlado, não atacou no final. Saiu na frente, se manteve na liderança desde a primeira virada e venceu com mais de um segundo de vantagem sobre Phelps 1:42.00 contra 1:43.22. O recorde mundial anterior de feito por Phelps na Olimpíada de Beijing 1:42.96 também ficou bem para trás.
Ninguém jamais imaginaria que Biedermann fosse capaz disso. As conquistas ficaram associadas ao uso dos trajes. Afinal, Biedermann havia terminado o ano anterior em nono lugar do ranking mundial na prova dos 200 livre e em 21o nos 400 livre.
Capa da Swimming World de 2009
Sua resposta veio no Mundial de Piscina Curta de 2010.Biedermann nadou uma prova que parecia replay contra Oussama Mellouli em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, vencendo no final. Não teve o mesmo sucesso nos 200 livre onde terminou em quinto lugar.
Paul Biedermann é estrela da Gilette alemã
A tão esperada revanche de Biedermann e Phelps aconteceu no Mundial de Shanghai em 2011. Lá, nem Phelps, nem Biedermann, mas Ryan Lochte saiu vencedor com 1:44.44, deixando Phelps em segundo 1:44.74 e Biedermann em terceiro 1:44.88. Ele ainda ganharia mais um bronze, nos 400 livre, 3:44.14.
Revanche Phelps X Biedermann
A segunda Olimpíada, e os mesmos resultados de 2008, fizeram com que Biedermann tirasse umas longas férias após Londres 2012. Foram nove meses que combinados com uma doença comprometeram toda a temporada de 2013. Biedermann só voltou em 2014.
O Europeu foi em Berlim, a chance de se redimir em casa. Perdeu os 200 livre na chegada para o sérvio Velimir Stjepanovic e bobeou nos 400 livre terminando em nono nas eliminatórias não chegando nem a final. O ouro só veio no revezamento 4×200 livre. Pouco e que motivou ele estender sua carreira até o Rio 2016, a sua já anunciada última competição.
Biedermann e seu treinador Frank Embacher
No ano passado, Biedermann foi bronze no Mundial de Kazan na prova dos 200 livre. Lá, nadando na sua tradicional forma de ataque final passou os primeiros 50 metros em oitavo lugar, em sexto na altura dos 100, e estava na quinta posição nos 150 metros. Terminou em terceiro com 1:45.38, 18 centésimos atrás da prata e 24 centésimos do ouro.
Este é Paul Biedermann, rejuvenescido, treinando no mesmo lugar, sua pequena Halle, no meio da Alemanha, com o mesmo treinador Frank Embacher, para a sua terceira e derradeira Olimpíada afim de conseguir o que ainda não alcançou na sua carreira. São 32 medalhas internacionais, 7 em Mundiais de Longa, 4 em Mundiais de Curta, 9 em Europeus de Longa, e 12 Europeus de Curta.
Biedermann bate recorde mundial de piscina curta 200 livre
Paul Biedermann é o tipo atleta alemão. Alto, 1,95, forte, 93 kg. Fã de rock pesado, vive com a ex-campeã olímpica Britta Steffen desde 2010. Ela, também recordista mundial deixou o esporte em 2013. Aguarda ansiosamente pela aposentadoria do companheiro, mas quer vê-lo realizar o que falta na sua carreira, uma medalha olímpica.
Link do website oficial do nadador:
Na série até agora:
#1 Therese Alshammar, Suécia
#2 Laszlo Cseh, Hungria
#3 Adam Peaty, Grã-Bretanha
#4 Nathan Adrian, Estados Unidos
#5 Ruta Meilutyte, Lituânia
#6 Shiwen Ye, China
#7 Katinka Hosszu, Hungria
#8 Ryan Lochte, Estados Unidos
#9 Florent Manaudou,França
#10 Paul Biedermann, Alemanha
Próximo da série:
Chad Le Clos, África do Sul
O que chama mais atenção é sua fidelidade ao seu Técnico. Isto é acreditar num projeto de longo prazo, que sempre terá momentos bons e ruins